CATEGORIA PROJETOS
ATENÇÃO !
ALGUNS PROJETOS REALIZADOS PELO INSTITUTO ECOBRASIL NÃO ESTÃO DIVULGADOS POR CLÁUSULA CONTRATUAL DE SIGILO.
PARQUE DO MANGUE, Paraty (2017)
Promoção | Condomínio Pedra Grande do Itu |
Parceiros | Instituto EcoBrasil |
EcoBrasil | Roberto M.F. Mourão, coordenador |
TRILHAS E MIRANTES DO FORTE DEFENSOR PERPÉTUO DE PARATY, Paraty (2014-2015)
Promoção | Fundação Roberto Marinho (FRM) |
Parceiros | Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) |
Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) | |
Apoio | Forte Defensor Perpétuo, Paraty |
EcoBrasil | Roberto M.F. Mourão, coordenador |
ANÁLISE DE IMPACTOS DE CRUZEIROS DE MARÍTIMOS, Ilha Grande, Angra dos Reis (2009-2010)
Promoção | Instituto EcoBrasil |
Parceria | Comitê de Defesa da Ilha Grande (Codig) |
Analista | Roberto M.F Mourão, consultor |
CENTRE POUR FORMACION EN HOTELLERIE ET ECOTOURISME, Côte des Arcadins, Haiti (2011-2014)
Promoção | Viva Rio, Brasil |
Parceria | BuildAid, Noruega |
Ouanga Bay Beach Hotel, Haiti | |
Conseil Régional Côte des Arcadins, Haiti | |
Ministère du Tourisme et des Industries Créatives du Haïti, Haiti | |
Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti (Minustah, ONU) | |
Projeto | Instituto EcoBrasil, Brasil |
Coordenador | Roberto M.F Mourão, consultor |
- AVALIAÇÃO DO ROTEIRO DO SURFE NA POROROCA, RIO ARAGUARI (Amapá, 2005)
Promoção | Sebrae Nacional |
Parceria | Sebrae Amapá |
Execução | Instituto EcoBrasil |
Ariane Janér, consultora | |
Roberto M.F Mourão, consultor |
EXCELÊNCIA EM TURISMO: Aprendendo com as Melhores Experiências Internacionais (2004-2005)
Promoção | Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) |
Parceria | Sebrae Nacional |
Idealização | Instituto EcoBrasil |
Roberto M.F Mourão, consultor |
PROGRAMA DE MELHORES PRÁTICAS PARA O ECOTURISMO (Programa MPE) (2000-2003)
Promoção | Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) (organização promotora) |
Parceiros | Banco da Amazônia (BASA) |
Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) | |
Financiadora Nacional de Estudos e Projetos (FINEP) | |
Ministério do Meio Ambiente (MMA) | |
Apoio | Reserva Natural da Vale do Rio Doce, Linhares, ES |
Varig Linhas Aéreas | |
Wöllner Comércio de Confecções | |
EcoBrasil | Roberto M.F. Mourão, coordenador |
Ariane Janér, consultora | |
Marcos Martins Borges, coordenador |
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE ECOTURISMO EM RESERVAS EXTRATIVISTAS (Resex) (1998)
Em parceria com o Grupo Nativa, Goiania, GO
Promoção |
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) |
Centro Nacional para o Desenvolvimento das Populações Tradicionais (CNPT) | |
Apoio | Ministério do Meio Ambiente (MMA) |
Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7) | |
Secretaria de Coordenação da Amazônia (SCA-MMA) | |
Sebrae Amapá | |
EcoBrasil | Marcos Martins Borges, coordenador |
Roberto M.F Mourão, consultor |
PROGRAMA-PILOTO DE ECOTURISMO EM TERRAS INDÍGENAS (1997)
RIO-92 CATÁLOGO DE TURISMO ESPECIALIZADO ABAV-EMBRATUR-EXPEDITOURS (1992)
Promoção | Associação Brasileira de Agências de Turismo (Abav) |
Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur) | |
Apoio | Editora Ediouro, Rio |
Execução | Expeditours, The Natural Way to Discover Brazil |
Roberto M.F. Mourão, coordenador, EcoBrasil |
DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE ECOTURISMO (1994)
Promoção | Ministério do Meio Ambiente (MMA) |
- Secretaria da Amazônia Legal | |
- Ministério da Indústria, Comércio e Turismo (MICT) | |
Parceria | Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) |
Parque do Mangue - Anexo 2 Uso Sustentável dos Manguezais
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
Parque do Mangue da Ilha do Itu
Corumbê, Baia de Paraty
Coordenação: Roberto M.F. Mourão, Albatroz Planejamento - email: roberto@albatroz.eco.br
PROPOSTA EM DESENVOLVIMENTO
Anexo II: Uso Sustentável dos Manguezais
Importância Ambiental dos Manguezais
Os manguezais desempenham um importante papel como exportador de matéria orgânica para os estuários, contribuindo para a produtividade primária na zona costeira. Por essa razão, constituem-se em ecossistemas complexos e dos mais férteis e diversificados do planeta.
A sua biodiversidade faz com que essas áreas se constituam em grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies típicas desses ambientes, como para animais, aves, peixes, moluscos e crustáceos, que aqui encontram as condições ideais para reprodução, eclosão, criadouro e abrigo, quer tenham valor ecológico ou econômico.
