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Borboletas e Mariposas
Insetos de Metamorfose Completa

ecoparque borboletario metamorfoseAs borboletas somam na região Neotropical entre 7.100 e 7.900 espécies, ocorrendo no Brasil entre 3.100 e 3.280 espécies. São também chamados de insetos Holometábolos, já que sofrem metamorfose completa durante o seu desenvolvimento.

A ordem de insetos Holometábolos com cerca de 140 mil espécies, uma das principais ordens de insetos, amplamente distribuídas, que reúne as borboletas e mariposas, cujos adultos apresentam quatro asas providas de escamas, e na maioria das famílias as peças bucais são adaptadas à sucção.

Depois de fecundadas, as fêmeas buscam pela planta onde irão pôr os seus ovos. Estes eclodem após alguns dias e deles saem Lagartas, que possuem potentes peças bucais mastigadoras e se alimentam vorazmente das folhas da planta onde se encontram.

ecoparque borboleta saindo casuloÀ medida que cresce (pode chegar a até 10 centímetros), a lagarta muda de pele algumas vezes. O período entre duas mudas é chamado Instar. A lagarta deixa de se alimentar no último instar, esvazia o estômago, imobiliza-se e sofre a última muda. Nesse estágio, adquire um revestimento mais escuro e espesso, assumindo a forma característica de pupa (ou crisálida).

A Pupa (estágio intermediário entre a larva e o adulto) permanece imóvel, pendurada em galhos de árvores, enrolada em folhas, em buracos no solo ou nos troncos das árvores. Iniciam-se, então, as transformações mais significativas desses insetos.

Os tecidos da larva são digeridos, novos tecidos e órgãos se formam e a lagarta é lentamente transformada em Borboleta. Esse processo é conhecido por metamorfose completa, e termina quando o revestimento da pupa se rompe e dela emerge um adulto (ou imago).

O Imago já possui todos os sistemas próprios de um adulto e, no caso dos insetos, já se encontra apto para a reprodução. Quando suas asas ficam esticadas e secas, a borboleta estará pronta para voar.

As borboletas adultas têm peças bucais sugadoras e se alimentam do néctar de flores, frutos em decomposição e sais minerais encontrados em solo úmido.

 

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Centros de Educação Ambiental
Diversidade & Complexidade

ecoparque educacao ambiental maos mudasA evolução dos Centros de Educação Ambiental varia muito de acordo com o país em que estão localizados. Um exemplo é proliferaram as instalações cujo objetivo principal era a educação ambiental e aqueles que tentaram promover o ecoturismo o fizeram.

Centros de Educação Ambiental são muito diversos, tanto no modelo de gestão, podendo ser públicos ou privados.

Centros ou Instalações de Educação Ambiental cumprem uma importante função social tanto em nível educacional quanto em nível recreativo e voltado para o bem coletivo.

Devido a essa função social, muitos desses centros ao redor do mundo, como museus, aquários, centros de ciências, jardins botânicos, parques, zoológicos, quintais escolares, salas de aula de natureza, etc., recebem subsídios financeiros que lhes permitem fazer frente a parte do despesas de sua gestão.

No entanto, existem também outros centros privados que não recebem qualquer tipo de apoio financeiro para fazer face aos elevados custos operacionais que são gerados para cumprir essas mesmas funções. Esta gestão privada, sem apoio do poder público em muitos destes centros ou instalações de educação ambiental, implica enfrentar delicadas situações financeiras e dificuldades que limitam significativamente a concretização da sustentabilidade entre a sua operação e o cumprimento dos seus objetivos.

Além disso, a proliferação de múltiplas opções de ofertas educativas e recreativas que competem em mercados, por vezes muito limitados, faz com que alguns destes centros sejam sobrecomercializados para gerar os recursos econômicos necessários, podendo facilmente perder de vista a sua importante missão educacional original.

Comunicação e Educação Ambiental
Ferramentas para Gestão da Conservação

ecoparque educacao ambiental lapis cabelos WEBÉ indiscutível a importância dos valores e atitudes ambientais, ou lato senso, socioambientais, bem como o seu efeito no comportamento das pessoas, que por sua vez podem contribuir para a conservação e melhoria do ambiente que nos rodeia e suas populações residentes.

Nesse sentido, defende que “ainda mais fundamental que políticas e governança é o desafio de promover novos valores”.

