CATEGORIA PROJETOS

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ATENÇÃO !
ALGUNS PROJETOS REALIZADOS PELO INSTITUTO ECOBRASIL NÃO ESTÃO DIVULGADOS POR CLÁUSULA CONTRATUAL DE SIGILO.

PARQUE DO MANGUE, Paraty (2017)

logo Parque do Mangue fundoWEB  logo EcoBrasil 300x120px

Promoção     Condomínio Pedra Grande do Itu
Parceiros Instituto EcoBrasil
EcoBrasil Roberto M.F. Mourão, coordenador

 

TRILHAS E MIRANTES DO FORTE DEFENSOR PERPÉTUO DE PARATY, Paraty (2014-2015)

logo forte defensor perpetuo verde  logo FRM  logo IBRAM  logo EcoBrasil 300x120px

Promoção     Fundação Roberto Marinho (FRM)
Parceiros Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM)
  Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
Apoio Forte Defensor Perpétuo, Paraty
EcoBrasil Roberto M.F. Mourão, coordenador

ANÁLISE DE IMPACTOS DE CRUZEIROS DE MARÍTIMOS, Ilha Grande, Angra dos Reis (2009-2010)

logo EcoBrasil 300x120px  cruzeiros logo codig

Promoção Instituto EcoBrasil
Parceria Comitê de Defesa da Ilha Grande (Codig)
Analista  Roberto M.F Mourão, consultor

CENTRE POUR FORMACION EN HOTELLERIE ET ECOTOURISME, Côte des Arcadins, Haiti (2011-2014)

logo VIVARIO  logo CRCA haiti  Logo BuildAid 310x250px  Logo MinTUR HAITI 230x150px  logo EcoBrasil 300x120px

Promoção     Viva Rio, Brasil
Parceria BuildAid, Noruega
  Ouanga Bay Beach Hotel, Haiti
  Conseil Régional Côte des Arcadins, Haiti
  Ministère du Tourisme et des Industries Créatives du Haïti, Haiti
  Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti (Minustah, ONU)
Projeto Instituto EcoBrasil, Brasil
Coordenador Roberto M.F Mourão, consultor
AVALIAÇÃO DO ROTEIRO DO SURFE NA POROROCA, RIO ARAGUARI (Amapá, 2005)
logo SEBRAE  logo EcoBrasil 300x120px
Promoção Sebrae Nacional
Parceria Sebrae Amapá
Execução Instituto EcoBrasil
  Ariane Janér, consultora
  Roberto M.F Mourão, consultor

EXCELÊNCIA EM TURISMO: Aprendendo com as Melhores Experiências Internacionais (2004-2005)

Logo EMBRATUR Ministerio Tur 2003 2x6cm  logo SEBRAE  logo EcoBrasil 300x120px

Promoção Empresa Brasileira de Turismo (Embratur)
Parceria Sebrae Nacional
Idealização Instituto EcoBrasil
  Roberto M.F Mourão, consultor

PROGRAMA DE MELHORES PRÁTICAS PARA O ECOTURISMO (Programa MPE) (2000-2003)

logo programa mpe com titulos  logo funbio programa mpe  logo EcoBrasil 300x120px

Promoção Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) (organização promotora)
Parceiros Banco da Amazônia (BASA)
  Empresa Brasileira de Turismo (Embratur)
  Financiadora Nacional de Estudos e Projetos (FINEP)
  Ministério do Meio Ambiente (MMA)
Apoio Reserva Natural da Vale do Rio Doce, Linhares, ES
  Varig Linhas Aéreas
  Wöllner Comércio de Confecções
EcoBrasil Roberto M.F. Mourão, coordenador
  Ariane Janér, consultora
  Marcos Martins Borges, coordenador

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE ECOTURISMO EM RESERVAS EXTRATIVISTAS (Resex) (1998)

logo cnpt ibama  logo IBAMA  logo SEBRAE  logo grupo nativa  logo EcoBrasil 300x120px

Em parceria com o Grupo Nativa, Goiania, GO

Promoção

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)

  Centro Nacional para o Desenvolvimento das Populações Tradicionais (CNPT)
Apoio Ministério do Meio Ambiente (MMA) 
  Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7)
  Secretaria de Coordenação da Amazônia (SCA-MMA)
  Sebrae Amapá
EcoBrasil Marcos Martins Borges, coordenador
  Roberto M.F Mourão, consultor