São 4 os papéis principais dos manguezais reconhecidos:
- Os manguezais contribuem para a formação do solo e ajudam a estabilizar as costas;
- Os manguezais funcionam como lâminas para o escoamento das terras altas;
- Os sistemas dos manguezais servem como habitat para muitos organismos marinhos tais como caranguejos, ostras, e outros invertebrados e animais selvagens tais como pássaros e répteis;
- Os manguezais produzem grandes quantidades de detritos que podem contribuir para a produtividade em águas costeiras.
Com relação à pesca, os manguezais produzem mais de 95% do alimento que o homem captura no mar. Por essa razão, a sua manutenção é vital para a subsistência das comunidades pesqueiras que vivem em seu entorno.
Com relação à dinâmica dos solos, a vegetação dos manguezais serve para fixar os solos, impedindo a erosão e, ao mesmo tempo, estabilizando a linha de costa. As raízes do mangue funcionam como filtros na retenção dos sedimentos. Constituem ainda importante banco genético para a recuperação de áreas degradadas, p.ex., como aquelas por metais pesados.
A destruição dos manguezais gera grandes prejuízos, inclusive para economia, direta ou indiretamente, uma vez que são perdidas importantes frações ecológicas desempenhadas por esses ecossistemas. Entre os problemas mais observados destacam-se o desmatamento e o aterro de manguezais para dar lugar a portos, estradas, agricultura, carcinicultura estuarina, invasões urbanas e industriais, derramamento de petróleo, lançamento de esgotos, lixo, poluentes industriais, agrotóxicos, assim como a pesca predatória. É preciso conhecer e respeitar os ciclos naturais dos manguezais para que o uso sustentado de seus recursos seja possível.
Muitas atividades podem ser desenvolvidas no manguezal sem lhe causar prejuízos ou danos, entre elas:
- Criação de abelhas para a produção de mel
- Cultivo de ostras e outros organismos aquáticos
- Cultivo de plantas ornamentais (orquídeas e bromélias)
- Desenvolvimento de atividades turísticas, recreativas, educacionais e de pesquisa científica
- Pesca esportiva, artesanal e de subsistência, desde que se evite a sobrepesca, a pesca de pós-larvas, juvenis e de fêmeas ovadas
- Utilização da madeira das árvores, desde que se assegure a reflorestação.
Sequestro de Carbono
O Sequestro de carbono é um processo de remoção de gás carbônico. Tal processo ocorre principalmente em oceanos, florestas e outros locais onde os organismos por meio de fotossíntese, capturam o carbono e lançam oxigênio na atmosfera. É a captura e estocagem segura de gás carbônico (CO2), evitando-se assim sua emissão e permanência na atmosfera terrestre.
O desmatamento é um forte "vilão" do sequestro pois diminui o efeito deste quando elimina o número de seres do fotossintetizantes.
Os manguezais são extremamente importantes no sequestro e na fixação do carbono. Estudos mostram que 10% das emissões de carbono causadas pelo desmatamento são fruto da destruição do mangue, mesmo que esse represente apenas 0,7% da cobertura vegetal do planeta. Além disso, nos últimos 50 anos, entre 30% e metade desse tipo de ecossistema foi devastado.
Dados divulgados em 2008, durante a Conferência Internacional de Áreas Úmidas, em Cuiabá, mostram que, na época, regiões pantanosas e mangues continham 771 bilhões de toneladas armazenadas no seu solo, a mesma quantidade de carbono encontrada na atmosfera.
Ecossistema terrestre
O CO2 armazenado no ecossistema terrestre pode ser fixado tanto no solo quanto na floresta. O CO2 armazenado é o balanço entre a absorção da planta, a fixação de carbono no solo e as perdas por respiração e decomposição. Os ecossistemas terrestres que compreendem a floresta e o solo são considerados atualmente como um grande ‘sumidouro’ de carbono, especialmente os solos. Há evidências de que o solo possa resultar em significativa redução no aumento dos gases do efeito estufa.
Florestas
As enormes quantidades de carbono são armazenadas naturalmente na floresta por árvores e por outras plantas, assim como no solo da floresta. Como parte da fotossíntese, as plantas absorvem o dióxido de carbono da atmosfera, armazenam o carbono como açúcar, amido (carboidrato) e celulose.
O carbono é armazenado e liberado continuamente dependendo da planta e da fase de sua vida naquele tempo. As florestas são “armazéns do dióxido de carbono”, mas o efeito de absorção do CO2 existe somente quando elas crescem no tamanho: é limitado assim naturalmente.
Floresta de mangue, Reentrâncias Maranhenses, Cururupu, Maranhão © Roberto Mourão, 2002.
