CATEGORIA PROJETOS

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ATENÇÃO !
ALGUNS PROJETOS REALIZADOS PELO INSTITUTO ECOBRASIL NÃO ESTÃO DIVULGADOS POR CLÁUSULA CONTRATUAL DE SIGILO.

PARQUE DO MANGUE, Paraty (2017)

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Promoção     Condomínio Pedra Grande do Itu
Parceiros Instituto EcoBrasil
EcoBrasil Roberto M.F. Mourão, coordenador

 

TRILHAS E MIRANTES DO FORTE DEFENSOR PERPÉTUO DE PARATY, Paraty (2014-2015)

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Promoção     Fundação Roberto Marinho (FRM)
Parceiros Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM)
  Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
Apoio Forte Defensor Perpétuo, Paraty
EcoBrasil Roberto M.F. Mourão, coordenador

ANÁLISE DE IMPACTOS DE CRUZEIROS DE MARÍTIMOS, Ilha Grande, Angra dos Reis (2009-2010)

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Promoção Instituto EcoBrasil
Parceria Comitê de Defesa da Ilha Grande (Codig)
Analista  Roberto M.F Mourão, consultor

CENTRE POUR FORMACION EN HOTELLERIE ET ECOTOURISME, Côte des Arcadins, Haiti (2011-2014)

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Promoção     Viva Rio, Brasil
Parceria BuildAid, Noruega
  Ouanga Bay Beach Hotel, Haiti
  Conseil Régional Côte des Arcadins, Haiti
  Ministère du Tourisme et des Industries Créatives du Haïti, Haiti
  Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti (Minustah, ONU)
Projeto Instituto EcoBrasil, Brasil
Coordenador Roberto M.F Mourão, consultor
AVALIAÇÃO DO ROTEIRO DO SURFE NA POROROCA, RIO ARAGUARI (Amapá, 2005)
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Promoção Sebrae Nacional
Parceria Sebrae Amapá
Execução Instituto EcoBrasil
  Ariane Janér, consultora
  Roberto M.F Mourão, consultor

EXCELÊNCIA EM TURISMO: Aprendendo com as Melhores Experiências Internacionais (2004-2005)

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Promoção Empresa Brasileira de Turismo (Embratur)
Parceria Sebrae Nacional
Idealização Instituto EcoBrasil
  Roberto M.F Mourão, consultor

PROGRAMA DE MELHORES PRÁTICAS PARA O ECOTURISMO (Programa MPE) (2000-2003)

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Promoção Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) (organização promotora)
Parceiros Banco da Amazônia (BASA)
  Empresa Brasileira de Turismo (Embratur)
  Financiadora Nacional de Estudos e Projetos (FINEP)
  Ministério do Meio Ambiente (MMA)
Apoio Reserva Natural da Vale do Rio Doce, Linhares, ES
  Varig Linhas Aéreas
  Wöllner Comércio de Confecções
EcoBrasil Roberto M.F. Mourão, coordenador
  Ariane Janér, consultora
  Marcos Martins Borges, coordenador

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE ECOTURISMO EM RESERVAS EXTRATIVISTAS (Resex) (1998)

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Em parceria com o Grupo Nativa, Goiania, GO

Promoção

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)

  Centro Nacional para o Desenvolvimento das Populações Tradicionais (CNPT)
Apoio Ministério do Meio Ambiente (MMA) 
  Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7)
  Secretaria de Coordenação da Amazônia (SCA-MMA)
  Sebrae Amapá
EcoBrasil Marcos Martins Borges, coordenador
  Roberto M.F Mourão, consultor

    

PROGRAMA-PILOTO DE ECOTURISMO EM TERRAS INDÍGENAS (1997)

 

RIO-92 CATÁLOGO DE TURISMO ESPECIALIZADO ABAV-EMBRATUR-EXPEDITOURS (1992)