Ou seja, estamos diante de um momento em que a melhoria das atitudes pró-ambientais da população e seu posicionamento em suas escalas de valores é uma meta a que devemos aspirar, mas o caminho é longo e complexo.

Para alcançar esta consciência social da comunidade internacional, existe a convicção de que a educação é uma ferramenta crucial na promoção de valores, comportamentos e modos de vida mais sustentáveis que são essenciais para um futuro viável. Outros autores esclarecem que tal educação ambiental deve se concentrar em energizar "as emoções e crenças das pessoas, em vez de se limitar a incutir conhecimento, a fim de mudar efetivamente as atitudes e comportamentos ambientais".

A Educação Ambiental e, consequentemente, a Comunicação e a Interpretação são disciplinas consideradas fundamentais na formação dos valores ambientais em nossa sociedade.

Os diferentes processos de comunicação, interpretação e educação ambiental que podem ser desenvolvidos dependerão, em grande parte, do tempo que o receptor investir na recepção da mensagem. Quanto maior a duração, mais provável é que as mensagens permaneçam mais estáveis e duráveis. As estratégias a serem utilizadas também serão diferentes dependendo do tipo de destinatário e do contexto de ação, conforme mostra o Círculo Virtuoso.

Sabe-se que a Comunicação e a Educação Ambiental são ferramentas eficazes de intervenção social que podem visar a envolver os interessados em produzir uma mudança que facilite o caminho para a sustentabilidade.

Tomamos como referência a definição original de Educação Ambiental proposta pela UNESCO, em 1980, que afirma:

“Educação Ambiental é o processo que promove a conscientização e evolução do meio social e físico em sua totalidade, seus recursos naturais, culturais e espirituais, que preconiza o uso racional e sustentável e a conservação desses recursos para garantir a sobrevivência da humanidade em harmonia consigo e com natureza.”

Entende a Educação Ambiental não Formal como:

"Educação Ambiental não Formal todo aquele conjunto de iniciativas extra-acadêmicas deliberadamente orientadas por um conjunto de propósitos e intenções explícitas, embora dotadas de versatilidade e flexibilidade em seus procedimentos de planejamento, desenvolvimento e avaliação."ecoparque educacao ambiental livro floresta

A Aprendizagem Informal é mais auto exploradora, o que muitas vezes marca uma diferença fundamental da formal, que é mais direcionada. a condição autodirigida permite que o informal se aproxime muito mais de uma motivação mais essencial.

O ambiente de aprendizagem e as atividades costumam ser mais abertas. A aprendizagem informal busca gerar uma experiência mais qualitativa, mais direta, real e divertida, baseada em uma experiência pessoal.

Educação Ambiental

De acordo com a Política Nacional de Educação Ambiental :

"Entendem-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade".

ecoparque educacao ambiental prof alunosO Programa de Educação Ambiental se constitui uma prática socioeducativa e cultural que contribui visa melhorar a relação homem-sociedade-natureza e busca sensibilizar os envolvidos quanto à importância do manejo sustentável e a noção de corresponsabilidade voltada à conservação e uso sustentável dos recursos naturais.

De acordo com a Instrução Normativa nº 2 do IBAMA , o Programa de Educação Ambiental nacional é estruturado em dois componentes:

  • Programa de Educação Ambiental (PEA): voltada à comunidade e aos grupos sociais do local ou afetados direta ou indiretamente pelo empreendimento;

  • Programa de Educação Ambiental dos Trabalhadores (PEAT): voltado ao conjunto de trabalhadores empregados, parceiros e terceirizados envolvidos nas atividades do empreendimento.

Em ambos os programas é necessário proporcionar condições para produção, aquisição de conhecimentos, habilidades entre os trabalhadores e comunidades locais, bem como para o desenvolvimento de atitudes visando à participação individual e coletiva na gestão do uso de todos os recursos ambientais.

  

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Manguezais


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Manguezal, mangue, mangrove ou mangal

Manguezal, mangue, mangrove ou mangal é um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e marinho, zona úmida característica de regiões tropicais e subtropicais.

mangrove underwater rootsAssociado às margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro de águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da costa, está sujeito ao regime das marés, sendo dominado por espécies vegetais típicas, às quais se relacionam outros componentes vegetais e animais.