Parque do Mangue da Ilha do Itu, Paraty
- Parque do Mangue da Ilha do Itu, Paraty
- Parque do Mangue - Infraestrutura: Passarelas
- Parque do Mangue - Equipamentos: Barcos e Caiaques
- Parque do Mangue - Infraestrutura: Abrigos Observação de Aves / Bird Blinds
- Parque do Mangue - Infraestrutura: Cortinas Observação de Aves / Bird Blinds
- Parque do Mangue - Ecoturismo e Capacidade de Manejo
- Parque do Mangue - Educação Ambiental
- Parque do Mangue - Parceria Socioambiental Comunidade Corumbê
- Parque do Mangue - Anexo I: Manguezais
- Parque do Mangue - Anexo II: Uso Sustentável dos Manguezais
- Parque do Mangue - Anexo III: Ecoturismo e Turismo de Natureza
- Parque do Mangue - Anexo IV: Infraestruturas e Equipamentos
- Parque do Mangue - Anexo V: Projeto Manguezais do Brasil
- Parque do Mangue - Anexo VI: Plano PAN Pantanal (ICMBio)
- Parque do Mangue - Anexo VII: Unidades de Conservação
- Parque do Mangue - Anexo VIII: Roteiro para Criação de UC Municipal
- Parque do Mangue - Anexo IX: Roteiro para Criação de RPPNs
Ilha do Itu
- Ilha do Itu - Informações Gerais
- Ilha do Itu - Enquadramento Legal
- Ilha do Itu - Fotografias (outubro 2016)
- Ilha do Itu - Decreto nº 8.775/2016 (trata da revisão do plano de manejo)
Links Relacionados (para saber mais)
Links Internos
- Observação de Aves
- Capacidade de Carga Turística
Links Externos
Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br
Parque do Mangue - Anexo 1 Manguezais
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
Parque do Mangue da Ilha do Itu
Corumbê, Baia de Paraty
Coordenação: Roberto M.F. Mourão, Albatroz Planejamento - email: roberto@albatroz.eco.br
PROPOSTA EM DESENVOLVIMENTO
Anexo I: Manguezais
Manguezal, mangue, mangrove ou mangal
Manguezal, mangue, mangrove ou mangal é um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e marinho, zona úmida característica de regiões tropicais e subtropicais.
Associado às margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro de águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da costa, está sujeito ao regime das marés, sendo dominado por espécies vegetais típicas, às quais se relacionam outros componentes vegetais e animais.
Ao contrário do que acontece em praias arenosas e dunas, a cobertura vegetal do manguezal instala-se em substratos de vasa de formação recente, de pequena declividade, sob a ação diária das marés de água salgada ou, pelo menos, salobra.
Ocorrência
O ecossistema incide em regiões tropicais e subtropicais, no encontro de rios e mares, sobretudo nas costas do Atlântico e Pacífico. Estima-se que, em todo o planeta, existam cerca de 172.000 km² de manguezais. Do total de mangues no mundo, cerca de 15%, ou cerca de 26.000 km², distribui-se pelo litoral do Brasil, desde o estado do Amapá até Laguna, em Santa Catarina.
Solo
O solo do manguezal caracteriza-se por ser úmido, salgado, lodoso, pobre em oxigênio e muito rico em nutrientes. Por possuir grande quantidade de matéria orgânica em decomposição, por vezes apresenta odor característico, mais acentuado se houver poluição. Essa matéria orgânica serve de alimento à base de uma extensa cadeia alimentar, como por exemplo, crustáceos e algumas espécies de peixes.
Vegetação
O mangue é uma formação vegetal composta de arbustos e espécies arbóreas que ocorrem em áreas de lagunas e restingas ao longo de todo o litoral. Nessa formação vegetal predominam troncos finos e raízes aéreas e respiratórias (ou raízes-escora), adaptadas à salinidade e a solos pouco oxigenados.
Em virtude do solo salino e da deficiência de oxigênio, nos manguezais predominam os vegetais halófilos (do grego halo - sal + filo - amigo - os organismos extremófilos que podem desenvolver-se em ambiente com muito altas concentrações de sal), em formações de vegetação litorânea ou em formações lodosas. As suas longas raízes permitem a sustentação das árvores no solo lodoso.
As principais espécies (lenhosas) de árvores típicas deste ecossistema são:
- Mangue Vermelho (Rhizophora mangle), próprio de solos lodosos, com raízes aéreas;
- Mangue Branco ou Siriúba (Laguncularia racemosa), encontrado em terrenos mais altos, de solo mais firme, associado a formações arenosas;
- Mangue Preto ou Canoé (Avicennia schaueriana, Avicennia germinans, Avicennia nítida);
- Mangue-de-Botão (Conocarpus erectus)
- Abaneiro (Clusia fluminensis)
No mangue preto e no mangue branco, as raízes, chamadas pneumatóforas, ficam com uma parte da raiz fora do solo, de forma que, durante as marés cheias, as extremidades das raízes ficam expostas ao ar, para conseguir o oxigênio que não encontram na água. No mangue vermelho as lenticelas do caule principal, permitem as trocas gasosas. Esta adaptação é fundamental para evitar assoreamentos e erosões
Existem ainda, grupos de plantas associadas ao manguezal que ocorrem principalmente nas regiões marginais ou de borda interior. Estas espécies não são exclusivas do ecossistema manguezal, porém são tolerantes à diferentes teores de salinidade.
Formam grupos pouco densos, porém, em algumas regiões alteradas, naturalmente ou não, a floresta pode estar dominada por um dos grupos abaixo:
- Samambaia do Mangue (Acrostichum)
- Hibiscos (Hibiscus sp.)