Rio 92 RIO 92  logo ABAV  Logo EMBRATURMinTur2003  Logo EXPEDITOURS 

Promoção      Associação Brasileira de Agências de Turismo (Abav)
  Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur)  
Apoio Editora Ediouro, Rio 
Execução  Expeditours, The Natural Way to Discover Brazil
  Roberto M.F. Mourão, coordenador, EcoBrasil

DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE ECOTURISMO (1994)

diretrizes 00 capa

Promoção     Ministério do Meio Ambiente (MMA)
   - Secretaria da Amazônia Legal
   - Ministério da Indústria, Comércio e Turismo (MICT)
 Parceria Empresa Brasileira de Turismo (Embratur)

 

pnpm pantanal brazil ecotravel paisagem
Panorâmica de lagoas salobras pantaneiras © Brazil EcoTravel

 

O Pantanal

O Pantanal é uma das maiores extensões alagadas contínuas do planeta e está localizado no centro da América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai. Sua área é de 150.000 km², com 65% de seu território no estado de Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso.

pnpm onca parda haroldo palo jrO Complexo do Pantanal, ou simplesmente Pantanal, é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros, situado no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, ambos estados do Brasil, além de também englobar o norte do Paraguai e leste da Bolívia (que é chamado de chaco boliviano).

Considerado pela Unesco como Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera, localizado na região do Parque Nacional do Pantanal. Em que pese o nome, há um reduzido número de áreas pantanosas na região pantaneira. Além disso, tem poucas montanhas, o que facilita o alagamento.

O nome complexo vem do fato de a região ter mais de um Pantanal dentro de si, além de se dividir em duas regiões:

  1. Pantanal Sul ou Pantanal Maior (em Mato Grosso do Sul), por ter a maior área;
  2. Pantanal Norte ou Pantanal Amazônico (em Mato Grosso), por se localizar na Amazônia Legal.


Hidrografia

pnpm jacare do pantanal haroldo palo jrO rio Paraguai passa pela cidade de Cáceres, Mato Grosso, onde é conhecida como "Princesinha do Rio Paraguai" e seus afluentes percorrem o Pantanal, formando extensas áreas inundadas que servem de abrigo para muitos peixes, como o pintado, o dourado, o pacu, e também para outros animais, como os jacarés, as capivaras e ariranhas, entre outras espécies. Muitos animais ameaçados de extinção em outras partes do Brasil ainda possuem populações vigorosas na região pantaneira, como o cervo-do-pantanal, a capivara, o tuiuiú e o jacaré.

Devido a baixa declividade desta planície no sentido norte-sul e leste-oeste, a água que cai nas cabeceiras do rio Paraguai chega a gastar quatro meses ou mais para atravessar todo o Pantanal. Os ecossistemas são caracterizados por cerrados e cerradões sem alagamento periódico, campos inundáveis e ambientes aquáticos, como lagoas de água doce ou salobra, rios, vazantes e corixos.


Os 11 Pantanais

Os 11 pantanais existentes são:
(Fonte: Embrapa Pantanal)

  1. Pantanal do Abobral
  2. Pantanal de Aquidauana
  3. Pantanal de Barão do Melgaço
  4. Pantanal de Cáceres
  5. Pantanal de Miranda
  6. Pantanal do Nabileque
  7. Pantanal de Nhecolândia
  8. Pantanal do Paraguai
  9. Pantanal do Paiaguás
  10. Pantanal de Poconé
  11. Pantanal de Porto Murtinho

 

pnpm onca pintada haroldo palo jrPantanal do Abobral
É um dos pantanais mais baixos sendo dos primeiros a encher. Os solos são arenosos ou mistos com algumas manchas de solos argilosos. A vegetação é composta de campos inundáveis com pequenos capões de mata (ilhas de árvores localizadas em terreno mais alto), algumas cordilheiras e matas ciliares de rios e corixos. São comuns capões alterados, ou seja, aumentados em altura por populações indígenas, constituindo-se nos chamados “aterros”.

Pantanal de Aquidauana
É definido como pantanal alto, cujas cheias dependem mais de chuvas locais do que inundação por rios. Este Pantanal esta fortemente vinculado florística e edaficamente aos pantanais do Abobral e Nhecolândia, com a presença de baías (lagoas), salinas (lagoas salobras) e solos arenosos.

