CATEGORIA CASOS
CCT Trilha Macuco Safari, Impactos do Uso Público em Áreas Naturais
- Detalhes
- Categoria Pai: RESTRITO
Estudos de Caso
Capacidade de Carga Turística (CTT)
Trilha do Macuco Safari, Parque Nacional do Iguaçu
por AMBIENTAL Consultoria
Roberto M.F. Mourão, ALBATROZ Planejamento, consultor
Impactos do Uso Público em Áreas Naturais
Considerações Gerais
Estudos sobre a capacidade de carga em Unidades de Conservação no Brasil são raros e recentes (2001).
O Plano de Manejo do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, foi um dos primeiros a tratar do assunto de maneira mais científica. Ainda assim, o Plano propõe que estudos mais detalhados de capacidade de carga sejam realizados nas áreas propostas para uso recreacional.
Os planejadores e administradores de UCs necessitam dados concretos para predizer as conseqüências do desenvolvimento de atividades de uso público e embora muito tenha sido dito sobre capacidade de carga recreacional, particularmente para as áreas silvestres, são poucos os planos de manejo que têm incorporado tal conceito.
Quantidade de Uso e Capacidade de Carga ou Suporte Turístico
Embora o conceito de capacidade de carga já venha sendo aplicado há muitos anos no manejo de pastagens, somente na década de 70 teve seu uso difundido no manejo do uso recreacional das áreas naturais protegidas para fixar limites para a intensidade de uso.
Atualmente a definição de limites de uso incorpora uma série de parâmetros, com ênfase nas condições desejadas para a área, além da já conhecida quantidade de uso que o local pode tolerar.
Capacidade de carga é um conceito complexo, que incorpora princípios tanto das ciências biológicas como das ciências sociais e exatas.
Define-se como o tipo de uso que pode ser suportado através do tempo em um determinado espaço turístico sem que ocorram danos excessivos ao ambiente físico e à qualidade da experiência recreacional.
A praia Ostional, na Costa Rica, na 'arribada' das tartarugas que vêm desovar, uma multidão invade a praia, causando stress nos animais, que a longo prazo pode comprometer o local de desova (foto à esquerda).
A primeira definição relaciona-se com a estabilidade dinâmica e a diversidade do ecossistema natural e é denominada capacidade de carga física.
Um outro aspecto está relacionado com a quantidade de pessoas que uma área pode conter sem destruir a experiência ao ar livre, ou seja, a capacidade de carga social.
Além da capacidade de carga estar relacionada com a capacidade do recurso (capacidade física) e ao usuário (capacidade social), existe também a capacidade de carga biológica ou ecológica, ou seja, a habilidade do recurso em suportar o uso recreacional sem causar mudanças inaceitáveis aos componentes ecológicos (vegetação, solo, água, fauna etc.).
Tanto a capacidade física como a ecológica estão relacionadas aos recursos, porém, enquanto a primeira concentra-se em números de usuários, a segunda baseia-se mais nas condições fundamentais desejadas dos recursos naturais.
Através do monitoramento dessas condições pode-se tomar ações corretivas quando necessárias, podendo envolver ou não reduções no uso recreacional. O enfoque principal em defesa deste ponto de vista está no fato de que a busca por números pode, na verdade, desviar as discussões da questão crítica do manejo das áreas naturais. Ou seja, decidir o que é aceitável ou não, sem perder de vista os objetivos de manejo da área e definir padrões que descrevam claramente quais são essas condições.
O relacionamento dos níveis de uso recreacional aos vários componentes do ecossistema das áreas silvestres não está ainda bem entendido. Um exemplo são os efeitos na vegetação, que mesmo sendo os mais estudados, não possibilitam que se faça uma predição rápida devido às inúmeras variáveis que influenciam os danos em relação ao número de visitantes.
A forma de manejo e a existência de uma política mais apropriada de uso turístico das áreas silvestres nos países desenvolvidos envolvem quase sempre um corpo técnico preparado para o recebimento do público, além de uma dotação orçamentária adequada às demandas que o manejo das áreas requer. A mesma situação não ocorre nos países em desenvolvimento, havendo assim uma série de restrições que influenciam a capacidade de carga de uma área natural.
