CATEGORIA PROJETOS
ATENÇÃO !
ALGUNS PROJETOS REALIZADOS PELO INSTITUTO ECOBRASIL NÃO ESTÃO DIVULGADOS POR CLÁUSULA CONTRATUAL DE SIGILO.
PARQUE DO MANGUE, Paraty (2017)
Promoção | Condomínio Pedra Grande do Itu |
Parceiros | Instituto EcoBrasil |
EcoBrasil | Roberto M.F. Mourão, coordenador |
TRILHAS E MIRANTES DO FORTE DEFENSOR PERPÉTUO DE PARATY, Paraty (2014-2015)
Promoção | Fundação Roberto Marinho (FRM) |
Parceiros | Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) |
Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) | |
Apoio | Forte Defensor Perpétuo, Paraty |
EcoBrasil | Roberto M.F. Mourão, coordenador |
ANÁLISE DE IMPACTOS DE CRUZEIROS DE MARÍTIMOS, Ilha Grande, Angra dos Reis (2009-2010)
Promoção | Instituto EcoBrasil |
Parceria | Comitê de Defesa da Ilha Grande (Codig) |
Analista | Roberto M.F Mourão, consultor |
CENTRE POUR FORMACION EN HOTELLERIE ET ECOTOURISME, Côte des Arcadins, Haiti (2011-2014)
Promoção | Viva Rio, Brasil |
Parceria | BuildAid, Noruega |
Ouanga Bay Beach Hotel, Haiti | |
Conseil Régional Côte des Arcadins, Haiti | |
Ministère du Tourisme et des Industries Créatives du Haïti, Haiti | |
Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti (Minustah, ONU) | |
Projeto | Instituto EcoBrasil, Brasil |
Coordenador | Roberto M.F Mourão, consultor |
- AVALIAÇÃO DO ROTEIRO DO SURFE NA POROROCA, RIO ARAGUARI (Amapá, 2005)
Promoção | Sebrae Nacional |
Parceria | Sebrae Amapá |
Execução | Instituto EcoBrasil |
Ariane Janér, consultora | |
Roberto M.F Mourão, consultor |
EXCELÊNCIA EM TURISMO: Aprendendo com as Melhores Experiências Internacionais (2004-2005)
Promoção | Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) |
Parceria | Sebrae Nacional |
Idealização | Instituto EcoBrasil |
Roberto M.F Mourão, consultor |
PROGRAMA DE MELHORES PRÁTICAS PARA O ECOTURISMO (Programa MPE) (2000-2003)
Promoção | Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) (organização promotora) |
Parceiros | Banco da Amazônia (BASA) |
Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) | |
Financiadora Nacional de Estudos e Projetos (FINEP) | |
Ministério do Meio Ambiente (MMA) | |
Apoio | Reserva Natural da Vale do Rio Doce, Linhares, ES |
Varig Linhas Aéreas | |
Wöllner Comércio de Confecções | |
EcoBrasil | Roberto M.F. Mourão, coordenador |
Ariane Janér, consultora | |
Marcos Martins Borges, coordenador |
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE ECOTURISMO EM RESERVAS EXTRATIVISTAS (Resex) (1998)
Em parceria com o Grupo Nativa, Goiania, GO
Promoção |
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) |
Centro Nacional para o Desenvolvimento das Populações Tradicionais (CNPT) | |
Apoio | Ministério do Meio Ambiente (MMA) |
Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7) | |
Secretaria de Coordenação da Amazônia (SCA-MMA) | |
Sebrae Amapá | |
EcoBrasil | Marcos Martins Borges, coordenador |
Roberto M.F Mourão, consultor |
PROGRAMA-PILOTO DE ECOTURISMO EM TERRAS INDÍGENAS (1997)
RIO-92 CATÁLOGO DE TURISMO ESPECIALIZADO ABAV-EMBRATUR-EXPEDITOURS (1992)
Promoção | Associação Brasileira de Agências de Turismo (Abav) |
Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur) | |
Apoio | Editora Ediouro, Rio |
Execução | Expeditours, The Natural Way to Discover Brazil |
Roberto M.F. Mourão, coordenador, EcoBrasil |
DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE ECOTURISMO (1994)
Promoção | Ministério do Meio Ambiente (MMA) |
- Secretaria da Amazônia Legal | |
- Ministério da Indústria, Comércio e Turismo (MICT) | |
Parceria | Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) |
Diretrizes Ecoturismo - Conceituação
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
Conceituação
A atividade do Ecoturismo deve abranger, em sua conceituação, a dimensão do conhecimento da natureza, a experiência educacional interpretativa, a valorização das culturas tradicionais locais e a promoção do desenvolvimento sustentável.