Pantanal do Barão do Melgaço
Predominam as savanas (cerrado e cerradão) sobre campos limpos e sujos. Os campos ocorrem sobre solos argilosos e arenosos que formam grandes retalhos nesse pantanal.

Pantanal de Cáceres
A vegetação desse pantanal é tipicamente de savana (cerrado) e campos, aparecendo também manchas de matas. Na parte sul predominam os campos inundáveis. Os solos são argilosos, siltosos e arenosos prevalecendo em área o último tipo.

Pantanal de Miranda
pnpm capivaraA vegetação é do tipo savana (cerrado), ocorrendo matas e campo, mostrando semelhanças fisionômicas com o Pantanal do Nabileque. Há extensas formações com carandá (Copernicia alba) e, especialmente, com paratudo (Tabebuia aurea) formando os famosos carandazais e paratudais, respectivamente. Os solos são limo-argilosos e arenosos, com predominância do primeiro.

Pantanal do Nabileque / Porto Murtinho
A vegetação é do tipo savana, ocorrendo carandazais (campo com muito carandá, Copernicia alba), paratudais e espinheirais (campo com formações arbustivas de leguminosas com espinhos). Este pantanal tem muita influência da flora do Chaco. Os solos são principalmente argilosos, orgânicos, escuros.

Pantanal de Nhecolândia
Apresenta fisionomia bastante típica caracterizada pela presença de baías (lagoas), salinas (lagoas salobras), além de vazantes (linha de drenagem de leito pouco definido, com fluxo estacional), campos e cordilheiras (locais mais elevados, não inundáveis e cobertos com cerradão ou mata). Os solos são essencialmente arenosos, com algumas manchas de solo siltoso ou argiloso.

Pantanal do Paiaguás

pnpm biguatinga haroldo palo jr

A vegetação é principalmente do tipo savana, com campos e cerrados, pontilhados por capões (ilhas de árvores, acima do nível do campo) e matas de galeria. Os solos são argilo-siltosos e arenosos com predominância do último. As baías e salinas, típicas 

da Nhecolândia, praticamente desaparecem, sendo substituídas por vazantes, corixos (cursos d’ água de leito definido com fluxo estacional que geralmente não secam) e landis (sistema de drenagem de água, em cujo leito crescem o landi, Calophyllum brasiliense, e o pateiro, Couepia uiti).

 Pantanal do Paraguai

Nesse Pantanal não há ocorrência de formas de cerrado, campo cerrado nem campo sujo, pois as condições ecológicas de inundação alta e duradoura os excluem. Aqui podem ser observados elementos da flora amazônica, como a vitória-régia (Victoria amazonica) e o cambará (Vochysia divergens). Grandes lagoas e meandros abandonados, além de alguns lagos estão presentes, juntamente com muitos corixos.

Pantanal do Poconé
Os solos são argilosos com solos mais férteis que os outros pantanais. Ocorrem áreas com campos inundáveis, matas ciliares e outras formações florestais, como o cambarazal (formação arbórea dominada pelo cambará, Vochysia divergens) e o carvoal (formação arbórea com carvoeiro, Callisthene fasciculata). O cerrado ocorre nas áreas mais altas ao norte.

 

pnpm carandas anoitecer chuva haroldo palo jr
Carandás (Vochysia divergens) © Haroldo Palo Jr.

 

Fotos: Haroldo Palo Jr. www.haroldopalojr.wordpress.com 

 

pnpm mapa zoneamento reduzido
Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, mapa de zoneamento © ICMbio 

 

5. Contexto Geográfico


5.1. Informações Geográficas

O Pantanal, um dos maiores complexos alagáveis do planeta, está localizado próximo ao centro geográfico da América do Sul e é formado pela área de drenagem do Rio Paraguai e seus tributários.