Miguel Cifuentes apresenta um procedimento que reconhece a carência de pessoal capacitado, a falta de capacidade de manejo, a insuficiência de informações e a dificuldade para que as áreas protegidas dos países em desenvolvimento possam, a curto prazo, contar com sistemas e equipamentos de tecnologia avançada. Na verdade, tal componente, acrescentado por Cifuentes, dá mais uma variável da capacidade de carga, a Capacidade de Carga Institucional.
Um segundo sistema, conhecido como Limites Aceitáveis de Câmbio (LAC) ou "Limits of Acceptable Changes" foi desenvolvido em resposta à necessidade dos administradores em lidar com a demanda crescente por áreas recreacionais. No sistema, a ênfase primária é dada às condições desejadas em uma área e não à quantidade de uso que ela pode tolerar.
Em suma, o processo LAC requer a decisão de que tipo de condições silvestres são aceitáveis e em seguida prescreve ações para proteger ou alcançar aquelas condições.
O processo consiste de quatro componentes principais:
-
especificação de recursos e condições sociais aceitáveis e alcançáveis, definidos por uma série de parâmetros mensuráveis
-
análise do relacionamento entre as condições existentes e aquelas julgadas aceitáveis
-
identificação de ações de manejo necessárias para alcançar essas condições
-
programa de monitoramento e avaliação da efetividade do manejo.
Um terceiro sistema encontra-se na literatura, também proposto por Cifuentes (em 1992), tendo sido aplicado pela primeira vez no Parque Nacional de Galápagos, Equador, em 1984. Mais tarde o método também foi aplicado em quatro UC na Costa Rica.
Esse terceiro sistema proposto por Miguel Cifuentes tem 6 passos:
-
análise das políticas sobre turismo e manejo das áreas protegidas
-
análise dos objetivos da área protegida
-
análise da situação dos sítios que têm visitação
-
definição, fortalecimento ou mudança de políticas e decisões com respeito à categoria de manejo e zoneamento
-
identificação de fatores que influem em cada sítio de uso público
-
determinação da capacidade de carga para cada local de uso público:
- Capacidade de Carga Física [CCF]
- Capacidade de Carga Real [CCR]
- Capacidade de Carga Efetiva [CCE].
A Capacidade de Carga Física (CCF) é o espaço disponível e o espaço normal por visitante. Por exemplo, cada pessoa precisa de pelo menos 1m2 de espaço para ter o mínimo de conforto.
A Capacidade de Carga Real (CCR) é a capacidade de carga física submetida a uma série de fatores de correção; declividade acentuada é um exemplo de fator limitante para o desenvolvimento de uma série de atividades.
A Capacidade de Carga Efetiva (CCE) é o limite aceitável de uso e é sempre menor e no mínimo igual à CCR.
A aplicação desse método vem sendo estudada no Brasil no Parque Estadual da Ilha Anchieta (2001).
De forma geral, o uso do conceito de capacidade de carga pode ainda ser utilizado como uma das ferramentas disponíveis para controlar os impactos do uso público sobre os recursos naturais. Deve, no entanto, incorporar definições mais recentes como a fornecida pelo National Park Service, onde capacidade de carga é entendida como:
Efeitos do Uso sobre a Vegetação
As consequências do uso recreacional na vegetação têm sido estudadas com mais frequência do que na água, fauna e até mesmo no solo.
Embora as avaliações considerem uma série de parâmetros que podem auxiliar nas conclusões obtidas nos levantamentos, fica extremamente difícil obter resultados consistentes sobre o relacionamento entre o número de visitantes e o grau de impacto em uma área natural.
Na foto ao lado, vemos a enorme quantidade de raizes expostas ao longo da trilha. (Trilha de acesso ao Poço do Inglês, Paraty © Roberto M.F. Mourão, 2015)
Uma forma de avaliar as variáveis no estudo dos efeitos do pisoteio em trilhas e áreas de camping é através de experimentos controlados.
Ocorre que, quando a manitenção de trilhas não são realizadas adequada e regularmente pelos responsáveis pelo manejo da visitação, usuarios e guias improvisam travessias, em geral comprometendo a segurança. (Trilha de acesso ao Poço do Inglês, Paraty © Roberto M.F. Mourão, 2015)
As maiores diferenças incluem:
-
quantidade de pisoteio
-
características das pessoas em relação ao tipo de sapato e peso
-
método de pisoteio
-
métodos de amostragem
-
sincronização do pisoteamento
-
bases de comparação.