    

PROGRAMA-PILOTO DE ECOTURISMO EM TERRAS INDÍGENAS (1997)

 

RIO-92 CATÁLOGO DE TURISMO ESPECIALIZADO ABAV-EMBRATUR-EXPEDITOURS (1992)

Rio 92 RIO 92  logo ABAV  Logo EMBRATURMinTur2003  Logo EXPEDITOURS 

Promoção      Associação Brasileira de Agências de Turismo (Abav)
  Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur)  
Apoio Editora Ediouro, Rio 
Execução  Expeditours, The Natural Way to Discover Brazil
  Roberto M.F. Mourão, coordenador, EcoBrasil

DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE ECOTURISMO (1994)

diretrizes 00 capa

Promoção     Ministério do Meio Ambiente (MMA)
   - Secretaria da Amazônia Legal
   - Ministério da Indústria, Comércio e Turismo (MICT)
 Parceria Empresa Brasileira de Turismo (Embratur)

 JQuental Cathartes burrovianus 1 Urubu de cabeça amarela 

Observação de Aves

por Roberto M.F. Mourão, Instituto EcoBrasil
Fonte: Análise de Viabilidade da Observação de Aves em Unidades de Conservação, IBAMA, 2000
Foto: Urubu-de-cabeça-amarela (Cathartes burroviarnus) © João Quental 

 

Links Interessantes

 
COAs Clubes de Observação de Aves 

 
Eventos / Festivais de Aves


Fontes de Informação


Onde observar

 

Para incluir suas informações mande mensagem para assistente@albatroz.eco.br 

 

Observação de Aves

Fonte
Análise de Viabilidade da Observação de Aves em Unidades de Conservação, Ibama, 2000, Roberto M.F. Mourão.

  Aves biguatinga Araquem Alcantara

 

Observação de Aves

por Roberto M.F. Mourão, Instituto EcoBrasil
Fonte: Análise de Viabilidade da Observação de Aves em Unidades de Conservação, IBAMA, 2000
Foto: Biguatinga (Anhinga anhinga) © Araquem Alcantara

 

Aves da América do Sul


Esta seção compara as listas de espécies de aves documentadas para cada país sul-americano e território.

aves vermilion flycatcher pyrocephalus rubinusAs listas podem não ser as listas oficiais nacionais porque os critérios para inclusão nessas listas pode variar a partir de critérios da South American Classification Committee (SACC).

Eles não incluem as áreas fora dos limites oficiais da SACC. Por exemplo, a Ilha de Páscoa é um território chileno e Isla de San Andrés é um território colombiano, no entanto, nenhuma das áreas está dentro da área SACC, portanto, as espécies encontradas ali não estão incluídas nas listas desses países. Limites em alto-mar se estendem a 200 milhas náuticas da costa, incluindo as ilhas, dentro da área SACC.

 

Critérios para inclusão na SACC

Critérios de inclusão são os mesmos para a lista SACC como um todo. Apenas as espécies documentadas e verificáveis por ornitólogos responsáveis são incluídos em cada lista. Essas provas podem consistir em uma amostra, uma fotografia, um vídeo ou uma gravação de áudio, desde que as provas sejam arquivadas em uma coleção institucional, e sua existência é publicada.

 

Código de Status

A cada espécie é atribuído um Código de Status que está de acordo com os códigos de status SACC:

  • X = espécie, ou se assume a espécie no país ou território 
  • X(e) = endêmicas; uma espécie é considerada endêmica para um país até que um registro de fora de suas fronteiras apoiadas por evidências tangíveis é publicado).
  • NB = espécies que ocorrem regularmente, mas apenas durante a época de alimentação.
  • V = espécies que ocorrem somente como nomades e não fazem parte da avifauna da região central.
  • b = espécies introduzidas pelo homem (ou ter colonizado a partir de populações introduzidas em outros lugares) e estabeleceram, a auto-sustentação das populações.
  • EX = espécies que estão extintas na região estão marcados 
  • EX e (e) = endêmica.