- Gramíneas (Spartina sp.)
Algumas espécies chegam a 20 metros de altura. Uma árvore de mangue leva cerca de cinco anos para crescer e reproduzir. Além destas espécies, existem grupos de plantas que ocorrem, principalmente às margens ou na borda interior dos manguezais.
Outros grupos vegetais, como algas, liquens, orquídeas e bromélias (gravatás), ocorrem como epífitas nas árvores de mangue. As samambaias, por exemplo, não são espécies exclusivas de mangue, mas são tolerantes aos diferentes teores de salinidade que ali existem. As bromeliáceas, orquidáceas e os líquens também estão presentes, porém são epífitas que vivem sobre as árvores de mangue, sem utilizar os nutrientes das árvores hospedeiras.
Espécies epífitas são aquelas que vivem sobre vegetais. Podem ser animais que vivem associados à um vegetal ou plantas que vivem sobre outra planta, neste caso, são chamadas de epífitas.
Animais e plantas epífitos podem ser parasitas ou não. Os primeiros são aqueles que se aproveitam de elementos nutricionais, prejudicando o desenvolvimento ou até mesmo levando a planta hospedeira à morte. Mas existem aqueles que se utilizam do organismo somente como substrato para fixação, sem alterar o metabolismo, estes não são considerados parasitas.
Exemplos são as bromélias e orquídeas que vivem sobre plantas do estrato arbóreo ou arbustivo. Nenhuma delas causa algum mal à planta hospedeira, a não ser que seja por excesso de peso, o que pode provocar a quebra de um galho, mas os seus nutrientes são obtidos a partir do meio e não da planta que as hospeda.
Fauna
A fauna dos manguezais representa significativa fonte de alimentos para as populações humanas. Os estoques de peixes, moluscos e crustáceos apresentam expressiva biomassa, constituindo excelentes fontes de proteína animal de alto valor nutricional. Os recursos pesqueiros são considerados como indispensáveis à subsistência das populações tradicionais da zona costeira.
A riqueza biológica dos ecossistemas costeiros faz com que essas áreas sejam os grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies características desses ambientes, como para peixes e outros animais que migram para as áreas costeiras durante, pelo menos, uma fase do ciclo de sua vida.
A fauna do manguezal é constituída principalmente por peixes, moluscos e crustáceos, porém diversos animais usufruem do ambiente, desde formas microscópicas até répteis e mamíferos. É um local abrigado, de pouco movimento hídrico, se comparado à um costão rochoso, sendo assim, tornou-se um local propício ao desenvolvimento e abrigo de organismos jovens.
Muitos dos animais que habitam os manguezais, não vivem toda a sua vida neste ambiente. Os camarões, por exemplo, ao nascimento da nova geração em alto mar, os indivíduos migram para dentro do manguezal e lá permanecem durante a fase de crescimento, passando de larvas à jovens e, então, voltam ao oceano.
Alguns animais sésseis permanecem a vida toda no manguezal, como é o caso dos sururus, taiobas, mariscos em geral e ostras. Estes organismos, como as plantas, também desenvolveram adaptações para suportar as variações diárias ambientais, principalmente a resistência à dessecação (falta de umidade na maré baixa) e aumento da salinidade (na maré cheia). Já os caranguejos, que possuem capacidade de locomoção, enterram-se em galerias que escavam no solo (na maré baixa) e sobem nos troncos e raízes das árvores (na maré cheia).
Peixes como sardinhas, garoupas, tainhas, entre outros, também frequentam o manguezal para reprodução e alimentação. Existe espécies que passam toda a sua vida no estuário e outras que apenas completam seu ciclo reprodutivo ou de crescimento. A maioria dos peixes de interesse comercial dependem de alguma forma do manguezal para sua sobrevivência.
As aves mais comuns são as garças, os guarás, o colhereiro, o martim-pescador, entre outras. A partir do que foi dito, percebe-se que os manguezais são um refúgio natural para milhares de espécies, sendo considerado o berçário para organismos que vivem no estuário e no oceano. Anfíbios, répteis e mamíferos (mão pelada, lontra), usam o manguezal como refúgio, fonte de alimento e até para realizar o ritual de reprodução. Para as aves marinhas, o manguezal é um verdadeiro santuário, como local de reprodução, alimentação e descanso para aves migratórias.
Proteção Legal dos Biomas / Ecossistemas Manguezais
Diversos dispositivos constitucionais - Constituição Federal e Constituições Estaduais, assim como leis, decretos, resoluções, convenções, impõe uma série de ordenações do uso e/ou de ações em áreas de manguezal, ode se pode destacar:
- Constituição Federal de 1988, artigo 225;
- Lei Federal nº 9.605/1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
- Código Florestal – Lei nº 4.771/1965.
- Lei Federal Nº 7.661/98 - Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro;
- Lei Estadual nº 9.931/1986 - Proteção das Áreas Estuarinas;
- Resolução CONAMA nº 04/1985;
- Decreto Federal nº 750/93, que dispõe sobre o corte, a exploração, a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica.
Os manguezais são protegidos por Lei, e qualquer área de incidência é considerada de Área de Preservação Permanente (APP), segundo o inciso VII do artigo 4º da Lei Federal nº 12.651/2012.