Dessa forma, para os fins de implementação de uma política nacional, conceitua-se, neste documento, o Ecoturismo como:
"um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas".
O crescente envolvimento da sociedade nas questões ambientais, pressionando governos e instituições para o estabelecimento de requisitos cada vez mais rígidos quanto ao impacto ambiental na implantação de empreendimentos, aliado a uma crescente busca do homem por uma relação mais íntima e frequente com a natureza, recomenda a não restrição do conceito de ecoturismo, de forma a acompanhar a dinâmica deste segmento.
A atividade de ecoturismo passa, atualmente, por uma transição de "produto turístico" para um "conceito de viagem", sendo que os componentes da definição podem vir a ser integralmente absorvidos por outros segmentos ou atividades do turismo, que talvez hoje não sejam considerados ecoturísticos, mas cuja evolução deve ser incentivada.
Diretrizes da Política Nacional de Ecoturismo
- Apresentação
- Introdução
- Marcos Referenciais
- Conceituação
- Objetivos, Ações e Estratégias
- Atores Diretamente Envolvidos
- Considerações Finais
Oficina de Planejamento
Diretrizes Ecoturismo - Introdução
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
Introdução
A indústria do turismo é, na atualidade, a atividade que apresenta os mais elevados índices de crescimento no contexto econômico mundial. Movimenta cerca de US$ 3,5 trilhões anualmente e, apenas na última década, expandiu suas atividades em 57%.
No Brasil, o ecoturismo é discutido desde 1985. No âmbito governamental, a primeira iniciativa de ordenar a atividade ocorreu em 1987 com a criação da Comissão Técnica Nacional, constituída por técnicos do Ibama e do Instituto Brasileiro de Turismo - Embratur, para monitorar o Projeto de Turismo Ecológico, em resposta às práticas existentes à época, pouco organizadas e sustentáveis.
No entanto, nem os esforços governamentais, nem os privados foram suficientes para ultrapassar as barreiras, até hoje existentes, entre a teoria - principalmente em relação aos modelos nacionais - e a prática do ecoturismo.
Pontificam-se entre essas barreiras a ausência de consenso sobre a conceituação do segmento, a falta de critérios, regulamentações e incentivos que orientem empresários, investidores e o próprio Governo, no estímulo e na exploração do potencial das belezas naturais e valores culturais disponíveis, ao mesmo tempo em que promova a sua conservação.
Em conseqüência, o ecoturismo praticado no Brasil é uma atividade ainda desordenada, impulsionada, quase que exclusivamente, pela oportunidade mercadológica, deixando, a rigor, de gerar os benefícios sócio-econômicos e ambientais esperados e comprometendo, não raro, o conceito e a imagem do produto ecoturístico brasileiro nos mercados interno e externo.
Essas razões, em especial, motivaram o Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo e o Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal a instituir, pela Portaria Interministerial n§ 001, de 20 de abril de 1994, Grupo de Trabalho, integrado por representantes desses Ministérios, do Ibama e Embratur para desenvolver e propor uma Política e um Programa Nacional de Ecoturismo.
O Grupo de Trabalho, seguindo orientação emanada dos respectivos Ministérios, promoveu durante seus trabalhos, ampla discussão acerca do ecoturismo, com os mais diversos segmentos interessados das áreas governamental e privada.
Para tanto, adotou a seguinte Metodologia de Trabalho:
- Pesquisa e análise de documentos, informações e sugestões oriundas do setor turístico e ambiental;
- Realização de reunião de trabalho com a presença de representantes do SEBRAE, SUDAM, UNESCO, Associação Brasileira de Ecoturismo - EcoBrasil, SENAC, BNB e BASA;
- Realização de oficina de planejamento em Goiás Velho, GO, obedecendo ao Método Zopp, que contou com a participação de representantes do MICT, MMA, Embratur, Ibama, MEC, organizações não governamentais, empresários e consultores.
