CATEGORIA PROJETOS
ATENÇÃO !
ALGUNS PROJETOS REALIZADOS PELO INSTITUTO ECOBRASIL NÃO ESTÃO DIVULGADOS POR CLÁUSULA CONTRATUAL DE SIGILO.
PARQUE DO MANGUE, Paraty (2017)
Promoção | Condomínio Pedra Grande do Itu |
Parceiros | Instituto EcoBrasil |
EcoBrasil | Roberto M.F. Mourão, coordenador |
TRILHAS E MIRANTES DO FORTE DEFENSOR PERPÉTUO DE PARATY, Paraty (2014-2015)
Promoção | Fundação Roberto Marinho (FRM) |
Parceiros | Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) |
Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) | |
Apoio | Forte Defensor Perpétuo, Paraty |
EcoBrasil | Roberto M.F. Mourão, coordenador |
ANÁLISE DE IMPACTOS DE CRUZEIROS DE MARÍTIMOS, Ilha Grande, Angra dos Reis (2009-2010)
Promoção | Instituto EcoBrasil |
Parceria | Comitê de Defesa da Ilha Grande (Codig) |
Analista | Roberto M.F Mourão, consultor |
CENTRE POUR FORMACION EN HOTELLERIE ET ECOTOURISME, Côte des Arcadins, Haiti (2011-2014)
Promoção | Viva Rio, Brasil |
Parceria | BuildAid, Noruega |
Ouanga Bay Beach Hotel, Haiti | |
Conseil Régional Côte des Arcadins, Haiti | |
Ministère du Tourisme et des Industries Créatives du Haïti, Haiti | |
Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti (Minustah, ONU) | |
Projeto | Instituto EcoBrasil, Brasil |
Coordenador | Roberto M.F Mourão, consultor |
- AVALIAÇÃO DO ROTEIRO DO SURFE NA POROROCA, RIO ARAGUARI (Amapá, 2005)
Promoção | Sebrae Nacional |
Parceria | Sebrae Amapá |
Execução | Instituto EcoBrasil |
Ariane Janér, consultora | |
Roberto M.F Mourão, consultor |
EXCELÊNCIA EM TURISMO: Aprendendo com as Melhores Experiências Internacionais (2004-2005)
Promoção | Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) |
Parceria | Sebrae Nacional |
Idealização | Instituto EcoBrasil |
Roberto M.F Mourão, consultor |
PROGRAMA DE MELHORES PRÁTICAS PARA O ECOTURISMO (Programa MPE) (2000-2003)
Promoção | Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) (organização promotora) |
Parceiros | Banco da Amazônia (BASA) |
Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) | |
Financiadora Nacional de Estudos e Projetos (FINEP) | |
Ministério do Meio Ambiente (MMA) | |
Apoio | Reserva Natural da Vale do Rio Doce, Linhares, ES |
Varig Linhas Aéreas | |
Wöllner Comércio de Confecções | |
EcoBrasil | Roberto M.F. Mourão, coordenador |
Ariane Janér, consultora | |
Marcos Martins Borges, coordenador |
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE ECOTURISMO EM RESERVAS EXTRATIVISTAS (Resex) (1998)
Em parceria com o Grupo Nativa, Goiania, GO
Promoção |
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) |
Centro Nacional para o Desenvolvimento das Populações Tradicionais (CNPT) | |
Apoio | Ministério do Meio Ambiente (MMA) |
Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7) | |
Secretaria de Coordenação da Amazônia (SCA-MMA) | |
Sebrae Amapá | |
EcoBrasil | Marcos Martins Borges, coordenador |
Roberto M.F Mourão, consultor |
PROGRAMA-PILOTO DE ECOTURISMO EM TERRAS INDÍGENAS (1997)
RIO-92 CATÁLOGO DE TURISMO ESPECIALIZADO ABAV-EMBRATUR-EXPEDITOURS (1992)
Promoção | Associação Brasileira de Agências de Turismo (Abav) |
Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur) | |
Apoio | Editora Ediouro, Rio |
Execução | Expeditours, The Natural Way to Discover Brazil |
Roberto M.F. Mourão, coordenador, EcoBrasil |
DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE ECOTURISMO (1994)
Promoção | Ministério do Meio Ambiente (MMA) |
- Secretaria da Amazônia Legal | |
- Ministério da Indústria, Comércio e Turismo (MICT) | |
Parceria | Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) |
Projeto EXCELÊNCIA EM TURISMO: Aprendendo com as Melhores Experiências Internacionais
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
Promoção: Embratur
Parceria: Sebrae Nacional
Projeto - idealização e execução: Roberto M.F. Mourão
O projeto Excelência em Turismo: Aprendendo com as Melhores Experiências Internacionais, posteriormente, face a seu sucesso, ampliado para viagens técnicas no Brasil, foi idealizado e desenvolvido originalmente pelo Instituto EcoBrasil, baseado no conceito de "benchmarketing".