 

País / Onritólogos Responsáveis / Data de Atualização

  • Argentina / Juan M. Barnett e Mark Pearman / 18ago2010
  • Aruba / Tineke Prins e Vincent Nijman / 19jan10 2010
  • Bolivia / Sebastian Herzog e Oswaldo Maillard / 27mai2010
  • Bonaire / Tineke Prins and Vincent Nijman / 19jan2010
  • Brasil / J. Fernando Pacheco e Carlos Quevedo / 18mar2010
  • Chile / Alvaro Jaramillo e Rodrigo Barros 04out2010
  • Colombia / El Listero Clandestino / 19nov2009
  • Curaçao / Tineke Prins e Vincent Nijman / 19jan2010
  • Ecuador / Juan Freile / 31ago2010
  • French Guiana / Alexandre Renaudier / 07abr2010
  • Guyana / Mark B. Robbins / 23jul2008
  • Maldivas / Robin Woods / 08ago2008
  • Paraguai / Hugo Del Castillo e Rob Clay / 12out2009
  • Peru / T. Valqui, T. Schulenberg e M. Plenge / 08nov2010
  • Suriname / O. Ottema, Jan Ribot e Arie Spaans / 28abr2009
  • Trinidad & Tobago / Martyn Kenefick / 12nov2007
  • Uruguai / Santiago Claramunt / 25ago2010
  • Venezuela / David Ascanio / 01jun2009


South American Classification Committee SACC by Countries

South American Classification Committee SACC countries

 
South American Classification Committee SACC by Number of Species

South American Classification Committee SACC species

 

 

Observação de Aves

Fonte
Análise de Viabilidade da Observação de Aves em Unidades de Conservação, Ibama, 2000, Roberto M.F. Mourão.

 

 

aves foto corujas corujinha do mato x3 megascops choliba joao quental VdTaquaras

 

Observação de Aves

por Roberto M.F. Mourão, Instituto EcoBrasil
Fonte: Análise de Viabilidade da Observação de Aves em Unidades de Conservação, IBAMA, 2000
Foto: Corujinha-do-mato (megascops choliba) © João Quental 

 

Identificar para Observar

AVES Encyclopaedia Inca tern Larosterna inca fundoWEBA melhor forma de iniciar-se na atividade de observar aves é com alguém mais experiente, que pode ser amador ou guia especializado. Em geral, o observador principiante fica admirado com a habilidade dos mais experientes, que, rapidamente, classificam e identificam aves. 

Além da prática, que conta bastante, o observador experiente, ao se deparar com uma ave que não conhece, procede a uma série de passos relacionados com as características, hábitat, localização e comportamento, visando classificar e identificar a ave ou as aves em foco. Identificar aves nada mais é do que, por meio da observação criteriosa, descobrir a família e a espécie a que pertencem – isso é a grande recompensa do “colecionador de avistagens”.


Que ave é aquela ?

AVES Colhereiro 300dpi fundoWEBNa realidade, a habilidade e a rapidez com que se consegue classificar e identificar aves devem-se ao fato de que o observador experiente sabe o que observar, sobretudo comparando as características da ave em observação com outras de seu conhecimento, associando diversos elementos.

1. Hábitat: mata aberta ou fechada, capões, praia, restinga, manguezal, rochas, palnície, montanha, etc.

2. Tamanho: maior ou menor que aves de maior conhecimento público.     P.ex. maior ou menor que um pardal, galinha, gaivota, urubu, etc.

3. Forma, aspecto ou silhueta: corpo, pernas, cauda, asas, bico, etc.

4. Cores: geral, predominante, da cabeça, do peito, das asas, riscas, pintas, manchas, etc.

5. Vocalização: alarme, chamado, territorial, canto, dueto, coro, etc.

6. Vôo: circular, planado, batendo asas, direto ou furtivo, curto ou longo, etc.

7. Comportamento: alimentar, pouso – chão/galhos, solitária, em grupo, etc.


Guia de campo

guias campo vanPerlo fundoWEBApesar dos excelentes fotógrafos de aves que temos hoje em dia, com excelentes imagens, as fotos não são as melhores ilustrações para os guias de campo. Os guias que utilizam desenhos como ilustração suplantam os que usam fotos pois o artista tem controle total da imagem, podendo destacar melhor as características das aves.

A partir do reconhecimento e da comparação dos elementos necessários à identificação, no fundo de seu quintal ou no campo, de posse de uma caderneta para anotações, a olho nu ou com binóculo, a identificação final se faz com a ajuda de um guia de campo que contém fotos ou desenhos das espécies da fauna classificadas como “aves” por:

  • Ordens
    Columbiformes, falconiformes, galiformes, tinamiformes etc.
  • Famílias
    Columbídeos, falconídeos, cracídeos, tinamídeos etc.
  • Espécies e Subespécies
    Juriti, acauã, jacutinga, macucos etc.