Durante cinco dias, o grupo centrou suas discussões na conceituação de ecoturismo, na análise da situação atual e na identificação das ações necessárias para o desenvolvimento ordenado do ecoturismo no Brasil.
Como resultado, o documento pretende nortear o desenvolvimento regional do ecoturismo e servir como base para a implantação de uma Política Nacional que assegure:
- à comunidade: melhores condições de vida e reais benefícios;
- ao meio ambiente: uma poderosa ferramenta que valorize os recursos naturais;
- à nação: uma fonte de riqueza, divisas e geração de empregos;
- ao mundo: a oportunidade de conhecer e utilizar o patrimônio natural dos ecossistemas onde convergem a economia e a ecologia, para o conhecimento e uso das gerações futuras.
Diretrizes da Política Nacional de Ecoturismo
- Apresentação
- Introdução
- Marcos Referenciais
- Conceituação
- Objetivos, Ações e Estratégias
- Atores Diretamente Envolvidos
- Considerações Finais
Oficina de Planejamento
Diretrizes da Política Nacional de Ecoturismo
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
Diretrizes da Política Nacional de Ecoturismo
- Apresentação
- Introdução
- Marcos Referenciais
- Conceituação
- Objetivos, Ações e Estratégias
- Atores Diretamente Envolvidos
- Considerações Finais
Grupo de Trabalho Interministerial
Ministério do Meio Ambiente MMA
- Denise Hamú M. de La Penha / Coordenadora pelo MMA
- Sonia Maria P. Wiedmann / Ibama
- Sérgio Tadeu Medina / MMA
- Maria Luiza N. Paes / Ibama
Ministério da Indústria, Comércio e Turismo MICT
- Silvio Magalhães Barros II / Coordenador pelo MICT
- Marcos Jorge de Araújo / MICT
- Clélia Lucy Gomes Ferreira / Embratur
- Márcio Luiz Montenegro / Embratur
Colaboradores
- Fábio de Jesus / Ibama
- Hélio A. Bulhões
- Ismael Nobre
- João Alievi
- Maria Ester M. Barreto Carmino
- Néli Gonçalves de Melo / MEC
- Oliver Hillel / Senac SP
- Pedro E. Camilo Melo
- Reinaldo F. Ferreira Lourival / CI
- Roberto M. F. Mourão / EcoBrasil
- Sílbene de Almeida / MMA
- Silvana Campello
Contribuições
- Banco da Amazônia BASA
- Banco Nacional de Brasília BNB
- Conservation International C.I. Brasil
- EcoBrasil
- Sebrae
- Senac SP
- Superintendêcia do Desenvolvimento da AMazônia SUDAM
- Organização das Nações Unidas UNESCO
- Digitação: Catherine Fátima Alves e Edna de Alencar Castro
- Normalização da publicação Bibliotecária: Dinaura G. A. Nogueira
Apresentação
A gestão responsável e sustentada dos recursos naturais e o respeito à preservação da identidade cultural de populações nativas têm servido às vezes de instrumento de contenção dos anseios e necessidades desenvolvimentistas de muitos países.
O Brasil, devido a sua dimensão continental, situação geográfica, e sobretudo, riquezas naturais e culturais tem sido alvo de pressões externas, seja de parte de instituições multilaterais de crédito e cooperação ou de governantes dos países desenvolvidos, seja de cidadãos, através da imprensa, ou das organizações não-governamentais. Igualmente poderosas são as pressões internas que levam ao uso desordenado do patrimônio natural em favor dos brasileiros que espontaneamente migram atraídos pela esperança de um futuro melhor.
O simples reconhecimento de que algumas práticas adotadas na expansão das fronteiras em busca do crescimento econômico são nocivas ao meio ambiente e ao homem, não é suficiente. É preciso aceitar o desafio de promover mudanças nas políticas de desenvolvimento e encontrar alternativas para os modelos até agora adotados.
À toda liderança corresponde uma parcela de responsabilidade e, neste quadro, a indústria de turismo e viagens, líder mundial em movimentação de recursos e geração de empregos, que depende umbilicalmente de uma gestão sustentada dos patrimônios natural e cultural, cruza seu caminho com o Brasil, maior país tropical do mundo, proprietário e gestor do maior banco de biodiversidade do planeta.