Estimativas do seu tamanho têm variado entre 150.000 e 200.000 Km2, dos quais cerca de 110.000 Km2 constituem-se áreas úmidas. A maior parte da área, cerca de 138.000 Km2, está em território brasileiro, enquanto 12.350 Km2 estão na Bolívia e 4.000 Km2 no Paraguai.

pnpm mapa pnpmatogrossenseGeologicamente, o Pantanal é uma imensa planície aluvial, com aproximadamente 65 milhões de anos. A área é extremamente plana, com altitudes entre 80 e 150 m, caracterizada pela deposição de sedimentos quaternários. É cercado por um planalto cristalino com 600-700 m de altitude e o canal de drenagem é restrito a uma estreita faixa de aproximadamente 50 Km de largura entre Corumbá e a Serra da Bodoquena.

Contrastando com esta planície, onde o Parque Nacional do Pantanal está inserido, ocorre a Serra do Amolar, que se destaca como o maior relevo da região, tanto em aspecto contínuo quanto em altimétrico, com altitudes de até 800 metros de desnível.

A precipitação média anual varia entre 1.100 e 1.400 mm, com cerca de 45% do total concentrado entre dezembro e fevereiro, na estação chuvosa que vai de novembro a março. Essa concentração resulta em extensos alagamentos, uma vez que a quantidade de água que entra na área nesse período excede a quantidade que é capaz de deixá-la através dos canais de drenagem (e por evaporação). A dependência da fauna e flora ao regime hidrológico é a grande característica do Pantanal o que torna o ambiente extremamente vulnerável a alterações no ambiente aquático.


5.2. Principais Características Ecológicas

O Pantanal é um importante elo entre o Cerrado, o Chaco e a Floresta Amazônica, apresentando um mosaico de matas, cerradões, savanas, campos inundáveis, brejos e lagoas.

Prevalecem grandes corpos d’água (rios, baías, corixos), campos inundáveis cobertos por gramíneas, arbustos, ou arbustos e árvores e pequenos capões com árvores típicas de cerrado e florestas semi-deciduais. Muitas áreas próximas aos grandes rios ficam completamente inundadas, antes que os níveis da água baixem na segunda metade do ano.

pnpm pantanais Uma considerável variação pode ocorrer de ano para ano, dependendo da precipitação, de tal forma que a extensão das áreas inundadas pode variar até cinco vezes. É esta combinação única de geologia, geomorfologia e hidrologia que contribui para a riqueza e a variedade dos ecossistemas pantaneiros, que incluem vários tipos de áreas alagadas permanentes e temporárias, além de florestas e cerrados localizados em terrenos mais elevados.

Os 11 Pantanais

Aproximadamente 11 regiões pantaneiras já foram descritas para o Pantanal.

Em geral, os principais fatores que determinam a variação da vegetação são a umidade do solo e a topografia, de tal forma que em regiões muito planas, pequenas variações na elevação do terreno resultam em abruptas alterações do habitat.

De maneira geral, as árvores são capazes de tolerar tanto áreas permanentemente alagadas, quanto condições relativamente constantes de umidade/seca, mas não uma alternância entre condições extremas de saturação e dessecação.

Áreas densamente florestadas são, portanto, geralmente encontradas ao longo do curso dos rios, as chamadas florestas de galeria, ou em terrenos mais altos.


5.3. Ameaças

Embora a maior parte do Pantanal esteja em áreas remotas e pouco alteradas, o crescente interesse no desenvolvimento econômico da região tem resultado em diversas ameaças ambientais.

O desmatamento para a criação de gado, o plantio de pastagens e o aumento das atividades agrícolas – especialmente nas áreas mais elevadas das cabeceiras dos rios no planalto circundante, por exemplo – levaram à alteração do escoamento e ao aumento da sedimentação, especialmente ao longo dos rios Taquari e Cuiabá-São Lourenço.

pnpm barco pescaA construção de represas e diques alterou o fluxo normal da água, resultando em inundações em algumas áreas e seca, com perda da fertilidade do solo, em outras.

Problemas de poluição têm resultado do uso de agroquímicos, esgoto e atividades industriais, como a produção de álcool e o garimpo de ouro e diamantes.