Bioma Marinho, o mais desprotegido
Na Amazônia foram observados, em relação à sua área proporcional, avanços expressivos na área recoberta por UCs: 26,2%, o desafio persiste para a maioria dos demais biomas, distantes da meta de 10% de proteção estabelecida pela Convenção Sobre Diversidade Biológica (CDB), sobretudo o bioma marinho, ainda permanece muito pouco protegido: apenas 1.5%.
Convenção Sobre Diversidade Biológica (CDB) - Decreto Legislativo nº 2, de 1994.
Em vigor desde dezembro de 1993, a CDB tem como objetivo estabelecer as normas e princípios que devem reger o uso e a proteção da diversidade biológica em cada país signatário. Dá as regras para assegurar a conservação da biodiversidade, o seu uso sustentável e a justa repartição dos benefícios provenientes do uso econômico dos recursos genéticos, respeitada a soberania de cada nação sobre o patrimônio existente em seu território. Foi assinada por 194 países. A Convenção reconhece que os ecossistemas, espécies e genes devem ser usados para o benefício dos seres humanos, de forma sustentável.
Impactos Ambientais em Áreas de Mangue
Os principais fatores que causam alterações nas propriedades físicas, químicas e biológicas do manguezal são:
- Aterro
- Desmatamento
- Queimadas
- Construções de marinas
- Deposição de lixo
- Pesca predatória
- Dragagens
- Lançamento de esgoto e de efluentes industriais.
Aterros
Dentre as alterações provocadas pelo homem nos manguezais, o aterro é uma das mais comuns e uma das grandes responsáveis pelo desaparecimento de grandes extensões destes ambientes. Os aterros em áreas de manguezais estão na sua maioria associados à ocupação urbana, sendo praticados desde as classes desfavorecidas até às classes abastadas. Este fenômeno está ligado principalmente à valorização de áreas à beira-mar.
Um fator está associado à falta de informação da verdadeira importância ecológica e social dos manguezais. Aliados a este fator estão conceitos populares errôneos que historicamente estão ligados a estes ambientes como, por exemplo, serem os manguezais considerados como áreas de proliferação de mosquitos, fétidas e propícias para o lançamento de lixo e esgoto (!!!).
Um segundo fator está intimamente ligado ao anterior uma vez que, a partir do momento em que se ignora a importância dos manguezais, fica fácil aterrar estas áreas. Porém, quando se promove este aterro, esta área passa a ficar valorizada em função da sua proximidade com o mar propiciando a construção de empreendimentos imobiliários como condomínios, marinas, pousadas e hotéis. Este processo pode ser observado principalmente nos municípios da região sul do estado do Rio de Janeiro como em Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty.
Os danos que os aterros provocam sobre os manguezais são diversos:
- Morte da maioria dos animais (crustáceos, moluscos e poliquetas) que vivem no sedimento, através de alterações de sua estrutura. Dependendo da espessura da camada de aterro nenhum animal consegue sobreviver;
- Alteração do padrão de circulação das águas nos manguezais que podem em última instância provocar a sua perda;
- Aceleração da sedimentação, a qual interferirá na reciclagem dos nutrientes e na troca de gases, devido ao entupimento das raízes, podendo causar a mortalidade no bosque;
- Aumento da taxa de deposição de sedimentos (assoreamento) que pode reduzir a profundidade de rios, canais e estuários interferindo no ciclo de vida de inúmeros organismos.
Desmatamento
O desmatamento em áreas de manguezais é uma das alterações ambientais mais antigas no Brasil, praticado desde o século XVI. Nesta época, o corte de árvores era provocado para obtenção de tanino, utilizada para tingir tecidos e em curtumes. O processo de colonização e ocupação das áreas alagadas promoveu o desaparecimento de lagoas e rios.
Desse modo, junto a estes ambientes aquáticos, grandes extensões de brejos e manguezais foram destruídas pela necessidade de se ter solo enxuto para instalação de moradias e outras benfeitorias, assim como a ação de diminuir os focos de proliferação de mosquitos.
O corte da vegetação de mangue, além de destruir a flora, expõe o sedimento ao sol provocando ressecamento e a salinização do solo resultando na morte de caranguejos e mariscos, assim como afetando a produtividade e a pesca de caranguejos, camarões e peixes. O desmatamento foi e é praticado com diferentes fins. A madeira de mangue é utilizada como combustível (carvão), para produção de cercas e construção de casas e currais de pesca.
Parque do Mangue da Ilha do Itu, Paraty
- Parque do Mangue da Ilha do Itu, Paraty
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- Parque do Mangue - Anexo I: Manguezais
- Parque do Mangue - Anexo II: Uso Sustentável dos Manguezais
- Parque do Mangue - Anexo III: Ecoturismo e Turismo de Natureza
- Parque do Mangue - Anexo IV: Infraestruturas e Equipamentos
- Parque do Mangue - Anexo V: Projeto Manguezais do Brasil
- Parque do Mangue - Anexo VI: Plano PAN Pantanal (ICMBio)
- Parque do Mangue - Anexo VII: Unidades de Conservação
- Parque do Mangue - Anexo VIII: Roteiro para Criação de UC Municipal
- Parque do Mangue - Anexo IX: Roteiro para Criação de RPPNs
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PROPOSTA EM DESENVOLVIMENTO
Educação Ambiental no Manguezal
Recomendações para uma Visita ao Manguezal
Primeiramente deve-se ter em conta que tipo de visitante participará da atividade. É importante deixar bem claro o objetivo da visita e distinguir-se educação (vista como processo) de atividades de mobilização, comunicação, informação, sensibilização, embora estas estejam interligadas.
