Proposta de Projeto de Parque Ecológico
Resumo Executivo
Notas Informativas
Educação Ambiental no Manguezal
Recomendações para uma Visita ao Manguezal
Primeiramente deve-se ter em conta que tipo de visitante participará da atividade.
É importante deixar bem claro o objetivo da visita e distinguir-se educação (vista como processo) de atividades de mobilização, comunicação, informação, sensibilização, embora estas estejam interligadas.
Para a educação ambiental não há receita única. A diversidade de propostas e as metodologias utilizadas vão construindo, numa intensa prática, o que se chama de educação ambiental. Entretanto, algumas considerações que podem ser feitas quando da elaboração de um projeto de educação ambiental.
No caso de turistas, a condução e as informações devem focar na ‘curiosidade ambiental’, de forma a atender suas expectativas recreativas, assim como promover a sensibilização.
O guia ou educador ambiental deve proporcionar um processo educativo através do desenvolvimento de atividades, onde ele também é participante e aprendiz, num processo de troca com os participantes e demais envolvidos. O processo informativo e/ou educativo deve ser estabelecido por meio do conhecimento da realidade onde se vive e da atuação sobre ela.
Ao proporcionar a vivência de um processo a alunos deve-se cuidar para que os envolvidos participem de todas as etapas, desde o planejamento ou diagnóstico à análise dos resultados, e seus indicadores, na avaliação final, numa dinâmica de ação e reflexão sobre a ação.
Educação Ambiental em Áreas de Mangue
No Brasil, a educação ambiental, especificamente em áreas de manguezal, teve como marco referencial o primeiro encontro realizado em 1993, na cidade de Maragogipe, Bahia. Este encontro foi organizado pela Universidade Federal da Bahia, o IBAMA e o Grupo Mundo da Lama, RJ. Este encontro ocorreu porque percebeu-se a necessidade de promover ações de preservação e conservação mais concretas em todo o território nacional, já́ que várias instituições, ongs e associações já́ atuavam de forma isolada.
Com este primeiro encontro alguns objetivos foram propostos:
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Aumentar a divulgação da educação ambiental em áreas de manguezal como estratégia de preservação e conservação deste ecossistema
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Integrar a comunidade acadêmica às comunidades residentes em áreas de manguezal
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Articular atividades educativas ao longo do litoral brasileiro promovendo troca de experiências em educação formal e não-formal.
Procedimentos para uma Visita Proveitosa ao Manguezal
A visita em áreas de manguezal é uma das atividades mais proveitosas. A beleza cênica e a grande variedade de organismos proporcionam aos visitantes, turistas, professores e alunos, uma oportunidade única no contato e conhecimento da natureza.
Entretanto, a visita ao manguezal requer alguns procedimentos devido a suas características especiais.
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O reconhecimento prévio do manguezal é requisito básico para o sucesso da visita. Durante este reconhecimento deverá ser definido qual o melhor caminho a seguir, bem como os principais pontos de observação.
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Outro procedimento a ser adotado é o conhecimento da maré. O dia ideal para uma visita ao manguezal deve ser com maré baixa, de preferência 0,0 ou 0,1. Esta informação pode ser obtida a partir de consulta da Tábua de Marés da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil, onde deve-se observar as marés do porto mais próximo ao manguezal a ser visitado.
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Uma vez definido o dia da visita e feito o reconhecimento do manguezal, deve-se então adotar outros importantes procedimentos que são a roupa a ser utilizada e o material a ser levado para o manguezal
As roupas utilizadas devem ser:
- tênis velho com cadarço e meia
- calça comprida de moletom ou lycra
- blusa de manga comprida
- chapéu ou boné́
- roupa de banho por baixo (sunga ou maiô).
Além disso, é recomendável levar:
- água
- repelente para mosquitos
- binóculos
- câmera fotográfica
- bloco de papel para registrar as observações.
Roteiro Básico para Guias e/ou Professores
Para os guias e professores, sugere-se um roteiro básico para ser utilizado durante a visita:
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Demonstrar para os visitantes ou alunos a presença dos diferentes tipos de água (marinha, doce e salobra) presentes no ambiente
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Ressaltar a influência da variação das marés sobre os organismos (animais e vegetais)
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Observar os diferentes tipos de sedimentos presentes no manguezal
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Destacar a variedade de organismos presentes neste ambiente
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Ressaltar as adaptações que os organismos (plantas e animais) possuem para viver nos manguezais
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Destacar a importância do manguezal para a natureza, plantas, animais e para o homem
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Discutir como o homem está interferindo no manguezal.
Sugestões de atividades com Alunos
Sugestões de atividades para utilização em pequenos grupos ou em sala de aula. Estas devem ser adaptadas de acordo com as necessidades e características locais.