Ao contrário do que acontece em praias arenosas e dunas, a cobertura vegetal do manguezal instala-se em substratos de vasa de formação recente, de pequena declividade, sob a ação diária das marés de água salgada ou, pelo menos, salobra.


Ocorrência

O ecossistema incide em regiões tropicais e subtropicais, no encontro de rios e mares, sobretudo nas costas do Atlântico e Pacífico. Estima-se que, em todo o planeta, existam cerca de 172.000 km² de manguezais. Do total de mangues no mundo, cerca de 15%, ou cerca de 26.000 km², distribui-se pelo litoral do Brasil, desde o estado do Amapá até Laguna, em Santa Catarina.


cururupu manguezal solo detalheSolo

O solo do manguezal caracteriza-se por ser úmido, salgado, lodoso, pobre em oxigênio e muito rico em nutrientes. Por possuir grande quantidade de matéria orgânica em decomposição, por vezes apresenta odor característico, mais acentuado se houver poluição. Essa matéria orgânica serve de alimento à base de uma extensa cadeia alimentar, como por exemplo, crustáceos e algumas espécies de peixes.

Vegetação 

O mangue é uma formação vegetal composta de arbustos e espécies arbóreas que ocorrem em áreas de lagunas e restingas ao longo de todo o litoral. Nessa formação vegetal predominam troncos finos e raízes aéreas e respiratórias (ou raízes-escora), adaptadas à salinidade e a solos pouco oxigenados.

Em virtude do solo salino e da deficiência de oxigênio, nos manguezais predominam os vegetais halófilos (do grego halo - sal + filo - amigo - os organismos extremófilos que podem desenvolver-se em ambiente com muito altas concentrações de sal), em formações de vegetação litorânea ou em formações lodosas. As suas longas raízes permitem a sustentação das árvores no solo lodoso.

Rhizophora mangle semnomeAs principais espécies (lenhosas) de árvores típicas deste ecossistema são:

  • Mangue Vermelho (Rhizophora mangle), próprio de solos lodosos, com raízes aéreas;
  • Mangue Branco ou Siriúba (Laguncularia racemosa), encontrado em terrenos mais altos, de solo mais firme, associado a formações arenosas;
  • Mangue Preto ou Canoé (Avicennia schaueriana, Avicennia germinans, Avicennia nítida);
  • Mangue-de-Botão (Conocarpus erectus)
  • Abaneiro (Clusia fluminensis)

No mangue preto e no mangue branco, as raízes, chamadas pneumatóforas, ficam com uma parte da raiz fora do solo, de forma que, durante as marés cheias, as extremidades das raízes ficam expostas ao ar, para conseguir o oxigênio que não encontram na água. No mangue vermelho as lenticelas do caule principal, permitem as trocas gasosas. Esta adaptação é fundamental para evitar assoreamentos e erosões

Existem ainda, grupos de plantas associadas ao manguezal que ocorrem principalmente nas regiões marginais ou de borda interior. Estas espécies não são exclusivas do ecossistema manguezal, porém são tolerantes à diferentes teores de salinidade.

mangue hibiscoFormam grupos pouco densos, porém, em algumas regiões alteradas, naturalmente ou não, a floresta pode estar dominada por um dos grupos abaixo:

  • Samambaia do Mangue (Acrostichum)
  • Hibiscos (Hibiscus sp.)
  • Gramíneas (Spartina sp.)

Algumas espécies chegam a 20 metros de altura. Uma árvore de mangue leva cerca de cinco anos para crescer e reproduzir. Além destas espécies, existem grupos de plantas que ocorrem, principalmente às margens ou na borda interior dos manguezais.

Outros grupos vegetais, como algas, liquens, orquídeas e bromélias (gravatás), ocorrem como epífitas nas árvores de mangue. As samambaias, por exemplo, não são espécies exclusivas de mangue, mas são tolerantes aos diferentes teores de salinidade que ali existem. As bromeliáceas, orquidáceas e os líquens também estão presentes, porém são epífitas que vivem sobre as árvores de mangue, sem utilizar os nutrientes das árvores hospedeiras.

cravo do matoEspécies epífitas são aquelas que vivem sobre vegetais. Podem ser animais que vivem associados à um vegetal ou plantas que vivem sobre outra planta, neste caso, são chamadas de epífitas.