Para a educação ambiental não há receita única. A diversidade de propostas e as metodologias utilizadas vão construindo, numa intensa prática, o que se chama de educação ambiental. Entretanto, algumas considerações que podem ser feitas quando da elaboração de um projeto de educação ambiental.
No caso de turistas, a condução e as informações devem focar na ‘curiosidade ambiental’, de forma a atender suas expectativas recreativas, assim como promover a sensibilização.
O guia ou educador ambiental deve proporcionar um processo educativo através do desenvolvimento de atividades, onde ele também é participante e aprendiz, num processo de troca com os participantes e demais envolvidos.
O processo informativo e/ou educativo deve ser estabelecido por meio do conhecimento da realidade onde se vive e da atuação sobre ela.
Ao proporcionar a vivência de um processo a alunos deve-se cuidar para que os envolvidos participem de todas as etapas, desde o planejamento ou diagnóstico à análise dos resultados, e seus indicadores, na avaliação final, numa dinâmica de ação e reflexão sobre a ação.
Educação Ambiental em Áreas de Mangue
No Brasil, a educação ambiental, especificamente em áreas de manguezal, teve como marco referencial o primeiro encontro realizado em 1993, na cidade de Maragogipe, Bahia. Este encontro foi organizado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), o IBAMA/BA) e o Grupo Mundo da Lama, RJ.
Este encontro ocorreu porque percebeu-se a necessidade de promover ações de preservação e conservação mais concretas em todo o território nacional, já́ que várias instituições, ongs e associações já́ atuavam de forma isolada.
Com este primeiro encontro alguns objetivos foram propostos:
- Aumentar a divulgação da educação ambiental em áreas de manguezal como estratégia de preservação e conservação deste ecossistema;
- Integrar a comunidade acadêmica às comunidades residentes em áreas de manguezal;
- Articular atividades educativas ao longo do litoral brasileiro promovendo troca de experiências em educação formal e não-formal.
Procedimentos para uma Visita Proveitosa ao Manguezal
A visita em áreas de manguezal é uma das atividades mais proveitosas. A beleza cênica e a grande variedade de organismos proporcionam aos visitantes, turistas, professores e alunos, uma oportunidade única no contato e conhecimento da natureza. Entretanto, a visita ao manguezal requer alguns procedimentos devido a suas características especiais.
O reconhecimento prévio do manguezal é requisito básico para o sucesso da visita. Durante este reconhecimento deverá ser definido qual o melhor caminho a seguir, bem como os principais pontos de observação.
- Conhecimento da maré. O dia ideal para uma visita ao manguezal deve ser com maré baixa, de preferência 0,0 ou 0,1. Esta informação pode ser obtida a partir de consulta da Tábua de Marés da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil, onde deve-se observar as marés do porto mais próximo ao manguezal a ser visitado.
- Estar adequadamente equipado e protegido. Uma vez definido o dia da visita e feito o reconhecimento do manguezal, deve-se então adotar outros importantes procedimentos que são a vestimenta a ser utilizada e o material a ser levado para o manguezal. As roupas utilizadas devem ser: tênis velho com cadarço e meia; calça comprida de moletom ou lycra; blusa de manga comprida; chapéu ou boné́ e roupa de banho por baixo (sunga ou maiô). Além disso, é recomendável levar água, repelente para mosquitos, binóculos, câmera fotográfica e bloco de papel para registrar as observações.
Roteiro Básico para Guias e/ou Professores
Para os guias e professores, sugere-se um roteiro básico para ser utilizado durante a visita:
- Demonstrar a presença dos diferentes tipos de água (marinha, doce e salobra) presentes no ambiente para os visitantes ou alunos;
- Ressaltar a influência da variação das marés sobre os organismos (animais e vegetais);
- Observar os diferentes tipos de sedimentos presentes no manguezal;
- Destacar a variedade de organismos presentes neste ambiente;
- Ressaltar as adaptações que os organismos (plantas e animais) possuem para viver nos manguezais;
- Destacar a importância do manguezal para a natureza, plantas, animais e para o homem;
- Discutir como a humanidade está interferindo no manguezal.
Sugestões de atividades com Alunos
Sugestões de atividades para utilização em pequenos grupos ou em sala de aula. Estas devem ser adaptadas de acordo com as necessidades e características locais.
Ciclo de Memória
Objetivo: Os participantes desenvolverão a capacidade de ouvir com atenção, de memorizar e de relatar experiências que tiveram no manguezal.
Participantes: de 15 a 20 participantes a partir de 9 anos de idade.