Ciclo de Memória
Objetivo
Os participantes desenvolverão a capacidade de ouvir com atenção, de memorizar e de relatar experiências que tiveram no manguezal.
Participantes
De 15 a 20 participantes a partir de 9 anos de idade.
Metodologia
- Peça aos participantes para que se sentem em círculo. O primeiro jogador relata alguma coisa que tenha observado no manguezal
(p.ex. “Eu vi um rio") - O próximo jogador deve repetir o que o primeiro disse e adicionar seu próprio relato
(p.ex. "Eu vi um rio. Eu vi uma garça voando") - O jogo continua por todo o círculo até que a lista esteja demasiadamente longa para ser possível lembrá-la por inteiro
- O jogo também pode ser feito com descrições do que os participantes fizeram no manguezal
(p.ex. "Eu atravessei o rio. Eu peguei uma concha na lama.") - Ao final do jogo, pode-se listar as frases ditas e desenvolver outras atividades a partir das mesmas no campo ou em sala de aula.
Atividade de sensibilização - tocar, sentir, representar.
Participantes
Até 20 (vinte) alunos com idade a partir de 7 anos.
Material necessário
Objetos naturais do manguezal, lápis de cor ou giz de cera, papel e aparelho de som.
Objetivos
Sensibilizar os participantes a respeito da importância de todos os elementos existentes no ecossistema manguezal aguçando os sentidos do tato, olfato e audição; refletir sobre a diferença entre o tocar/sentir e a realidade.
Metodologia
- Solicitar aos participantes, posicionados em círculo, para fecharem os olhos
- O guia ou orientador coloca uma música calma no fundo e dispõe na frente de cada participante um elemento componente do manguezal (ex.: folhas de mangue, propágulos, galhos...)
- Os participantes, então, exploram ao máximo o objeto utilizando tato, olfato e audição
- Em seguida, o orientador recolhe os elementos e pede para que cada participante represente, através de desenhos, o objeto que teve nas mãos ou que imaginou que fosse
- Feito o desenho, devolve-se o desenho para cada participante, para efeitos de comparação
- O orientador então discute com as pessoas suas impressões e o seu nível de percepção.
Fundamentação
Para entendermos verdadeiramente a natureza e as inter-relações existentes entre seus diversos elementos é necessário desenvolver a nossa capacidade perceptiva, que nos permite enxergar além do que os olhos veem.
Caixa Tátil de Sementes
Objetivo
Identificar sementes de mangue, previamente coletadas e estudadas, usando somente a percepção tátil.
Metodologia
- Solicitar aos participantes, posicionados em círculo, para colocarem a mão dentro da caixa e retirar umas sementes
- Um participante de cada vez deve pegar apenas uma semente e sem tirá-la da caixa dirá́ se a semente é de mangue branco, vermelho ou preto, quando presentes.
- Visão, Missão, Objetivos, Valores e Aliados
- Contexto Regional / Sítio Patrimônio Mundial Unesco Misto, Natural e Cultural
- Paraty EcoParque / Programa de Educação Ambiental
- Centros de Educação Ambiental
- Comunicação e Educação Ambiental / Ferramentas para Gestão da Conservação
- Categorias de Uso e Manejo de Fauna Silvestre
- Hostel Canto Caiçara (instalações atuais)
- Proposta de Programa do Paraty EcoParque
- Primeira Etapa: Adaptação de Galpão em Espaços de Educação Ambiental
- Ranário - Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas / Espécies da Mata Atlântica
- Morcegário
- Jardim dos Colibris / Beija-flores
- Meliponário / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Borboletário
- Armadilha de Luz para Insetos Noturnos
- Formigueiro
- Piquete Animais Silvestres
- Mirante de Observação de Manguezal
Anexos
- Anexo I - Educação Ambiental
- Anexo II - Borboletas e Mariposas/ Insetos de metamorfose completa
- Anexo III - Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas
- Anexo IV - Meliponários / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Anexo V Fauna Silvestre - Anta (Tapirus Terrestris)
- Anexo V Fauna SIlvestre - Cateto (Pecari Tajacu)
- Anexo V Fauna Silvestre - Paca (Cuniculus paca)
- Anexo V Fauna Silvestre - Jabuti (Chelonoidis carbonaria)
- Anexo VI - Trilhas de Observação e Interpretação de Manguezal
- Anexo VII - Jardim dos Colibris, La Paz Waterfalls Gardens, Costa Rica (Estudo de Caso)
- Anexo VIII - Infraestrutura para Observação de Aves
- Anexo IX - Uso Sustentável do Manguezais
- Anexo X - Educação Ambiental no Manguezal
- Anexo XI - Conversão de Multas Ambientais em Ações Ambientais
Assuntos Correlatos / Para Saber Mais
- Observação de Aves / Bird Watching
- Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Manuais EcoBrasil / Downloads
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Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
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