A sobre-pesca e, em menor escala, a caça, têm afetado as populações de animais silvestres.

Projetos de desenvolvimento de grande porte, como o fluxo intenso de grandes embarcações na hidrovia no Rio Paraguai podem acarretar mudanças expressivas e/ou irreversíveis nos padrões hidrológicos que controlam os ciclos ecológicos da região, além de apresentar o potencial de alterar os habitats e causar profundos efeitos sobre a biota local.

Devido a sua grande piscosidade o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense sofre uma grande pressão de pesca, tanto profissional quanto esportiva, colocando em risco o último reduto protegido para a ictiofauna da Bacia do Alto Paraguai.

 

5.4. Principais Características Socioeconômicas

Na região pantaneira, onde está inserido o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, as principais atividades de uso e ocupação da terra, são a pecuária extensiva, a pesca comercial e esportiva e o turismo.

A população ribeirinha local tem a pesca como principal atividade econômica, sobretudo com a coleta de iscas vivas. A pesca também é exercida para fins de subsistência, responsável pela maior fonte de proteína animal na alimentação da população. A caça, embora proibida por lei, também é exercida esporadicamente como subsistência.

 

5.5. Âmbito do Projeto 

Localização Região Centro-oeste do Brasil
Estados de Mato Grosso e mato Grosso do Sul
Municípios de Poconá e Cáceres (MT) e Corumbá (MS)
Áreas Abrangência Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (135.000 ha)
RPPNs Acurizal e Penha, Doroch e Rumo ao Oeste
   
Rios Confluência dos rios Paraguai e Cuiabá-São Lourenço 
   
Ecossistemas Áreas úmidas, Pantanal-Bacia do Rio Paraguai
   
Comunidades 2 comunidades - Amolar e Barra de São Lourenço 
aproximadamente 20 famílias
   
Latitude
Longitude
17° 45' - 18° 00' Sul
57° 20'- 57° 35'Oeste 

 

5.6. Importância Ambiental Regional


PNPantanal UNESCO mapaReservaPantanalA região onde ocorrerá a visitação tem vários atributos que fazem dela de extrema importância ambiental e ecoturística por ser:

  • Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, parques nacionais são reconhecidamente fortes indutores de fluxos turísticos;
  • Sítio Unesco do Patrimônio Natural Mundial “Áreas Protegidas do Pantanal”, reconhecido em 2000, formado pelo Parque Nacional do Pantanal Matogrossense e pelas Reservas Particulares do Patrimônio Natural: Fazenda Acurizal, Penha, Dorochê, Rumo ao Oeste;
  • Reserva da Biosfera do Pantanal, declarada em 2000 pela Unesco, abrange os estados do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul e parte de Goiás. É a terceira maior Reserva já criada no mundo, com quatro biomas sul-americanos representados em seu interior: Cerrado, em 60% da área, Floresta Amazônica, Mata Atlântica e Chaco.
  • Sítio Ramsar, desde 1993, título que é dado pela Agência Ramsar, ocorrida em 1971, na ocasião, os países participantes assinaram um tratado de cooperação para a conservação e o uso racional das Áreas Úmidas, reconhecendo as funções ecológicas e o valor econômico, cultural, científico e recreativo dessas áreas.
    • Na Convenção de Ramsar (Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional), os países membros participam de um processo destinado a identificar os sítios em seus territórios que podem ser classificados como áreas úmidas de importância internacional, com o objetivo de prestar especial atenção a sua conservação e ao seu uso sustentável. Ser considerada área úmida de importância internacional é muito importante porque estas áreas estão entre os ambientes mais produtivos do planeta, considerados armazéns naturais de diversidade biológica. Além disso, proporcionam sistemas de apoio à vida para grande parte da humanidade, cumprindo funções ecológicas fundamentais como reguladora dos regimes hidrológicos e habitat de uma rica biodiversidade. Também contribuem para a estabilidade climática, por meio de seu papel nos ciclos de água e carbono, constituindo-se em um recurso de grande importância econômica, cultural, científica e recreativa, a ser preservado.