Efeitos do Uso sobre o Solo
A dinâmica do solo como suporte de comunidades de plantas é afetada não somente pelas suas propriedades sólida, líquida e gasosa, mas também pela temperatura, pressão e radiação solar.
Isso faz com que o efeito dos visitantes no solo seja uma consideração importante em todo programa de manejo de áreas silvestres. As pesquisas dos autores mostraram que 4 fatores parecem ser predominantes na influência do uso recreacional:
-
A Traficabilidade é definida como a capacidade do solo em suportar um peso em movimento.
-
A Profundidade do material de solo está altamente relacionada à quantidade de umidade e nutrientes disponíveis para o crescimento das plantas.
-
A Drenagem, característica do solo de reter água, é um fator extremamente importante na determinação do impacto potencial em trilhas e áreas de camping. A composição das espécies vegetais em áreas de pouca drenagem geralmente apresentam um impacto maior e mais longo.\\
-
A Erodibilidade é a resistência do solo ao deslocamento pela ação do vento ou água.
Na foto acima, à direita, podemos notar o resultado de enxurradas em uma trilha, em aclive/declive, sem a devida proteção contra erosão. (Fernando de Noronha © Roberto M.F. Mourão, 2006.)
Efeitos do Uso Público sobre a Fauna e a Pesquisa
Podemos dizer que as atividades de uso público desenvolvidas no PNI têm efeitos diretos e indiretos sobre a fauna local. Os diretos são aqueles onde o visitante tem interferência voluntária no comportamento animal, como ocorre quando alimenta ou afugenta o quati na Zona de Uso Intensivo.
Como impactos indiretos temos ações como barulho e movimentação de grandes grupos nas áreas de menor visitação, como na trilha das Bananeiras e na trilha do Macuco, com efeitos aparentemente menores.
Em ambos os casos, o visitante demonstra não ter conhecimento real dos efeitos de seu comportamento. Levado pela emoção de ver um animal em seu ambiente natural, interessa-se em olhar mais de perto, tocar e até mesmo alimentar o animal.
Muitas vezes tem atitudes que visam manter o animal próximo pelo tempo necessário para levar de lembrança uma fotografia.
a. Efeitos sobre os Mamíferos
Considerando os dados do Projeto Carnívoros, a captura de animais nas áreas de intenso uso, como a Área de Desenvolvimento (AD) das Cataratas e a AD Macuco, foi menor do que nas áreas onde ocorre mínima ou nenhuma visitação pública, como é o caso do Poço Preto. Principalmente na AD Cataratas não são mais vistos mamíferos, com exceção do quati e do gambá.
Os efeitos da oferta de alimentação humana sobre o comportamento e biologia do quati estão sendo estudados pelos pesquisadores já citados.
O objetivo do trabalho é apresentar dados confiáveis sobre o real impacto da visitação no comportamento do quati. Estão sendo feitas análises sobre:
-
ecologia básica (tamanho e comportamento dos grupos)
-
parâmetros reprodutivos, bioquímicos e hematológicos
-
tipo de alimento (através da observação de alimentação e fezes).
O trabalho envolve também a comparação com os dados obtidos no Parque Nacional del Iguazú pelos pesquisadores do Centro de Investigaciones Ecologicas Subtropicales (CIES).
Algumas observações preliminares referem-se ao comportamento do quati na busca por alimentos. Segundo os dois pesquisadores, apesar de terem sido acrescentados alimentos humanos na dieta do quati, eles passam a maior parte do dia alimentando-se normalmente. As opiniões diferentes obtidas até o momento sobre a dependência destes animais em relação à alimentação fornecida pelos visitantes não foram baseadas em levantamentos sistemáticos.
As informações sobre a fauna são indispensáveis para o estabelecimento do programa de monitoramento dos impactos biofísicos e sociais nos locais de visitação do Parque. Dentre os parâmetros aqui indicados, deverão ser incluídos indicadores recomendados pelos pesquisadores, que sejam facilmente observáveis e mensuráveis em campo e que possam ser obtidos por funcionários mediante treinamento.