Metodologia
Peça aos participantes para que se sentem em círculo. O primeiro jogador relata alguma coisa que tenha observado no manguezal (p.ex. “Eu vi um rio");
- O próximo jogador deve repetir o que o primeiro disse e adicionar seu próprio relato ("Eu vi um rio. Eu vi uma garça voando");
- O jogo continua por todo o círculo até que a lista esteja demasiadamente longa para ser possível lembrá-la por inteiro;
- O jogo também pode ser feito com descrições do que os participantes fizeram no manguezal ("Eu atravessei o rio. Eu peguei uma concha na lama.");
- Ao final do jogo, pode-se listar as frases ditas e desenvolver outras atividades a partir das mesmas no campo ou em sala de aula.
Atividade de sensibilização - tocar, sentir, representar.
Participantes: até 20 (vinte) alunos com idade a partir de 7 anos.
Material necessário: objetos naturais do manguezal, lápis de cor ou giz de cera, papel e aparelho de som.
Objetivos: sensibilizar os participantes a respeito da importância de todos os elementos existentes no ecossistema manguezal aguçando os sentidos do tato, olfato e audição; refletir sobre a diferença entre o tocar/sentir e a realidade.
Metodologia
- Solicitar aos participantes, posicionados em círculo, para fecharem os olhos;
- O guia ou orientador coloca uma música calma no fundo e dispõe na frente de cada participante um elemento componente do manguezal (ex.: folhas de mangue, propágulos, galhos...);
- Os participantes, então, exploram ao máximo o objeto utilizando tato, olfato e audição;
- Em seguida, o orientador recolhe os elementos e pede para que cada participante represente, através de desenhos, o objeto que teve nas mãos ou que imaginou que fosse;
- Feito o desenho, devolve-se o desenho para cada participante, para efeitos de comparação;
- O orientador então discute com as pessoas suas impressões e o seu nível de percepção.
Fundamentação
Para entendermos verdadeiramente a natureza e as inter-relações existentes entre seus diversos elementos é necessário desenvolver a nossa capacidade perceptiva, que nos permite enxergar além do que os olhos veem.
Caixa Tátil de Sementes
Objetivo: identificar sementes de mangue, previamente coletadas e estudadas, usando somente a percepção tátil.
Metodologia
- Solicitar aos participantes, posicionados em círculo, para colocarem a mão dentro da caixa e retirar umas sementes;
- Um participante de cada vez deve pegar apenas uma semente e sem tirá-la da caixa dirá́ se a semente é de mangue branco, vermelho ou preto, quando presentes.
Lixo
Questionário de lixo nas praias e no manguezal
A aplicação deste questionário possibilita despertar o público-alvo para as questões ambientais de seu bairro relacionadas ao lixo, bem como promover a reflexão sobre o tema, tendo como consequência a conscientização e a busca de soluções para este problema.
Nome:
Endereço:
Questões
- Há coleta de lixo no seu bairro?
- Existem coletores de lixo nas ruas?
- E nas praças?
- E na praia?
- Existe lixo jogado nas ruas?
- E nas áreas de manguezais?
- O que pode ser melhorado?
- Você conhece alguma Cooperativa dos Catadores de Lixo?
- Você já́ ouviu falar em separação e coleta seletiva de lixo?
- O que acha de ser implantado no bairro?
- Você reaproveita algum material antes de colocar no lixo?
- É possível diminuir a produção de lixo na sua casa e no bairro?
Instituto EcoFaxina em mutirão, em Santos, coletaram 92 sacos de 100 litros cheios de resíduos.
Parque do Mangue da Ilha do Itu, Paraty
- Parque do Mangue da Ilha do Itu, Paraty
- Parque do Mangue - Infraestrutura: Passarelas
- Parque do Mangue - Equipamentos: Barcos e Caiaques
- Parque do Mangue - Infraestrutura: Abrigos Observação de Aves / Bird Blinds
- Parque do Mangue - Infraestrutura: Cortinas Observação de Aves / Bird Blinds
- Parque do Mangue - Ecoturismo e Capacidade de Manejo
- Parque do Mangue - Educação Ambiental
- Parque do Mangue - Parceria Socioambiental Comunidade Corumbê
- Parque do Mangue - Anexo I: Manguezais
- Parque do Mangue - Anexo II: Uso Sustentável dos Manguezais
- Parque do Mangue - Anexo III: Ecoturismo e Turismo de Natureza
- Parque do Mangue - Anexo IV: Infraestruturas e Equipamentos
- Parque do Mangue - Anexo V: Projeto Manguezais do Brasil
- Parque do Mangue - Anexo VI: Plano PAN Pantanal (ICMBio)
- Parque do Mangue - Anexo VII: Unidades de Conservação
- Parque do Mangue - Anexo VIII: Roteiro para Criação de UC Municipal
- Parque do Mangue - Anexo IX: Roteiro para Criação de RPPNs
Ilha do Itu
- Ilha do Itu - Informações Gerais
- Ilha do Itu - Enquadramento Legal
- Ilha do Itu - Fotografias (outubro 2016)
- Ilha do Itu - Decreto nº 8.775/2016 (trata da revisão do plano de manejo)
Links Relacionados (para saber mais)
Links Internos
- Observação de Aves
- Capacidade de Carga Turística
Links Externos
Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br
Parque do Mangue - Ecoturismo e Capacidade de Manejo
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
Parque do Mangue da Ilha do Itu
Corumbê, Baia de Paraty
Coordenação: Roberto M.F. Mourão, Albatroz Planejamento - email: roberto@albatroz.eco.br
PROPOSTA EM DESENVOLVIMENTO
Ecoturismo / Capacidade de Manejo da Visitação
Estratégia para implementação de ecoturismo em manguezais
Diretrizes
-
Definir regras e objetivos do ecoturismo em áreas de manguezais
-
Desenvolver o ecoturismo como veiculo de educação ambiental
-
Estabelecer e implementar o Manejo da Visitação, com base na Capacidade de Carga Turística
-
Promover e estimular a capacitação de recursos humanos para o ecoturismo
-
Desenvolver parcerias com instituições públicas e privadas
-
Valorar os recursos naturais e culturais nas áreas de manguezais
-
Inserir a comunidade local e regional na atividade ecoturística
-
Implantar e adequar infraestrutura compatível com o ecoturismo.