Adicionalmente, a região faz fronteira com a Bolívia, onde se encontra a Área Natural de Manejo Integrado San Matias. 

 

ParnaPANTANAL corredor turistico pantaneiro
Corredor Turístico Pantaneiro © Instituto EcoBrasil, 2010

 

5.7. Importância Turística Regional

  • Pólo Ecoturístico / Turismo de Natureza, incluído na listagem dos noventa e cinco mais importantes e reconhecidos pólos-destino de turismo de aventura e natureza, do Ministério do Turismo;

  • Corredor Turístico Pantaneiro, o PNPM é a área central do grande Corredor Turístico Pantaneiro, constituído pelos pólos e portões de entrada do eixo Cuiabá, Cáceres, Poconé, portos Cercado e Jofre, Estrada-parque Transpantaneira, P.N. Pantanal Matogrossense, Corumbá, Miranda, Aquidauana, Campo Grande, além dos pólos do Cerrado: P.N. da Chapada dos Guimarães e Bonito / Serra da Bodoquena.
     
  • Pólo de Observação de Aves / Birdwatching

mapa corredor avifauna america do sul

A região é um dos quarenta principais destinos turísticos para observação de aves brasileiros e faz parte do maior e um dos mais importantes corredores biodiversidade de avifauna do planeta, que se inicia na Venezuela e termina na Argentina.

Essa biodiversidade de aves é resultado da diversidade de ambientes sul-americanos:

  • Amazônia
  • Andes
  • Pantanal
  • Pampas 

 

Características um destino confiável e de qualidade para observação de aves:

  • Aves interessantes (good birds)
  • Informações disponíveis
    • guias de campo;
    • listas de aves atualizadas, contendo informações sobre sazonalidade e diversidade dos habitats visitáveis;
    • guias especializados, bilíngues, apoiados por condutores locais (mateiros);
    • capazes de identificar as aves comuns, endêmicas, especiais e raras.
  • Facilidade de acesso a habitats
  • Infraestrutura e serviços
    • alimentos, bebidas, hospedagem;
    • sanitários;
    • abrigos sombreados e protegidos de insetos.
  • Preços justos compatíveis com os serviços e qualidade do destino.

 

 

 

 

Parte A - Projeto de Ecoturismo no Parque Nacional do Pantanal Matogrossense

Diagnóstico de potencialidade e viabilidade de expansão do turismo e das formas de participação da comunidade no negócio do turismo regional, de forma que se atendam às necessidades do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense.

1. Projeto Ecoturismo Participativo no Parque Nacional do Pantanal Matogrossense


2. Implementação / Parceiros

  • Financiador: EcoSystems Grants Programme EGP, The Nederlands
  • Executor: EcoPantanal - Instituto de Ecologia e Populações Tradicionais do Pantanal
  • Parceiros:
    • Parque Nacional do Pantanal Matogrossense PNPM
    • Instituto Homem Pantaneiro - IHP
    • Ecotrópica - Fundação de Apoio à Vida nos Trópicos
  • Diagnóstico: Roberto M.F. Mourão, Instituto EcoBrasil


3. Objetivos Específicos

  • Realizar Diagnóstico de Potencialidade e Viabilidade de Expansão do Turismo;
  • Realizar Diagnóstico das Formas de Participação de Comunidade no negócio do turismo regional;

de forma que se atendam às necessidades do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense.