 

Identificando Aves no Campo (breve roteiro)

aves silhuetas fundoWEBTamanho


É fundamental compararmos a ave que estamos identificando com outras que conhecemos, por exemplo, perguntando:

  • a ave é maior ou menor que um pardal ? ou que uma pomba ?
  • é maior ou menor que um urubu ? ou uma águia ?
  • quanto ela é maior ou menor ?


Forma

aves Encyclopaedia Finches beaks fundoWEBOutro aspecto importante é a forma ou silhueta da ave.

  • qual o formato do corpo da ave ?
  • o corpo é esbelto ou robusto ?
  • é longo ou curto, é afilado ou largo ?
  • suas pernas são longas ou curtas ?
  • de que forma são seus dedos ?
  • seu bico é reto ou curvo ?
  • fino ou grosso ?
  • de qual cor ?


Características de vôo

Outra forma de identificação de aves são suas características de vôo.

As famílias e espécies têm características similares e, uma vez conhecida uma família, podemos nos 'aproximar' de sua identificação perguntando:

  • a ave voa só ou aos pares ?
  • em bandos dispersos ou em formação ?
  • quando voa, a ave faz uma trajetória direta ? ou ondulada ? ou planando ?

 

aves voo flights flycatchers fundoWEB
Ilustração dos vôos de alimentação de tiranídeos / flycatchers (bem-te-vis, papa-moscas, etc.)

 

aves voo flights golden eagle fundoWEB 
Ilustração de vôos de predadores - águias, gaviões, etc.

 

Observação de Aves

Fonte
Análise de Viabilidade da Observação de Aves em Unidades de Conservação, Ibama, 2000, Roberto M.F. Mourão.

 

  aves saddle billed stork Ephippiorhynchus senegalensis Cegonha roberto mourao

 

Observação de Aves

por Roberto M.F. Mourão, Instituto EcoBrasil
Fonte: Análise de Viabilidade da Observação de Aves em Unidades de Conservação, IBAMA, 2000.
Foto: Saddle-billed stork (Ephippiorhynchus senegalensis) © Roberto Mourão, Niger, África, 1987

 

Nomes de aves

Primeiramente, devemos considerar que “ave” é a terminologia correta para os seres emplumados, genérico para as diversas espécies da avifauna. O uso de “pássaros” ou “passarinhos” como genérico é considerado cientificamente errado para se referir a aves passeriformes, como andorinhas, bem-te-vis, curiós, joões-de-barro, entre outras. No Brasil, informal e carinhosamente, utiliza-se o termo 'passarinhar' para a observação das aves (birding ou birdwacthing, em inglês).

aves foto tangaras tie sangue ramphocelus bresilius joao quental WItamambuca2010 22 280x420pxlOs nomes comuns variam de região para região, sobretudo em se tratando de um país de dimensões continentais como o Brasil, onde os nomes são dados pelos habitantes de determinada região (índios, ribeirinhos, caiçaras etc.) em função das características mais aparentes ou relevantes da ave (cor, canto, local, hábitat, comportamento etc.).

Por essa razão, uma mesma especie pode receber diferentes nomes ependendo da região. Tomemos o exemplo do Tiê-sangue (Ramphocelus bresilius), ave símbolo da Mata Atlântica e uma das mais belas espécies do planeta, ele também conhecido como Sangue-de-boi, Tiê-fogo, Chau-baêta e Tapiranga, é uma ave sul-americana passeriforme da família Thraupidae, reconhecida pela beleza de sua plumagem vermelha. 

Seu nome científico significa: do (grego) rhamphos = bico; e koilos, këlis, kelas = côncavo, marcado; e do (latim) bresilius = referente ao Brasil, brasileiro - ou seja "ave brasileira com bico côncavo". Em inglês é conhecido como Brazilian Tanager (tangará brasileiro).

A nomenclatura é um assunto complicado, que provoca debates até mesmo entre especialistas e ornitólogos, e só se acalmam os ânimos quando a referência se faz em latim ou grego, línguas usadas para dar nomes a espécies da flora e da fauna, para se poder ter uma referência universal.