Os quatis no Parque sempre foram um problema pois, acostumados ao público, chegam a abrir sacolas e a tirar alimento da mão de crianças. Intensa campanha foi feita para evitar o impacto nos animais. Em 2015 os quatis atacaram 260 turistas nas cataratas.
b. Efeitos sobre as Aves
As aves aparentemente acostumam-se com maior facilidade ao barulho provocado pelos grupos de visitantes e sobrevôo dos helicópteros.
Em consulta ao ornitólogo Luiz dos Anjos, especialista em bioacústica, da Universidade Estadual de Londrina, Paraná, os efeitos do uso de play-back pelos grupos de observadores de aves, nas trilhas do Poço Preto e das Bananeiras, sobre a avifauna local, são muito pequenos para serem considerados como um impedimento para que essas atividades continuem ocorrendo.
No entanto, consideramos que estudos locais devam ser desenvolvidos para identificar o efeito real dessas atividades sobre a avifauna.
c. Efeitos sobre as Pesquisas
A maioria das pesquisas no Parque é desenvolvida na região da trilha do Poço Preto, em parte devido à facilidade de acesso proporcionada pela estrada e pela infraestrutura existente.
Existe uma diferença entre os impactos causados diretamente pelos visitantes (geralmente menores) e aqueles oriundos das estruturas envolvidas para manter o uso público no Parque.
Como exemplo pode-se citar os estacionamentos, o heliporto, o hotel e o grande movimento nas estradas.
Atualmente a área vem sendo utilizada para fiscalização, pesquisa e visitas de grupos de observadores de aves acompanhados por uma bióloga do Macuco Safari. O número de grupos a utilizar o local tem sido pequeno, com cerca de um grupo por mês, variando em torno de vinte pessoas por grupo.
O fato de grupos especializados utilizarem o local para observação de aves não tem, à princípio, interferido nas pesquisas desenvolvidas no local. No entanto, a logística envolvida no atendimento a esses grupos tem causado interferências diretas nas pesquisas, uma vez que os pneus apagam os rastros dos animais e amassam as fezes, prejudicando a sua coleta e o seu estudo.
Caso as visitas sejam intensificadas, poderão ser perdidos alguns anos de pesquisa, já que os padrões atuais de uso para a análise de dados serão modificados. Além disso, o uso intensivo da trilha das Bananeiras e da trilha da Represa poderá modificar a área de vida das onças, fazendo com que se desloquem ainda mais para os limites do Parque. Uma das conseqüências poderá ser o aumento do ataque das onças aos animais domésticos nas propriedades limítrofes ao Parque.
Capacidade de Carga Turística da Trilha Macuco Safari, Parque Nacional do Iguaçu
- CCT Trilha do Macuco - Histórico
- CCT Trilha do Macuco - Parque Nacional do Iguaçu (PNI)
- CCT Trilha do Macuco - O Produto Turístico Macuco Safari
- CCT Trilha do Macuco - Condicionantes de Manejo
- CCT Trilha do Macuco - Uso Público
- CCT Trilha do Macuco - Impactos de Uso Público em Áreas Naturais
- CCT Trilha do Macuco - Padrão de Uso nas Áreas de Uso Público
- CCT Trilha do Macuco - Objetivos de Manejo no PNI
- CCT Trilha do Macuco - Trilhas do PNI (2001)
- CCT Trilha do Macuco - Descrição Geral das Trilhas
- CCT Trilha do Macuco - Pesquisa de Percepção do Visitante
- CCT Trilha do Macuco - Pesquisa de Campo, Impactos
- CCT Trilha do Macuco - Método Cifuentes, Considerações
- CCT Trilha do Macuco - Método Cifuentes
- CCT Trilha do Macuco - Cálculo das Capacidades de Carga CCF, CCR e CCE
Assuntos Correlatos / Para saber mais
- Miguel Cifuentes Arias, una vida dedicada a la Naturaleza
Conceitos
- Trilhas - Desenho, Usos, Grau de Dificuldade, Traçado
- Trilhas - Uso Recreativo
- Trilhas - Interpretação
- Trilhas - Estudo e Pesquisa: Estación Biológica La Selva, Costa Rica
Estudos de Caso
Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Torres e Passarelas de Copada - Construção
- Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel-Veracruz
- Kakum National Park, Ghana, África