4. Plano de Trabalho da Consultoria


4.1. Divulgar as atividades de turismo para operadoras e agências da região.

  • reuniões com operadoras e agências de turismo de Cuiabá e Cáceres, para apresentação do P.N. Pantanal
  • reuniões com operadoras e agências de turismo de Corumbá, para apresentação do P.N. Pantanal


4.2 Analisar o interesse de operadoras e agentes de turismo nas atividades planejadas.

  • Identificar operadoras e agências de turismo interessadas nas atividades disponíveis para o ecoturismo.
    • Analisar a demanda em Cuiabá, Corumbá e Cáceres.
  • Avaliar a capacidade de carga nos atrativos turísticos que serão abertos à visitação.
    • definir número de pessoas/barco
    • definir número de barcos/atrativo
    • definir a capacidade de visitação/dia
    • estabelecer duração do passeio em cada atrativo
  • Avaliar a capacidade de atendimento da equipe treinada da comunidade tradicional da Barra do São Lourenço.
    • definir número de condutores (mateiros) disponíveis/dia
    • definir capacidade de atendimento dos condutores vis-à-vis barcos/dia
    • estimar o valor da diária ou contribuição para o condutor.


4.3. Informar o perfil dos visitantes 
(estimativa de periodicidade, demanda e viabilidade econômica)

  • Viabilidade da visitação.
    • número de turistas (demanda)
    • capacidade de atendimento de turistas.


4.4. Identificar as oportunidades para a consolidação do ecoturismo.

  • demandas de infraestrutura
  • sugestões de estruturas não contempladas no plano de manejo
  • sugestão para novas áreas de visitação

 

5. Contexto Regional

 

 

Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (PNPM)

PNPM panoramica AmolarPanorâmica do Pantanal do Paraguay, em primeiro plano, e ao fundo Serra do Amolar © Roberto M.F. Mourão, Instituto EcoBrasil, 2002. 

 

Diagnóstico de Potencialidades e Viabilidade de Expansão do Turismo 

Observação de Aves


Promoção: EGP EcoSystems Grants Programme EGP The Nederlands

Gestão: EcoPantanal - Instituto de Ecologia e Populações Tradicionais do Pantanal

Elaboração: Roberto M.F. Mourão / Instituto EcoBrasil

Elaborado em: Agosto 2010


Conteúdo

Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (PNPM)

Parte A - Projeto de Ecoturismo no PNPM

   1. Projeto
   2. Implementação / Parceiros 
   3. Objetivos 
   4. Plano de Trabalho 
   5. Contexto Geográfico 

Parte B - Observação de Aves / Birdwatching

   6. Observação de Aves / Birdwatching
   7. Avifauna Mundial
   8. Potencial de Observação de Aves da América do Sul / Brasil
   9. Potencial da Observação de Aves no Pantanal 

Parte C - Operação Demonstrativa Observação de Aves na Baía do Burro

   10. Área Estratégica Interna Baía do Burro
   11. Recomendações Operacionais para a Baía do Burro
   12. Divulgação das Atividades de Turismo no PNPM
   13. Mercado / Sazonalidade / Viabilidade

Parte D - Oportunidades e Possibilidades

   14. Infraestrutura de Uso Público do PNPM / Planejada
   15. Logística Tours Pantanal Norte
   16. Logística Tours Pantanal Sul
   17. Potencial Turístico do PNPM: Arqueologia
   18. Potencial Turístico PNPM: Canoagem
   19. Potencial Turístico PNPM: Observação da Natureza
   20. Potencial Turístico PNPM: Beleza Cênica

Parte E - Anexos

  1. Normas de Conduta para Observação da Natureza
  2. Recomendações Operacionais para Observação da Natureza
  3. Abrigos ou Bird Blinds
  4. Mirantes
  5. Plataforma Flutuante sobre Canoas
  6. Website / wireframe (sugestão)
  7. Estimativa de Avistagem de Aves por Países-destino
  8. Pesquisa Operadores de Barcos de Pesca

 

Agradecimentos

Agradeçemos o apoio e as informações prestadas que nos permitiram realizar este trabalho:

 

PNPantanal panoramica jul2010
Panoramica do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense © Roberto M.F. Mourão, Instituto EcoBrasil, 2010
Morro do Caracará, em primeiro plano e, ao fundo, Serra do Amolar.

 

 

Observação de Aves

Fonte
Análise de Viabilidade da Observação de Aves em Unidades de Conservação, Ibama, 2000, Roberto M.F. Mourão.