Desta relação surge o ecoturismo como um dos mais inteligentes instrumentos de viabilização econômica para o gerenciamento correto dos recursos naturais, oferecendo aos brasileiros uma alternativa digna de conquistar seu sustento e uma vida melhor, ao mesmo tempo em que assegura às gerações futuras, o acesso aos legados da natureza.
No entanto, para que o ecoturismo possa efetivamente constituir uma estrutura sólida, acessível e permanente, é preciso que esteja alicerçado em diretrizes coerentes com o mercado, tecnologicamente ajustadas e democraticamente discutidas, de forma a acomodar adequadamente as peculiaridades de cada ecossistema e de cada traço da cultura popular brasileira.
Assumir este nível de responsabilidade com o Brasil e com o mundo, estabelecer este tipo de alicerce e dar a esta atividade, frequentemente relegada a segundo plano, a visão de prioridade estratégica do ponto de vista social, econômico e ambiental, foi a postura do Governo Itamar Franco e é do Governo Fernando Henrique.
O compromisso maior é construir a plataforma de lançamento da qual nosso país será alçado à posição de destaque que com justiça lhe pertence no contexto internacional.
Diretrizes da Política Nacional de Ecoturismo
- Apresentação
- Introdução
- Marcos Referenciais
- Conceituação
- Objetivos, Ações e Estratégias
- Atores Diretamente Envolvidos
- Considerações Finais
Oficina de Planejamento
Centro Viva Rio-Haiti - Aula Inaugural e Formatura
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
Idealização, Projeto e Coordenação da Construção
Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
e-mail: roberto@albatroz.eco.br
celular: 24 99901-9199 (Paraty)
Centro de Formação em Hotelaria e Ecoturismo
Centre Raymond Louis Roy pour Formacion en Hotellerie et Ecotourisme
Formaturas
1º DIA DE AULA - 29 DE JANEIRO DE 2013
© Valdir Fachini, Viva Rio
FORMATURA DA 6ª TURMA DE HOTELARIA - 9 DE MAIO DE 2016
Centro Viva Rio de Hotelaria e Ecoturismo no Haiti
- Centro Viva Rio de Hotelaria e Ecoturismo no Haiti
- Centro Viva Rio-Haiti - Linha do Tempo / Timeline
- Centro Viva Rio-Haiti - Galpões Arquitetura
- Centro Viva Rio-Haiti - Galpões Módulos Funcionais
- Centro Viva Rio-Haiti - Galpões Concretagem Fundação Radier
- Centro Viva Rio-Haiti - Biossistema Integrado
- Centro Viva Rio-Haiti - Sistema de Captação de Águas Pluviais
- Centro Viva Rio-Haiti - Aula Inaugural e Formatura
Avaliação do Roteiro do Surfe na Pororoca, Rio Araguari, Amapá, 2005
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
© www.8thingstodo.com/pororoca-waves
Objetivo: Avaliar o Roteiro do Surfe Pororoca (Macapá – Foz do Rio Araguari).
Os consultores e outros participantes, foram convidados pelo sr. Luis Carlos Barboza, diretor técnico do Sebrae Nacional.
Período: 24 a 27 abril de 2005
Roteiro: Macapá - Itaubal - Cutias - Igarapé Novo - Foz Rio Araguari - Ferreira Gomes - Porto Grande - Macapá
Consultores
- Ariane Janér
- Roberto M.F. Mourão
Pororoca
Pororoca, macaréu ou mupororoca é a forma como são denominados fenomenos que ocorrem na Amazônia. Trata-se de um fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com as águas oceânicas.
Pororoca origina-se do tupi poro'roka, que é o gerúndio do verbo poro'rog, "estrondar".
Descrição
O fenômeno manifesta-se, no Brasil, na foz do rio Amazonas e afluentes do litoral paraense e amapaense: Rio Araguari, Rio Maiacaré, Rio Guamá, Rio Capim, Rio Moju, e na foz do rio Mearim, no Maranhão. Esse choque das águas derruba árvores de grande porte e modifica o leito dos rios.
O fenômeno tem atraído praticantes de surfe, transformando-se numa atração turística regional amazônica.