O nome científico em geral é formado por pares de nomes (às vezes, há três) cujos significados – do grego ou latim – são decorrentes das características da ave (hábitos, forma, cores, canto etc.). Mas também podem incluir o nome de quem a identificou primeiro ou uma homenagem a alguém.

aves vermilion flycatcher pyrocephalus rubinus

O Príncipe é uma ave passeriforme da família Tyrannidae. 

Recebe outros nomes comuns, além de Príncipe. Na região pantaneira recebe o nome comum de Barão-do-melgaço e indica a chegada próxima à festa de São João, no final de junho, quando é mais notado. Podendo ser chamado ainda no município de Barão de Melgaço, assim como na maioria do Pantanal (Poconé, Cáceres) como São-joãozinho.

É popularmente denominado de “Sangue-de-boi” no sul do Brasil, assim como “verão” no extremo sul do Brasil, indicando a chegada, por lá, no período em que o tempo esquenta, após o inverno. Também é conhecido como Papa-moscas-vermelho e Mmãe-do-sol (interior de São Paulo).

Nome comum: Principe

Nome inglês: Vermilion Flycatcher

Nome científico: Pyrocephalus rubinus

Grego: pur = fogo, vermelho + grego: kephale = cabeça + latim: ruber = vermelho

 

Observação de Aves

Fonte
Análise de Viabilidade da Observação de Aves em Unidades de Conservação, Ibama, 2000, Roberto M.F. Mourão

 

  aves foto fragata magnificent frigatebird roberto mourao noronha2003 635x536pxl


Observação de Aves

por Roberto M.F. Mourão, Instituto EcoBrasil
Fonte: Análise de Viabilidade da Observação de Aves em Unidades de Conservação, IBAMA, 2000. 
Foto: Fragata (Magnificent frigatebird) © João Quental 
Ilustrações: Manual Melhores Práticas para o Ecoturismo, EcoBrasil © José Carlos Braga jcbraga@gmail.com

 

Recomendações Operacionais

Transporte Aéreo

Nos deslocamentos locais ou regionais de turistas estrangeiros, deve-se utilizar prioritariamente, apesar do custo maior, aeronaves bimotores, uma vez que muitas companhias de seguro não permitem o uso de monotores.


Transportes Aquático e Terrestre

catamaran manu peru flippedSugestão de embarcação: barco a motor ou 'voadeira', dotada com bancos com encosto, para deslocamento de grupos de observadores, com dimensões, motorização e perfil de casco adequados ao tipo de navegação a ser realizada – mar, lagos e lagoas, rios, igarapés, canais em manguezais etc.

É importante ter disponibilidade de (silenciosos) motores elétricos para aproximação de áreas de alimentação, nidificação, pernoite de aves etc.

Pode-se pensar também em equipamentos, mais modestos e baratos. Porém, deve-se ressaltar a necessidade de instalar encostos nos bancos quando os programas envolverem percursos de mais de 30 minutos de duração.

  • cocha salvador peru pier plataforma flutuante embarquePrever trapiches/atracadouros seguros para embarque e desembarque
  • Sempre fornecer coletes salva-vidas
  • Se possível, utilizar embarcações com dupla motorização e rádio comunicador
  • Levar água à vontade e petiscos (frutas, chocolates, biscoitos, barras de cereais, etc.)
  • Transporte/traslados até duas horas: embarcações podem ser descobertas.
  • Transporte (em viagens) com mais de duas horas ou com previsão de chuva: devem ser cobertas
  • Prever embarcações com assentos acolchoados e com encosto para deslocamentos superiores a 30 minutos
  • Ao definir equipamentos, lembrar que norte-americanos e europeus têm biótipo grande. Sempre que possível, é importante prever transporte em veículos e embarcações com capacidade acima que o tamanho do grupo.
  • Considerar transporte para bagagens com espaços extras para equipamento (câmaras e lentes, lunetas, tripés etc.)
  • Prever (silenciosos) motores elétricos de apoio para aproximação de áreas de alimentação, descanso, nidificação, acasalamento, pernoite de aves, etc.
  • Ou se possível, utilizar plataformas de madeira sobre canoas a remo (catamarã), com guarda-corpo e bancos, que podem ser impulsionados por guias e/ou turistas
  • Em transporte terrestre, evitar alternância excessiva (ambiente natural - ar condicionado e vice-versa).