Capacidade de Carga ou de Suporte Turística
Para implementação do ecoturismo e da educação ambiental no parque será imprescindível que seja elaborado um Plano de Manejo da Visitação, baseado no estabelecimento da Capacidade de Carga ou de Suporte Turística, baseado em métodos combinados pelo desenvolvidos pelo ICMBio e/ou pelo CCT de Miguel Cifuentes.
"Capacidade de Carga Turística é o número máximo de visitas num determinado período de tempo (dia, mês, ano) que uma área pode suportar, antes que ocorram alterações no meio físico e social”.
(Ecotourism: The Potentials and Pitfalls, Elizabeth Boo, WWF, 1990)
Capacidade de Carga ou de Suporte Turístico (CCT), Miguel Cifuentes.
O conceito de Capacidade de Carga (Carryng Capacity) surgiu nos Estados Unidos por volta de 1950, emprestado da ecologia. O conceito foi desenvolvido para manejo da fauna, baseado na noção de que um organismo só sobrevive dentro de limitada gama de condições físicas.
Infere-se, portanto, a ideia da inevitabilidade do impacto humano sobre o meio, bem como a aceitação de que esse meio poderá absorve os efeitos negativos dos impactos ou tolerar impactos que resultem em alterações aceitáveis, ou seja, não comprometedoras de referida originalidade ou integridade.
Sempre que se promove a visitação em um ambiente natural, provoca-se impactos negativos, porém com o correto manejo e monitoramento da visitação, é possível fazer que esses impactos não causem danos e, que caso esses ocorram, que sejam mitigáveis e/ou reversíveis.
Fontes:
- Roteiro Metodológico para Manejo de Impactos da Visitação, com Enfoque na Experiência do Visitante e na Proteção dos Recursos Naturais e Culturais. ICMBio 2011.
- Capacidade de Carga Turística, Miguel Cifuentes, equatoriano, mestre em biologia e recursos naturais renováveis, foi um líder reconhecido e respeitado na área de meio ambiente da América Latina. Sua experiência estendeu ao ecoturismo, onde realizou estudos pioneiros sobre a capacidade de suporte de turismo e avaliação da eficácia da gestão de áreas protegidas e de certificação.
Tipos de Capacidades de Carga e suas Características
- Ambiental: o número de visitantes que pode ser acomodado antes que se iniciem os danos ao ambiente ou ao ecossistema.
- Econômica: o número de visitantes que pode ser recebido antes que a comunidade local comece a sofrer problemas econômicos.
- Física: o número de visitantes que um lugar pode acomodar fisicamente.
- Operacional: o número de visitantes que podem ser atendidos pela infraestrutura instalada na localidade.
- Perceptiva: o número de visitantes que um lugar pode receber antes que a qualidade da experiência comece a ser afetada negativamente.
- Social: o número de visitantes acima das quais ocorrerá perturbação social ou prejuízo cultural irreversível.
Considerações sobre Capacidade de Carga Turística
A Capacidade de Suporte ou de Carga Turística deve ser entendida como o nível de uso que uma determinada área pode suportar num determinado tempo sem que:
- ocorram danos excessivos ou irreversíveis aos recursos culturais, ambientais e cênicos locais ou regionais;
- sem prejuízo da qualidade da experiência objeto da visitação, ou seja, na experiência do visitante.
Apesar de ser mais fácil "medir" pessoas, esse procedimento pode levar a erros. A unidade de medida de capacidade de carga é "visitas/tempo/área" e não "visitantes/tempo/área", uma vez que uma mesma pessoa visitando repetidamente, num determinado tempo, uma mesma área, ocasionará efeitos repetitivos e cumulativos.
De nada adianta estabelecer CC se não for possível monitorar e manejar a visitação.
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Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br
Parque do Mangue - Titchwell Marsh Nature Reserve
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
Titchwell Marsh Nature Reserve
Titchwell Marsh é uma reserva natural, de propriedade e administrada pela Sociedade Real para a Proteção das Aves (RSPB).
Localizado na costa norte do condado de Norfolk, entre as aldeias de Titchwell e Thornham, em Hunstanton, tem 171 hectares.
As instalações incluem três abrigos de observação de aves, uma plataforma de observação do ambiente marinho, duas trilhas naturais e um centro de visitantes.
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