Trilhas e Mirantes do Forte do Morro, Paraty (proposta)
- Trilhas e Mirantes do Forte do Morro - projeto
- Projeto Forte do Morro - Cartografia
- Projeto Forte do Morro - Imagens Panorâmicas Google
- Projeto Forte do Morro - Projeto Mirantes
- Forte do Morro - Projeto das Trilhas / Termos de Referência
- Forte do Morro - Recursos Interpretativos de Trilhas
- Forte do Morro - Exemplos de Interpretação de Trilhas
- Forte do Morro - Interpretação das Trilhas
- Forte do Morro - Inventário Ambiental, Introdução
- Forte do Morro - Inventário Fauna e Flora
- Projeto Forte do Morro - Jardim dos Beija-flores (Colibris)
Trilhas de Longo Percurso
Caminhos de Santiago de Compostela
Trilha Transcarioca
- Trilha Transcarioca
- Guia Prático de Sinalização de Trilhas (Pedro C. Menezes, O Eco, Wikitrilhas)
- Trilha Transcarioca - Pedro da Cunha e Menezes (O Eco)
Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail USA
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - História, Topografia
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - Mapa
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - Antes de Caminhar
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - Fatos
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - Fauna
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - Flora
Trlhas Off-road / Overland Travels
África, de Londres, UK a Dar-es-Salaam, Tanzânia, 1985-86
- África, de caminhão de Londres - Dar-es-Salaam, 1985-86
- África, de caminhão - en route...
- África, de caminhão - Mapa e Números
- África, de caminhão - Mapa Biomas Clima
- África, de caminhão - Fotosafari Savana
- Trilhas - Overland África Diário Argélia
Informações da Viagem / Long Haul Expeditions 1985 (pdf para download)
- Africa Overland - Long Haul Expeditions - General Information
- Africa Overland - Long Haul Expeditions - Prices & Receipt
- Africa Overland - Long Haul Expeditions - Information Leaflet
- Africa Overland - Long Haul Expeditions - Vaccination
- Africa Overland - Long Haul Expeditions - Visas
- Africa Overland - Long Haul Expeditions - Pre-departure Information
Campings
- Campings: Infraestrutura / Tipos / Recomendações
- Campings: Áreas Silvestres / Selvagem
- Campings: Proposta de Normatização (2009)
- Campings: Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ - Legislação
- Campings: Ordenamento da Praia do Aventureiro, Ilha Grande (Estudo de Caso)
CCT Trilha Macuco Safari, Condicionantes de Manejo
- Detalhes
- Categoria Pai: RESTRITO
Estudos de Caso
Capacidade de Carga Turística (CTT)
Trilha do Macuco Safari, Parque Nacional do Iguaçu
por AMBIENTAL Consultoria
Roberto M.F. Mourão, ALBATROZ Planejamento, consultor
Condicionantes de Manejo
Tendo como objetivo viabilizar e intensificar o ecoturismo na região do Parque, a Superintendência do IBAMA no Estado do Paraná, em conjunto com o Parque Nacional do Iguaçu, elaborou o Programa de Revitalização do Parque Nacional do Iguaçu.
O Programa abrange a implantação de espaços e atividades, conforme apresentadas a seguir:
-
Porto Canoas
-
Naipi
-
Tarobá
-
Santos Dumont
-
Alvar Nuñes Cabeza de Vaca
-
Trilhas das Bananeiras
-
Trilha do Macuco
-
Trilha Poço Preto - Porto Taquara
-
Trilha da Represa
-
Trilha da Usina São João
-
Centro de Visitantes
-
Ciclovia
-
Edifício Ambientais
-
Transporte Coletivo do Parque.
A aprovação desse Programa, pela Diretoria de Ecossistemas (DIREC), ocorreu quando as ações para a elaboração do Plano de Manejo do Parque já estavam em andamento e no momento de estruturação dos subprogramas de manejo desse Plano os contratos de concessão já tinham sido assinados e estavam em fase de repactuação.
Nem todos os espaços e atividades foram terceirizados. Os que são objeto de contrato são os seguintes:
-
Porto Canoas
-
Naipi
-
Taroba
-
Santos Dumont
-
Trilha do Macuco (foto: 2014)
-
Trilha da Represa
-
Centro de Visitantes
-
Edifícios Ambientais
-
Transporte Coletivo do Parque.