Animais e plantas epífitos podem ser parasitas ou não. Os primeiros são aqueles que se aproveitam de elementos nutricionais, prejudicando o desenvolvimento ou até mesmo levando a planta hospedeira à morte. Mas existem aqueles que se utilizam do organismo somente como substrato para fixação, sem alterar o metabolismo, estes não são considerados parasitas.

Exemplos são as bromélias e orquídeas que vivem sobre plantas do estrato arbóreo ou arbustivo. Nenhuma delas causa algum mal à planta hospedeira, a não ser que seja por excesso de peso, o que pode provocar a quebra de um galho, mas os seus nutrientes são obtidos a partir do meio e não da planta que as hospeda.


Fauna 

manguezal Guaiamu Cardisoma guanhumi semnomeA fauna dos manguezais representa significativa fonte de alimentos para as populações humanas. Os estoques de peixes, moluscos e crustáceos apresentam expressiva biomassa, constituindo excelentes fontes de proteína animal de alto valor nutricional. Os recursos pesqueiros são considerados como indispensáveis à subsistência das populações tradicionais da zona costeira.

A riqueza biológica dos ecossistemas costeiros faz com que essas áreas sejam os grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies características desses ambientes, como para peixes e outros animais que migram para as áreas costeiras durante, pelo menos, uma fase do ciclo de sua vida.

A fauna do manguezal é constituída principalmente por peixes, moluscos e crustáceos, porém diversos animais usufruem do ambiente, desde formas microscópicas até répteis e mamíferos. É um local abrigado, de pouco movimento hídrico, se comparado à um costão rochoso, sendo assim, tornou-se um local propício ao desenvolvimento e abrigo de organismos jovens.

Manguezal Robalo Centropomus undecimalis semnomepngMuitos dos animais que habitam os manguezais, não vivem toda a sua vida neste ambiente. Os camarões, por exemplo, ao nascimento da nova geração em alto mar, os indivíduos migram para dentro do manguezal e lá permanecem durante a fase de crescimento, passando de larvas à jovens e, então, voltam ao oceano.

Alguns animais sésseis permanecem a vida toda no manguezal, como é o caso dos sururus, taiobas, mariscos em geral e ostras. Estes organismos, como as plantas, também desenvolveram adaptações para suportar as variações diárias ambientais, principalmente a resistência à dessecação (falta de umidade na maré baixa) e aumento da salinidade (na maré cheia). Já os caranguejos, que possuem capacidade de locomoção, enterram-se em galerias que escavam no solo (na maré baixa) e sobem nos troncos e raízes das árvores (na maré cheia).

manguezal garca azul Egretta caerulea semnomePeixes como sardinhas, garoupas, tainhas, entre outros, também frequentam o manguezal para reprodução e alimentação. Existe espécies que passam toda a sua vida no estuário e outras que apenas completam seu ciclo reprodutivo ou de crescimento. A maioria dos peixes de interesse comercial dependem de alguma forma do manguezal para sua sobrevivência.

As aves mais comuns são as garças, os guarás, o colhereiro, o martim-pescador, entre outras. A partir do que foi dito, percebe-se que os manguezais são um refúgio natural para milhares de espécies, sendo considerado o berçário para organismos que vivem no estuário e no oceano. Anfíbios, répteis e mamíferos (mão pelada, lontra), usam o manguezal como refúgio, fonte de alimento e até para realizar o ritual de reprodução. Para as aves marinhas, o manguezal é um verdadeiro santuário, como local de reprodução, alimentação e descanso para aves migratórias.


Proteção Legal dos Biomas / Ecossistemas Manguezais 

Diversos dispositivos constitucionais - Constituição Federal e Constituições Estaduais, assim como leis, decretos, resoluções, convenções, impõe uma série de ordenações do uso e/ou de ações em áreas de manguezal, ode se pode destacar:

  • Constituição Federal de 1988, artigo 225;
  • Lei Federal nº 9.605/1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
  • Código Florestal – Lei nº 4.771/1965.
  • Lei Federal Nº 7.661/98 - Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro;
  • Lei Estadual nº 9.931/1986 - Proteção das Áreas Estuarinas;
  • Resolução CONAMA nº 04/1985;
  • Decreto Federal nº 750/93, que dispõe sobre o corte, a exploração, a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica.

Os manguezais são protegidos por Lei, e qualquer área de incidência é considerada de Área de Preservação Permanente (APP), segundo o inciso VII do artigo 4º da Lei Federal nº 12.651/2012.

