Bioconstrução
Taipa de Pilão
A Taipa de Pilão é uma técnica de construção muito antiga e bastante utilizada no período colonial do Brasil, mas que também está sendo muito empregada atualmente em construções ao redor do mundo por suas características de sustentabilidade..
O que é
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É uma técnica construtiva milenar
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Utiliza a terra como matéria-prima
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O nome deriva do fato de se utilizar um pilão para socar a terra de dentro de uma forma de madeira, que se chama taipal.
Como é feita - passo a passo
Existem algumas maneiras diferentes de construir com taipa, nesse caso vamos detalhar a técnica convencional:
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Defina a altura e a espessura da parede. Alguns autores dizem que a proporção ideal é, para cada 1,0 m de altura, deve-se ter 10 cm de espessura. Uma parde de 3m, por exemplo, deve ter no mínimo 30 cm de espessura.
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Realizar a fundação para afastar a parede da umidade, pode ser de pedra ou de concreto. A opção normalmente utilizada são as sapatas corridas, que permitem uma distribuição de cargas uniformes no solo e dificultam a capilaridade
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Seleciona-se a terra, que deve ser isenta de matéria orgânica e idealmente ter uma porcentagem média de 30% de argila e 70% de areia. Quando retirada do local, não se deve utilizar a primeira camada da terra que tem muito matéria orgânica, recomenda-se que se utilize a partir de 60cm de profundidade.
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Faz-se a Montagem das Fôrmas, utilizam-se chapas de compensado, preferivelmente do tipo naval resinado.
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Por fim se faz a Compactação. A cada 10 ou 15 cm de altura, o solo deve ser apiloado. Quando o solo estiver próximo ao nível máximo das fôrmas, estas são desmontadas e reposicionadas. As fôrmas podem ser reutilizadas diversas vezes.
Atualmente existem métodos mais modernos, que usam formas metálicas, compactadores pneumáticos e muitas vezes adiciona-se um pouco de cimento como estabilizador.
Vantagens
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Material natural abundante e reutilizável;
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Possibilidade de uso da terra do próprio terreno;
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Tem um excelente isolamento termoacústico;
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Proporciona um ambiente saudável, a terra é atóxica e permite que a parede “respire”;
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Pode ser mais econômica;
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Facilidade para autoconstrução (orientada);
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Resistência ao fogo, a terra não é um material combustível;
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Durabilidade;
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Menor emissão de CO2, tanto por ser um material natural, quanto por se utilizar terra local, diminui-se a necessidade de transporte.
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Não há necessidade de revestimento, pela beleza da textura da parede. Em locais de clima quente, pode-se caiar externamente, que refletirá o calor.
Desvantagens
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Fragilidade à umidade;
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Limitação de altura;
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Falta de padronização;
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Recomenda-se que as instalações não fiquem dentro das paredes de taipa de pilão.
Fontes:
:. SustentArqui
Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
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