Dentro dessa perspectiva, há de se respeitar os contratos estabelecidos, porém o mesmo deverá ser repactuado para atender as propostas contidas no Plano de Manejo.
As sugestões e definições, no tocante à visitação do Parque, são apresentadas no Programa de Uso Público, com os Subprogramas de Recreação, Interpretação e Educação, sendo as seguintes:
-
Definição de atividades, normas, temas interpretativos e educativos para os espaços Naipi, Tarobá, Porto Canoas, Centro de visitantes, Trilha da Represa e transporte coletivo do Parque
-
Mudanças da denominação “Edifício Ambiental” para “Centro de Apoio a Visitação”
-
Os espaços abertos à visitação publicano PNI são os apresentados neste PM, não sendo permitida a abertura de novas áreas de uso público.
No que se refere ao Hotel das Cataratas, O PM e a legislação vigente definem que um hotel não se constitui objeto de um parque nacional e que a sua presença no interior do PNI acarreta inúmeros impactos a área e gera elementos que dificultam as atividades de controle e proteção.
No Plano de Manejo, várias atividades e normas inclusive de sua não-ampliação foram estabelecidas no sentido de mitigar os impactos dessa estrutura e apresentada a proposta de obtenção para o IBAMA do domínio do prédio junto ao SPU, o que facilitaria uma prestação de serviços com menor impacto aos recursos naturais do Parque.
Capacidade de Carga Turística da Trilha Macuco Safari, Parque Nacional do Iguaçu
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Trilha do Macuco Safari, Parque Nacional do Iguaçu
por AMBIENTAL Consultoria
Roberto M.F. Mourão, ALBATROZ Planejamento, consultor
Programa de Uso Público do Parque Nacional do Iguaçu
Nota: fotos atuais (2015-2017)
Objetivo Geral
O Programa de Uso Público do Parque Nacional do Iguaçu tem como objetivo geral ordenar, direcionar e estabelecer novas atividades de uso público para o Parque, promovendo o conhecimento e a valorização dos seus recursos ambientais e culturais. Esse Programa esta subdividido em:
-
Subprograma de Recreação
-
Subprograma de Interpretação e Educação Ambiental.
Subprograma de Recreação / Objetivo Geral
Esse Subprograma visa enriquecer as experiências do visitante, estabelecendo vínculos de caráter ambiental, de acordo com as aptidões dos recursos naturais do Parque, ordenando e direcionando as suas atividades recreativas.
Objetivos Específicos
-
Propiciar atividades recreativas e de lazer estabelecidas de acordo com as aptidões e potencialidades do Parque, através de um melhor uso dos recursos hídricos, trilhas, nas matas e áreas de lazer compartilhadas com municípios limítrofes
-
Propiciar atividades de recreação e lazer diversificadas e harmonizadas com o ambiente natural, levando o visitantes a conhecer outros ambientes e recursos do Parque
-
Garantir a segurança do visitante através da disponibilização de equipamentos e normas de segurança e presença institucional em todas as áreas de uso público
-
Alcançar um público mais diversificado, através da oferta de diferentes formas de recreação
-
Diminuir a pressão de visitação na atual área das Cataratas;
-
Melhoria da percepção do visitante acerca do PNI;
-
Maior divulgação do Parque Nacional e promoção dos seus recursos naturais e culturais, a partir das experiências vividas pelos visitantes em contato mais próximo com os sítios arqueológicos, rio Iguaçu e tributários, ilhas, lagoas, corredeiras, cachoeiras, Floresta Estacional Semidecídua e outros.
Resultados Esperados
-
Visitantes orientados em suas atividades recreativas e de lazer.
-
Outros recursos do Parque conhecidos e valorizados através da prática de atividades aquáticas e nauticas, caminhadas, acampamentos, contemplação e observação e descanso.
-
Visitantes desfrutando de experiências recreativas contemporâneas de cunho ambiental e cultural.
-
Diversificação das atividades de uso público no PNI.
-
Melhor distribuição do visitante nas diversas áreas de visitação do PNI, evitando grandes concentrações de visitantes na região das Cataratas.
-
Municípios do entorno co-responsáveis por atividades de uso público nas áreas compartilhadas.
-
Recursos provenientes da visitação ampliados.