Nota (vide informações no final dessa avaliação) | |
Em julho de 2015, foi declarado oficialmente que o fenômeno já não ocorre no rio Araguari. A ocupação irregular de áreas nativas para a criação de búfalos foi um dos principais fatores que provocaram o fim do fenômeno da pororoca na bacia desse rio do extremo leste do Amapá. |
Localização
Situado no extremo norte do pais, o Estado do Amapá tem uma superfície territorial de 140.276 Km², com fronteiras com o Estado do Pará, o Suriname e a Guiana Francesa.
O Amapá concentra uma das maiores diversidade em ambientes naturais, já que faz parte de dois grandes domínios geográficos: o amazônico e o oceânico, o que lhe atribui características muito particulares.
Pororoca quanto a formação e estruturação de seus ambientes naturais. A área alterada do Estado do Amapá inclui desmatamentos e outras formas de antropização em menos de 2% de seu território, de acordo com os dados do Zoneamento Ecológico Econômico realizado em 1988.
A concentração da população no eixo da única rodovia parcialmenteasfaltada, que liga o Estado de norte a sul, a rodovia Br-156, com ramificações pouco ambientalmente impactantes, tem assegurado a existência de grandes áreas contínuas com cobertura vegetal não alterada por ações antrópicas. A diversidade de ecossistemas caracteriza a biogeografia do Amapá, ao lado do significativo capital de recursos naturais, cujo potencial para exploração sustentável depende de alocação de tecnologia e sistemas adequados de manejo e administração.
O Amapá apresenta um conjunto significativo de áreas protegidas e reservas indígenas, abrangendo mais de 40.000 Km² e correspondendo a cerca de 30% da superfície total do Estado, 4 vezes mais que a média nacional e o dobro da média da Região Norte.
Clima
O clima dominante é tropical úmido, com poucas variações de temperatura, sendo outubro o mês mais quente e, de fevereiro a abril, o período mais frio. As chuvas se estendem por um longo período, de dezembro a julho, com altos índices pluviométricos, que podem chegar a 500 mm por mês. O período seco entre agosto e novembro, é mais curto e a precipitação diminui para menos de 50 mm por mês. 
Acesso
O tempo de viagem no ida e na volta foi subestimado, comprometendo a agenda, agravado pelas condições da estrada comprometida pela estação das chuvas. Foram tomados cuidados para dar conforto na viagem. Porém utilizar um micro-ônibus não é o melhor tipo de transporte para uma estrada de terra e piçarra, em más condições.
O barco utilizado para o transporte fluvial, confortável, potente e seguro, é perfeito para o transporte nas chuvas, mas, para uso turístico, tinha pouco lugar descoberto para aproveitar a viagem ao ar livre e apreciar a natureza exuberante de entorno.
Hospedagem: razoável
Por causa da pouca permanência não se avaliou o Ceta Ecotel, em Macapá.
A hospedagem na Pousada Pororoca, junto ao Rio Araguari, oferecida foi boa e tratando-se de surfistas, é adequada. Mas não atenderia um mercado mais exigente.
Os bangalôs são visualmente agradáveis e razoavelmente confortáveis para tempos de permanecia curtas a médias (até 2 semanas). A estrutura de madeira necessita de um contraventamento nas colunas de suporte das palafitas para diminuir o perceptível balanço que causa um leve desconforto, sobretudo àqueles pouco acostumados a esse tipo de acomodações (rústicas).
A pousada tem uma belíssima localização, bom conforto para um local na selva, comida honesta e saborosa, mas foi evidente que seus proprietários ainda precisam apoio para melhorar os serviços. Também deverão ter mais cuidado com a conservação (um dos bangalôs faltava interruptor e um dos hospedes levou um choque ao tentar acender a luz ao chegar ao quarto, no escuro).
Observação de Pororoca: precária
As condições para observação da Pororoca são precárias.
No barranco não tem lugar para sentar (o solo é um lamaçal) e não tem abrigo em caso de chuva.
Na observação da pororoca nas lanchas existe o perigo do motor morrer (como ocorreu com alguns dos barcos na chegada à pousada, no dia anterior).
Sendo o fenômeno relativamente curto vis-à-vis o tempo de transporte, sugerimos que os visitantes sejam alertados para levar binóculos, com isto aumentando a “proximidade” do visitante ao fenômeno e o tempo de observação.
