Programa-piloto de Ecoturismo em Terras Indígenas (1997)
Etapa I | Caderno de Subsídios para Workshop (Jan-Fev 97) |
Preparação e distribuição de Caderno de Subsídios para informação e orientação dos participantes do Workshop, baseados em conceitos, princípios de turismo sustentrável, tendo como referência principal o documento “Diretrizes para um Política Nacional de Ecoturismo”, preparado pelo Grupo de Trabalho Interministerial MMA-MICT em 1994. | |
Etapa II | Oficina de Planejamento (Participativo) (Março 97) |
Oficina de Planejamento realizada com especialistas em Ecoturismo, representantes de comunidades indígenas, técnicos indigenistas e antropólogos da Fundação Nacional do Índio - Funai, com o objetivo de indicar as estratégias potenciais para o desenvolvimento do projeto piloto e discutir eventuais impactos sociais, culturais e ambientais, positivos e negativos, advindos da operação ecoturística. | |
Etapa III | Metodologia (Jun 97) |
Com os resultados obtidos na oficina de planejamento, foi realizada uma oficina técnica com especialistas em Ecoturismo, antropólogos e técnicos indigenistas para analisar os resultados e expectativas, e indicar as comunidades com maior viabildade operacional para realização da experiência piloto, delineando critérios de sustentabilidade. | |
Etapa IV |
Visita Técnica de Inspeção (Out 97)
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Com diretrizes e recomendações advindas das fases anteriores, procedeu-se uma visita técnica de inspeção às duas áreas indicadas como as de maior viabilidade para se realizar operações demonstrativas de Ecoturismo: Mektotire e A-Ukre, às margens do Rio Xingú. Com relação às comunidades indígenas visitadas, foram analisados, primeiramente, os critérios de mínimos de impactos culturais e ambientais, além da viabildade operacional e comercial. Com respeito aos visitantes - ecoturistas, analizou-se os aspectos relativos a segurança, conforto, privacidade e higiene, além da qualidade do produto ecoturístico. | |
Etapa V | Manual Indígena de Ecoturismo (Set - Dez 1997) |
Com o objetivo de atender expectativas e receios identificados nas fases anteriores, tendo em vistas atividades e relações passadas entre comunidades autóctones e exóticas, foi criado material didático específico, denominado “Manual Indígena de Ecoturismo“ para informação e orientação das comunidades indígenas de como desenvolver operações de Ecoturismo em suas terras, ambiental e culturalmente sustentáveis. | |
Etapa VI | Operação e Produtos Ecoturísticos (1998-2001) |
Foram desenhados e cotizados 2 programas para operação ecoturística demonstrativa monitorada, para ajustes na metodologia e na operação, para aplicação futura em outras áreas e/ou comunidades indígenas, com base nos atrativos culturais, naturais e cênicos, operacionalidade e na infra-estrutura própria da área indígena. |
- Ser considerado “turismo aventura”, face as características de “aventura” dos programas, e
- Preço, moderadamente alto, reflexo principalmente dos custos de transporte aéreo (vôos internacionais, domésticos e fretados), que transforma as viagens a locais remotos em expedições.
- Definir estratégias potenciais para desenvolvimento do projeto piloto;
- Elaborar práticas para coibir eventuais impactos sociais, culturais e ambientais, positivos e negativos, advindos da operação ecoturística;
- Estabelecer diretrizes e recomendações estabelecidas, produtos e atividades;
- Sistematizar e desenvolver método para capacitação e treinamento de guias e condutores, indígenas e não-indígenas;
- Criar material didático para capacitação e treinamento (Manual Indígena);
- Estabelecer uma operação ecoturística demonstrativa (Terras Indígenas Kayapó);
- Ter pelo menos 1 equipe, constituida por indígenas e/ou não-indígenas, capacitada e treinada para viabilizar a demonstração;
- Ter pelo menos 2 trilhas ecoturísticas implantadas para fins de interpretação ambiental e/ou cultural;
- Ter pelo menos 2 programas ecoturísticos desenhados e cotizados, com operacionalidade baseada na infraestrutura da área indígena escolhida para a demonstração.
Um dos produtos do presente programa-piloto é o Manual Indígena de Ecoturismo, é o resultado do trabalho de indígenas, antropólogos, indigenistas e especialistas em turismo (Regina Polo Müller, Roberto M.F. Mourão, Síbene de Almeida e Virgínia Valadão), que em projeto participativo, analisaram a viabilidade operacional e levantaram subsídios para a formulação de diretrizes e metologias para a realização de um programa-piloto.
É um documento elaborado com cuidado e sensibilidade para não interferir nas sociedades indígenas. Ao contrário, procura resguardá-las e protege-las, propondo princípios e procedimentos para a visitação ordenada em suas terras.
Este Manual vem informar e preparar as comunidades indígenas para operações ecoturísticas, atendendo a demanda interna dos indigenas por alternativas economicas e, externa, pelo ecoturistas, provocando visitas informais e sem controle, em geral insustentáveis.