-
Descoberta pelo visitante do mosaico ambiental do qual se constitui o PNI: florestas, lagoas, brejos, pinheiral, rios incólumes, cachoeiras, corredeiras, encostas rochosas, planícies, vales úmidos, etc.
Indicadores
-
Número de áreas de visitação implantadas.
-
Diminuição das evidências dos impactos negativos sobre os recursos naturais e culturais.
-
Evidências da melhoria do poder aquisitivo das populações do entorno em virtude das atividades de visitação do PNI.
-
Diversificação das alternativas econômicas das populações do entorno, em função da visitação no PNI.
-
Número de visitantes por atividade.
-
Número de municípios e proprietários que aderiram à implantação das áreas compartilhadas de uso público.
-
Percentual de aumento da arrecadação oriunda da visitação.
-
Decréscimo na ocorrência de acidentes com visitantes.
Atividades e Normas relativas à Trilha do Macuco
Área de Desenvolvimento Macuco (AD Macuco)
Localização
Km 24, à direita da BR-469 (sentido Portão/Cataratas), até a margem direita do rio Iguaçu,
Coordenadas
Latitude 25º 39’ 04,5” Sul
Longitude 54º 26’ 15,7” Oeste
Temas
-
Recepção, informação, orientação e triagem do visitante
-
Uso público
-
Divulgação do Parque
-
Transporte de visitantes
-
Apoio à pesquisa
-
Fiscalização e proteção
-
Comunicação
-
Vigilância
-
Abastecimento de embarcação
Atividades
-
Recepção, informação, orientação e triagem do visitante
-
Interpretação ambiental
-
Educação ambiental
-
Recreação e lazer
-
Divulgação do Parque
-
Venda de material sobre o Parque
-
Venda de ingresso para outras atividades de uso público
-
Canyoning (rapel em queda d’água)
-
Escalada
-
Passeio de barco
-
Caminhada
-
Fotografia e filmagem
-
Contemplação e observação
-
Descanso
-
Embarque e desembarque de visitantes
-
Comércio por terceiros
-
Controle das atividades dos terceiros
-
Estacionamento para carretas
-
Comunicação
-
Pesquisas científicas e estudos
-
Sinalização
-
Fiscalização e proteção permanentes
-
Vigilância
Edificação, Instalações e Equipamentos
-
Centro de Apoio ao Visitante, com recepção, sala de exposição, espaço para comércio
-
Trilha interpretativa
-
Folhetos informativo, educativo e interpretativo
-
Painéis interpretativos e informativos
-
Material de divulgação do Parque
-
Flutuante e embarcadouro
-
Bancos para descanso
-
Placas de sinalização
-
Barcos infláveis
-
Sistema de transporte de visitantes na trilha
-
Sanitários químicos públicos
-
Extintores de incêndio
-
Estacionamento para bicicletas
-
Água e eletricidade
-
Sistema de esgoto
-
Estação 3 (Macuco/Bananeiras) de embarque e desembarque
-
Bebedouro
-
Abrigo para visitantes
-
Trilha interpretativa (Macuco)
Capacidade de Carga Turística da Trilha Macuco Safari, Parque Nacional do Iguaçu
- CCT Trilha do Macuco - Histórico
- CCT Trilha do Macuco - Parque Nacional do Iguaçu (PNI)
- CCT Trilha do Macuco - O Produto Turístico Macuco Safari
- CCT Trilha do Macuco - Condicionantes de Manejo
- CCT Trilha do Macuco - Uso Público
- CCT Trilha do Macuco - Impactos de Uso Público em Áreas Naturais
- CCT Trilha do Macuco - Padrão de Uso nas Áreas de Uso Público
- CCT Trilha do Macuco - Objetivos de Manejo no PNI
- CCT Trilha do Macuco - Trilhas do PNI (2001)
- CCT Trilha do Macuco - Descrição Geral das Trilhas
- CCT Trilha do Macuco - Pesquisa de Percepção do Visitante
- CCT Trilha do Macuco - Pesquisa de Campo, Impactos
- CCT Trilha do Macuco - Método Cifuentes, Considerações
- CCT Trilha do Macuco - Método Cifuentes
- CCT Trilha do Macuco - Cálculo das Capacidades de Carga CCF, CCR e CCE
Assuntos Correlatos / Para saber mais
- Miguel Cifuentes Arias, una vida dedicada a la Naturaleza
Conceitos
- Trilhas - Desenho, Usos, Grau de Dificuldade, Traçado
- Trilhas - Uso Recreativo
- Trilhas - Interpretação
- Trilhas - Estudo e Pesquisa: Estación Biológica La Selva, Costa Rica
Estudos de Caso
Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
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- Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel-Veracruz
- Kakum National Park, Ghana, África
Trilhas e Mirantes do Forte do Morro, Paraty (proposta)
- Trilhas e Mirantes do Forte do Morro - projeto