Informações antes e durante o passeio: insuficientes
Entendemos que a viagem foi prospectiva e para avaliação de destino e programa, porém consideramos que maiores informações para subsidiar os especialistas e demais convidados. Existem razoável volume de informação na internet e alguns dos participantes, como nosso caso, possuem bastante experiência local . As informações fornecidas antes, durante (e até depois) do passeio não seriam adequadas para um tour.
O roteiro e informações enviados com antecipação eram incorretos e insuficientes. Os tempos dos traslados estavam incorretos (além do imprevisto das más condições da estrada) e as informações sobre a pororoca poderiam ter sido mais aprofundadas - tanto como fenômeno e como oportunidade esportiva.
Não foram aproveitados as oportunidades de falar mais sobre ecossistemas, fauna e flora do local, nem se apresentou oportunidade para observação.
O guia era muito simpático e atencioso, mas ainda precisa se informar mais sobre natureza e cultura local para conduzir um passeio desses.
A propósito, ao passarmos pelo Curiaú, fomos informados sobre a beleza e uso (de lazer e excursionista) do espaço, porém sequer se mencionou que trata-se de uma comunidade quilombola.
Conclusão e Recomendações
Com base nas experiências na visita, com conhecimento dos possíveis mercados alvos e outros destinos e produtos na Amazônia, a conclusão é que falta ainda muito para começar a comercializar o roteiro. No melhor caso o roteiro poderia ser oferecido como expedição, mas só com operadora experiente e clientes bem briefados sobre as condições da viagem.
Recomendamos, além das sugestões apresentadas pelos participantes durante uma breve análise SWOT feita com os participantes, no retorno a Macapá, a bordo da embarcação, conduzido pelo Sr. Luis Carlos Barboza:
- Investigar melhor as possibilidades de traslado e seus custos (que pela breve avaliação são altos, provavelmente pelo baixo e sazonal fluxo de visitantes);
- Investir na capacitação dos recursos humanos e empresários (guias, barqueiros, operadores hoteleiros) da região;
- Consolidar primeiro produtos de mais fácil acesso de Macapá;
- Pesquisar a fauna existente, sobretudo a de maior chances de avistagem, sobretudo da avifauna, que nos pareceu abundante;
- Coletar dados sobre o fluxo, preferências e avaliações dos turistas atuais;
- Conhecer melhor os mercados potenciais para se estabelecer estratégias de promoção e indução de fluxos;
- Promover, através de qualidade de informações úteis e interessantes sobre o estado, evitando não ficando na tentação de produzir material promocional visualmente agradável porém de fraco conteúdo. Um bom começo seria ter um website trilingue: inglês, francês e português.
- Construir alianças com ongs, ICMBio e outras instituições de fomento regionais e estaduais para fortalecer a base socio-cultural e ambiental do turismo. 
- Pesquisar e contatar as instituições abaixo relacionadas para se obter informações que possam subsidiar a elaboração de programas e pacotes turísticos para ecoturistas, esportistas e viajantes especializados (tais como: observadores de fauna e flora, profissionais e técnico-científico)
Mídia
- Fim da pororoca no Rio Araguari é irreversível, segundo especialistas. (Portal G1, julho 2015)
O fim de um dos fenômenos naturais mais conhecidos do Amapá, a pororoca, parece ser um caminho sem volta. Mesmo com investigações e estudos anunciados pelo Ministério Público Federal e órgãos ambientais do estado para saber as reais causas e alternativas para o Amapá ter de volta as famosas ondas, especialistas avaliam que o retorno do fenômeno tende a ser irreversível. As possibilidades levantadas por especialistas para o fim da pororoca são a soma de três fatores: (1) a construção de três hidrelétricas no rio Araguari; (2) a abertura de canais para levar águas a fazendas; (3) a degradação causada pelo pisoteio de búfalos na região. - O fim da pororoca brasileira (Quicksilver, setembro 2015)
Qualquer surfista brasileiro conhece bem este fenômeno, e muitos gringos atravessaram o globo em busca da tão sonhada onda perfeita. A pororoca era sinônimo de orgulho e representava o diferencial em termos de surf no Brasil. Rio e mar se confrontavam, fazendo a alegria de marmanjos e criando uma onda com mais de dez quilômetros de extensão.