Bioma Marinho, o mais desprotegido 

Na Amazônia foram observados, em relação à sua área proporcional, avanços expressivos na área recoberta por UCs: 26,2%, o desafio persiste para a maioria dos demais biomas, distantes da meta de 10% de proteção estabelecida pela Convenção Sobre Diversidade Biológica (CDB), sobretudo o bioma marinho, ainda permanece muito pouco protegido: apenas 1.5%.

Convenção Sobre Diversidade Biológica (CDB) - Decreto Legislativo nº 2, de 1994.

Em vigor desde dezembro de 1993, a CDB tem como objetivo estabelecer as normas e princípios que devem reger o uso e a proteção da diversidade biológica em cada país signatário. Dá as regras para assegurar a conservação da biodiversidade, o seu uso sustentável e a justa repartição dos benefícios provenientes do uso econômico dos recursos genéticos, respeitada a soberania de cada nação sobre o patrimônio existente em seu território. Foi assinada por 194 países. A Convenção reconhece que os ecossistemas, espécies e genes devem ser usados para o benefício dos seres humanos, de forma sustentável.

manguezal protecao biomas brasileiros grafico fundoWEB

Impactos Ambientais em Áreas de Mangue 

Os principais fatores que causam alterações nas propriedades físicas, químicas e biológicas do manguezal são:

  • Aterro
  • Desmatamento
  • Queimadas
  • Construções de marinas
  • Deposição de lixo
  • Pesca predatória
  • Dragagens
  • Lançamento de esgoto e de efluentes industriais.


Aterros 

Dentre as alterações provocadas pelo homem nos manguezais, o aterro é uma das mais comuns e uma das grandes responsáveis pelo desaparecimento de grandes extensões destes ambientes. Os aterros em áreas de manguezais estão na sua maioria associados à ocupação urbana, sendo praticados desde as classes desfavorecidas até às classes abastadas. Este fenômeno está ligado principalmente à valorização de áreas à beira-mar.

mangeuzal desmatamento descaracterizacao da area 5Um fator está associado à falta de informação da verdadeira importância ecológica e social dos manguezais. Aliados a este fator estão conceitos populares errôneos que historicamente estão ligados a estes ambientes como, por exemplo, serem os manguezais considerados como áreas de proliferação de mosquitos, fétidas e propícias para o lançamento de lixo e esgoto (!!!).

Um segundo fator está intimamente ligado ao anterior uma vez que, a partir do momento em que se ignora a importância dos manguezais, fica fácil aterrar estas áreas. Porém, quando se promove este aterro, esta área passa a ficar valorizada em função da sua proximidade com o mar propiciando a construção de empreendimentos imobiliários como condomínios, marinas, pousadas e hotéis. Este processo pode ser observado principalmente nos municípios da região sul do estado do Rio de Janeiro como em Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty.

Os danos que os aterros provocam sobre os manguezais são diversos:

  • Morte da maioria dos animais (crustáceos, moluscos e poliquetas) que vivem no sedimento, através de alterações de sua estrutura. Dependendo da espessura da camada de aterro nenhum animal consegue sobreviver;
  • Alteração do padrão de circulação das águas nos manguezais que podem em última instância provocar a sua perda;
  • Aceleração da sedimentação, a qual interferirá na reciclagem dos nutrientes e na troca de gases, devido ao entupimento das raízes, podendo causar a mortalidade no bosque;
  • Aumento da taxa de deposição de sedimentos (assoreamento) que pode reduzir a profundidade de rios, canais e estuários interferindo no ciclo de vida de inúmeros organismos.

Desmatamento 

mangue desmatamentoO desmatamento em áreas de manguezais é uma das alterações ambientais mais antigas no Brasil, praticado desde o século XVI. Nesta época, o corte de árvores era provocado para obtenção de tanino, utilizada para tingir tecidos e em curtumes. O processo de colonização e ocupação das áreas alagadas promoveu o desaparecimento de lagoas e rios.

Desse modo, junto a estes ambientes aquáticos, grandes extensões de brejos e manguezais foram destruídas pela necessidade de se ter solo enxuto para instalação de moradias e outras benfeitorias, assim como a ação de diminuir os focos de proliferação de mosquitos.