Hospedagem

  • mpe manual brush hotel fachada falsa fundoWEBInformar com antecedência os locais de hospedagem onde serão feitos pernoites e o nível de conforto
  • Evitar chegar a novos locais de hospedagem após anoitecer, sobretudo em locais remotos e rústicos
  • Se necessário, em locais onde ocorrerão pernoites em locais diferentes, intercalar hospedagens confortáveis com rústicas, utilizando, sempre que possivel, as mais confortáveis para o final
  • Pernoite em redes para jovens e adultos em redes sempre com mosquiteiros
  • Evitar pernoite em redes para terceira idade
  • Prever local para banhos com privacidade e segurança (p.ex. banhos em trapiches e flutuantes).


Logística

mpe manual brush barco pantanal fundoWEB

  • Fornecer informações “pré-partida” (pre-departure information)
  • Elaborar programas com um máximo de três destinos para um passeio de 12 a 15 dias
  • Apresentar programação dia-a-dia e, se possível, com horários ou durações
  • Manter sempre a pontualidade nas atividades e etapas programadas.
  • Anexar mapas e/ou croquis da localização da região e dos roteiros locais
  • Prever dia de descanso entre dias com etapas difíceis ou longas jornadas
  • Sempre pensar na privacidade dos clientes (banhos, refeições, pernoite)
  • Prever o início das atividades bem cedo (05:00/06:00h), recomeçando mais tarde (15/16:00h), evitando atividades entre 12 e 14:00h, se o dia estiver quente
  • Em jornadas longas, fazer intervalo de descanso, em local sombreado, entre 11 e 14:00h, sempre que possível armando redes para descanso
  • Informar sobre seguros pessoasl, acidente, bagagem e/ou de equipamentos
  • Prever kits de primeiros-socorros, “kit dos esquecidos” (filtro solar, repelente de insetos, chapéu, etc.)
  • Prever rádio para contato intra-grupos (barco-base, barco-barco etc.)
  • Saber como é o atendimento em emergências regionais (postos de saúde, hospitais, táxi aéreo etc)
  • Saber como contatar regionalmente defesa civil, polícia, guarda-florestal etc.
  • Manter o interesse do grupo com “pontos altos” (p.ex. revoadas ao pôr-do-sol)
  • Explicar, via “folha de informações” (fact-sheets), a razão de visitas ou contatos com comunidades locais, sempre deixando claro, no contexto, o motivo
  • Evitar excessivo contato comunitário, deixando o cliente optar pelo momento e pela duração de contato, resguardando a privacidade de clientes e comunidades
  • Evitar forçar o cliente a visitar locais ou instalações que não estiverem relacionados com o interesse principal (p.ex. visitar casa de farinha, caso não esteja no programado).


Alimentação

mpe manual brush cozinheira fundoWEB

  • Usar água engarrafada quando não há água de fontes confiáveis
  • Tomar cuidado com a água usada na preparação e lavagem de alimentos
  • Utilizar alimentos frescos e de boa qualidade
  • Ter à disposição filtros de água portáteis e comprimidos (p.ex. Puritabs)
  • Informar, com antecedência, locais e horários de refeições
  • Oferecer aos estrangeiros vegetais e frutas, lavados, de preferência sem descascar ou cortar, deixando que eles mesmos descascasquem
  • Considerar que muitos estrangeiros são vegetarianos
  • Dar mais atenção à qualidade que à diversidade ou à quantidade de pratos
  • Levar lanches e/ou frutas para etapas longas ou atividades demoradas
  • Sugerir que os visitantes consumam comidas regionais mas pouco condimentadas
  • No preparo de carnes, dar preferência a assados ou grelhados
  • Evitar tempero excessivo e alimentos fortes (pimenta, dendê, gordurosos, feijoada)
  • Evitar refogados ou cozidos e, sobretudo, comidas regionais exóticas
  • Sempre que possível, mostrar área de preparo de alimentos
  • Esmerar na higiene dos locais de preparo e na lavagem de utensílios.

 

Lancha ajato Ze Holanda
Lancha 'ajato", fechada, com ar condcionado, apropriada para deslocamentos rápidos de médio a longo percurso. 

 

Observação de Aves

Fonte
Análise de Viabilidade da Observação de Aves em Unidades de Conservação, Ibama, 2000, Roberto M.F. Mourão.