 

Método Zopp: Recomendações às Diretrizes

 

Recomendações Grupo 1

  • Identificar as normas que incidem sobre os grupos e instituições partícipes do processo
  • Definir responsabilidades inter/intra institucionais para o ecoturismo
  • Elaborar norma legal traduzindo as linhas mestras do Plano Nacional de Ecoturismo
  • Estabelecer mecanismos de fiscalização e controle
  • Verificar os dispositivos legais vigentes aplicáveis ao ecoturismo, de forma a vitalizá-los. e os impeditivos
  • Promover alocação adequada de recursos para o setor
  • Elaborar novos dispositivos
  • Elaborar/implementar uma política unificada/coerente para o Ecoturismo
  • Revogar/alterar os dispositivos impeditivos quando for o caso
  • Promover o conhecimento e análise do mercado ecoturístico
  • Promover a inserção do ecoturismo no Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade
  • Capacitação de recursos humanos do setor governamental na área do Ecoturismo
  • Desenvolver campanha de sensibilização do setor governamental para o Ecoturismo
  • Propor aos órgãos ambientais e turísticos estaduais e municipais regulamentações compatíveis com a realidade local

Recomendações Grupo 2

  • Promover a criação de um forum permanente de discussões Público-Privadas
  • Relações interinstitucionais fortalecidas
  • Promover/apoiar eventos de promoção do Ecoturismo
  • Criar um forum permanente de discussões
  • Promover reuniões regulares
  • Apoiar a divulgação/disseminação de informações sobre Ecoturismo
  • Promover Congresso Brasileiro de Ecoturismo
  • Divulgar os avanços tecnológicos disponíveis ao Trade (banco de dados)
  • Promover oficinas eventuais
  • Organizar/apoiar concursos nacionais em Ecoturismo
  • Promover divulgação de fontes de recursos e incentivos (banco de dados)
  • Cursos em universidades e instituições de desenvolvimento/educacionais
  • Incentivar a organização de um banco de dados de parcerias interinstitucionais em ecoturismo

Recomendações Grupo 3

  • Promover o Ecoturismo com tecnologia adequada
  • Envolver iniciativa privada no desenvolvimento de novas tecnologias
  • Propor ao MCT desenvolvimento de pesquisas tecnologias para equipamentos e serviços ecoturísticos Incentivar cooperação técnica internacional em novas tecnologias
  • Promover o conhecimento da eco-comunidade ecoturística dos recursos naturais em unidades de conservação
  • Propor dotação orçamentária suficiente para as unidades de conservação prioritárias
  • Promover aproveitamento adequado das unidades de conservação
  • Dotar as unidades de conservação de equipamentos/infraestrutura indispensável à visitação conforme Plano de Manejo, inclusive pessoal
  • Promover o ajuste da categorização das unidades de conservação para o ecoturismo, quando necessário mediante critérios técnicos
  • Realizar plano de manejo para unidade de conservação considerada prioritária

Recomendações Grupo 4

  • Criar e otimizar os incentivos para o Ecoturismo
  • Propor inclusão do Ecoturismo como beneficiário do CADE
  • Incentivar premiação de empresas e comunidades com melhor desempenho
  • Propor criação de bônus para empresas que promovam o envolvimento de comunidades e proteção aos patrimônios natural e cultural
  • Propor inclusão do Ecoturismo com beneficiário da reformulação da resolução 1840 do Conselho Monetário Nacional
  • Propor desburocratização do acesso às linhas de crédito
  • Destinar x % do FUNGETUR para equipamentos público/privado dos municípios Programa Nacional de Municipalização do Turismo
  • Criar um fundo de apoio a empreendimentos locais voltados ao Ecoturismo
  • Promover incentivos para viabilizar adoção de novas tecnologias
  • Facilitar acesso a linhas de crédito para comunidade implantar serviços ecoturísticos
  • Incluir Ecoturismo como prioridade no FINAM e FINOR

 

Diretrizes para a Política Nacional de Ecoturismo

Oficina de Planejamento

Diretrizes da Política Nacional de Ecoturismo