O corte da vegetação de mangue, além de destruir a flora, expõe o sedimento ao sol provocando ressecamento e a salinização do solo resultando na morte de caranguejos e mariscos, assim como afetando a produtividade e a pesca de caranguejos, camarões e peixes. O desmatamento foi e é praticado com diferentes fins. A madeira de mangue é utilizada como combustível (carvão), para produção de cercas e construção de casas e currais de pesca.

 

 

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Notas Informativas 

 

Abrigos (Bird Hides) e Cortinas (Bird Blinds) para Observação da Natureza 

hide diagrama blindUm Abrigo (Bird Hide) ou Cortina (Bird Blind) para Observação da Natureza é um local ou um anteparado, protegido ou não das intempéries, as vezes camuflado, que é usado para observar a vida selvagem, especialmente aves, sem causar estresse na fauna observada.

Embora tenham sua origem como infraestruturas de apoio à caça, atualmente podem ser encontrados em áreas rurais e parques, públicos ou privados, onde se pratica a observação, educação ambiental e/ou pesquisa da fauna (biólogos, ecólogos, ornitólogos), prestando excelente serviço na indução de fluxo de visitantes.

Nos Estados Unidos e no Reino Unido, há inúmeros abrigos promovem a observação de aves criando postos de trabalho e renda para os parques e as regiões onde se situam.

Cortinas (Blinds)

Anteparos, abertos, às vezes cobertos, alguns com aberturas adaptadas para a vizualização por crianças e cadeirantes.

 

blind com westside lake trailBird Blind, Westside Lake Trail, San Juan Island Audubon © John Dustrude, 2014.

blind gravetos matagalCortina simples feita com gravetos e gramíneas, com acesso por passarela de madeira. 

blind students at blind 2012Estudantes em visita a campo, utilizam uma cortina para a observação de aves.

Blind com birdes Cortina em ripas de madeira com aberturas em diferentes alturas, permitindo a visualização por crianças e cadeirantes.

bird blind camuflado Eagle SloughCortina sobre deck de madeira com anteparo de tela camuflada, com banco e apoio para equipamentos. 
Eagle Slough, USA
.

 

 

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Infraestrutura para Observação de Manguezal


ITU parque mangue deck
Deck de Recepção e de Informações Turísticas (~ 30 m2)

manguezal passarela rede protecao guarda corpo
Passarela (400 m, em eucalipto tratado ou madeira plástica, com rede de proteção)

Passarela

Passarela em eucalipto roliço, tratado contra apodrecimento, fungos e cupins, com acabamento em stain impregnante ou esmalte ou verniz (a decidir, se necessário).

Comprimento a ser definido, com largura total de 1.5 m, largura livre de 1.2 m, guarda-corpo a 90 cm, com rede de nylon lateral de proteção para crianças.


mangue passarela vista frontal fundoWEBPassarelas com largura livre de 1,2 metro permitem, ao mesmo tempo, o caminhar ou o cruzamento de pessoas.

mangue passarela corte fundoWEBGuarda corpo com corrimão e tela garantem a segurança de crianças.

mangue passarela corte longitudinal fundoWEBCom 1,2 m de largura, as passarelas permitem acesso a cadeirante que necessita pelo menos 80 cm de vão livre. 
No caso de cruzamento, basta a pessoa se encostar no guarda-corpo para permitir a ultrapassagem.

mangue passarela perspectiva fundoWEBDimensionamento preliminar da estrutura em eucalipto roliço citriodora tratado contra fungos e apodrecimento.

 

Painéis Informativos / Comunicação 

Os painéis informativos em trilhas ou espaços turísticos têm dupla função:

  • Advertir p.ex. horário de funcionamento, perigo, normas comportamentais, fragilidade ambiental, espécies da fauna e da flora avistáveis, etc.

  • Informar p.ex. sobre localização (‘você está aqui’), direção a seguir, grau de dificuldade ou tempo de percurso de trilhas, espécies da fauna ou flora que ocorrem na local/região, etc.

Estando localizados no início do espaço turístico, aumentam a qualidade da experiência que será vivenciada pelos visitantes. Ao longo de uma trilha, em pontos de parada pré-estabelecidos, os painéis permitem a identificação ou interpretação temática do percurso, como é o caso das trilhas autoguiadas, dispensando o acompanhamento de guias.

 

manguezal placas sinalizacao WEB

 

Oleta River Natural Trail Youth Conservation Corps

 

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