Centro de Pesquisas
Proposta (2015)
Concepção, Projeto: Roberto M.F. Mourão, ALBATROZ Planejamento
Arquitetura: Vigliecca & Associados
Resumo
Estudo de viabilidade, solicitado em 2015 pelas organizações não-governamentais Amazon Charitable Trust e Viva Rio, para analisar:
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os custos de implementação e operação e a viabilidade de investimentos de um centro de pesquisa socioambiental;
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os custos de operação e a viabilidade de investimentos no ecoturismo, ambos na comunidade de Xixuaú, Roraima, na Amazônia.
Ele tem como Objetivos Específicos:
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identificar e analisar os principais custos para implementação e operação de um centro de pesquisa socioambiental e a receita mínima necessária;
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analisar os investimentos para melhorar qualidade dos serviços ecoturísticos prestados pela comunidade de Xixuaú;
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propor recomendações sobre a aplicação de recursos em pesquisa, ecoturismo e turismo de base comunitária.
Centro de Pesquisa
O Centro não implementado na época da análise pois o cenário nacional não era favorável e as ongs desistiram do projeto. No momento um novo grupo se propõe a implementar o projeto em outro local na Amazônia.
Nesta análise somente focaremos o Centro de Pesquisa e sua infraestrutura associada (ecolodge).
Para a implementação do Centro de Pesquisas serão necessários investimentos iniciais de aproximadamente R$ 6 milhões (2015).
Sendo R$ 4.953.125,00 em investimentos em infraestrutura e R$ 731.032,00 para capital de giro.
Além de prever reinvestimentos de R$ 1.606.000,00 para reformas e substituições de equipamentos e mobiliário.
Os custos, despesas e receitas foram projetados em um horizonte de 15 anos, em três cenários de análise.
Os cenários projetam a receita mínima necessária para gerar fluxos de caixa suficientes para a viabilidade dos investimentos em três cenários de expectativas de rentabilidade:
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empresarial,
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social e
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não-econômica.
A rentabilidade é expressa pela Taxa Média de Atratividade (TMA), considerada em 13% no cenário de uma expectativa empresarial, 5% no cenário de expectativa em projetos de desenvolvimento social e nenhum percentual de retorno sobre os investimentos em um cenário de doação.
Os custos e despesas totalizam em R$ 141 mil por mês e em R$ 1,3 milhões anuais. O principal gasto é com pessoal, representando 40% do total, seguindo de manutenções, 13%, e transporte, 12%.
Adotando-se como receita factível de ser captada nos dois primeiros anos de R$ 800 e R$ 1,2 mil, respectivamente, a receita mínima entre o terceiro e décimo quinto ano deverá ser de aproximadamente de 1,8 milhões a 2,7 milhões, conforme as diferentes expectativas de rentabilidade nos cenários propostos, como demonstra tabela a seguir.
Recomendações
Para a implementação e operação do Centro de Pesquisas, tomando como base os resultados da análise, recomenda-se:
- Buscar parceiros financiadores e institutos de pesquisas socioambientais;
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Captar de recursos iniciais na ordem de R$ 6 milhões para a implementação da infraestrutura e capital de giro;
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Captar de recursos de projetos de pesquisa que possam gerar ao menos R$ 1,8 milhões em receita por ano;
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Realizar de benchmarking com institutos de pesquisa, como p.ex. o Instituto Mamirauá ou o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) para a estruturação do centro de pesquisa e definição de áreas de pesquisa;
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Buscar informações sobre a possibilidade de parceria com o programa de unidades de inovação do Ministério de Ciências e Tecnologia para facilitar a captação de recursos;
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Analisar a demanda por pesquisas em universidades nacionais e internacionais na Amazônia para aperfeiçoar as projeções financeiras, como também em instituições financiadoras de pesquisa no Brasil, nacionais e internacionais, como CAPES ou agências de cooperação internacional;
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Analisar áreas de pesquisa sobre Mudanças Climáticas (p.ex. REDD) e de fortalecimento de negócios sustentáveis (ecoturismo de base comunitária, produção orgânica, extrativismo vegetal e animal, etc.), como forma de contribuir para o desenvolvimento regional;
- Analisar alternativas econômicas de produtos não-madeireiros / Biocomércio,
Samaúma Centro de Pesquisa, Amazônia
Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
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