- Projeto Forte do Morro - Cartografia
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- Forte do Morro - Recursos Interpretativos de Trilhas
- Forte do Morro - Exemplos de Interpretação de Trilhas
- Forte do Morro - Interpretação das Trilhas
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Trilhas de Longo Percurso
Caminhos de Santiago de Compostela
Trilha Transcarioca
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- Trilha Transcarioca - Pedro da Cunha e Menezes (O Eco)
Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail USA
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - História, Topografia
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- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - Fauna
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Trlhas Off-road / Overland Travels
África, de Londres, UK a Dar-es-Salaam, Tanzânia, 1985-86
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- África, de caminhão - Fotosafari Savana
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Informações da Viagem / Long Haul Expeditions 1985 (pdf para download)
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Campings
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CCT Trilha Macuco Safari, Parque Nacional do Iguaçu
- Detalhes
- Categoria Pai: RESTRITO
Estudos de Caso
Capacidade de Carga Turística (CTT)
Trilha do Macuco Safari, Parque Nacional do Iguaçu
por AMBIENTAL Consultoria
Roberto M.F. Mourão, ALBATROZ Planejamento, consultor
O Parque Nacional do Iguaçu
O Parque Nacional do Iguaçu (PNI) foi criado em 10 de janeiro de 1939 e tombado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade em 1986, por ser a última grande amostra do bioma Mata Atlântica que cobre grande parte da Bacia do Rio da Prata.
Possui superfície de 185 mil hectares e perímetro de cerca de 420 km.
É uma unidade de conservação federal dirigido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela gestão das Unidades de Conservação do Brasil.
O Parque Nacional do Iguaçu, criado em 1939, abriga o maior remanescente de Floresta Atlântica (estacional semidecídua) da região sul do Brasil.
O Parque protege uma riquíssima biodiversidade, constituída por espécies representativas da fauna e flora brasileiras, das quais algumas ameaçadas de extinção, tais como:
- onça-pintada (Panthera onca),
- puma (Puma concolor),
- jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris),
- papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea),
- gavião-real (Harpia harpyja),
- peroba-rosa (Aspidosperma polyneutron),
- ariticum (Rollinia salicifolia),
- araucária (Araucaria augustifolia),
- além de muitas outras espécies de relevante valor e de interesse cientifico.
Essa expressiva variabilidade biológica somada à paisagem singular de rara beleza cênica das Cataratas do Iguaçu, fizeram do Parque Nacional do Iguaçu a primeira Unidade de Conservação do Brasil a ser instituída como Sítio do Patrimônio Mundial Natural pela Unesco, no ano de 1986.
Unido pelo Rio Iguaçu ao Parque Nacional Iguazú, na Argentina, o parque integra o mais importante contínuo biológico do Centro-Sul da América do Sul, com mais de 600 mil hectares de áreas protegidas e outros 400 mil em florestas ainda primitivas, responsabilidade ímpar para ações conjuntas entre brasileiros e argentinos nos esforços de preservação deste tão importante patrimônio mundial.
Visitação
O Parque está aberto diariamente, das 9h às 17h.
Pode ser visitado durante o ano todo, sendo que os meses de menor fluxo de visitantes é junho e julho, devido ao inverno e o frio que o acompanha.
Localização
Capacidade de Carga Turística da Trilha Macuco Safari, Parque Nacional do Iguaçu
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Trilha Transcarioca
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Estudos de Caso
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Trilha do Macuco Safari, Parque Nacional do Iguaçu
por AMBIENTAL Consultoria
Roberto M.F. Mourão, ALBATROZ Planejamento, consultor
Ilustração do passeio com pontos de interpretação assinalados © Macuco Safari
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