Benchmarketing:
“é o processo por meio do qual uma empresa adota e/ou aperfeiçoa os melhores desempenhos de outras empresas em determinada atividade”. (Dicionário Aurélio) | |
"é o processo de identificar, aprendendo, e adaptando práticas excelentes e processos de qualquer organização, em qualquer lugar no mundo, para ajudar uma organização ou empresa a melhorar seu desempenho” (The American Productivity & Quality Center) |
Histórico
O projeto “Excelência em Turismo:Aprendendo com as Melhores Experiências Internacionais” teve sua concepção e desenvolvimento iniciados em agosto de 2004, por iniciativa do Instituto Brasileiro de Turismo - Embratur, do Ministério do Turismo, por meio da Diretoria de Turismo de Lazer e Incentivo.
Em julho de 2004, o consultor Roberto M.F. Mourão, diretor do Instituto Ecobrasil, recebeu uma demanda de Marcos Niemeyer, da Embratur, perguntando se tinha alguma sugestão de projeto pois havia uma verba de cerca de R$ 700 mil, sem rubrica, para uso em capacitação. Para facilitar a contratação, informou que o valor da (sugestão de) consultoria, para dispensar licitação, poderia ser no máximo R$ 6 mil (um projeto que deveria custar no mínimo R$ 30 mil).
Tendo em vista atingir os objetivos do Instituto EcoBrasil por meio "da formação profissional e da capacitação técnica com a realização de cursos ou viabilizando oportunidades para acesso às boas práticas nacionais e internacionais", aceitou-se a empreitada, com a promessa verbal da Embratur da possibilidade de ser a operadora do projeto.
Com a proposta apresentada, ajustada e aceita pela Embratur, com coordenação dos srs. Airton Nogueira Pereira Jr., diretor de Turismo de Lazer e Incentivo, e Vitor Iglezias Cid, gerente de Segmentação e Produtos, deu-se inicio à modelagem e desenvolvimento da proposta de projeto para apresentação a potenciais parceiros. A consultoria teve como auxiliar de projeto a sra. Jaqueline Gil, consultora técnica indicada pela Embratur.
Como os recursos eram insuficientes, buscou-se parceiros e o Sebrae Nacional, aceitou de imediato a empreitada.
Histórico Lado B
Apesar da promessa de que o Instituto EcoBrasil poderia concorrer para execução do projeto, uma vez definido, definiu-se a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo - Braztoa como parceiro-executor, inapropriada a nosso ver.
Essa escolha, deu problema logo de início, pois na viagem-piloto à Costa Rica, a Braztoa escolheu a empresa norte-americana - a Grey Line, especializada em city tours (sightseeings), sem nenhuma experiência em ecoturismo e turismo de natureza, representada na Costa Rica pela transportadora Carnival, igualmente neófita no tema, sequer tinha guia especialista disponível. Foi necessário, após reclamação dos guias-condutores Roberto Mourão e Ana Baez, que Monica Samia, executiva da Braztoa que acompanhava a viagem, solicitasse um guia naturalista para acompanhar o grupo durante a visita técnica à Costa Rica.
Esse fato merece destaque, pois, apesar do sucesso da viagem em termos de resultados obtidos, face à excelente condução da experiente consultora e guia-anfitriã costaricense Ana Baez, uma vez que esta viagem com programa e logística elaboradas, em parceria com consultor Roberto Mourão, tinha originalmente como operadora receptiva a empresa Horizontes Nature Tours.
A Horizontes, uma das mais conceituadas operadoras turísticas costaricenses, é dirigida por Tamara Budowski, filha de dom Gerardo Budowski, um líder conservacionista, especialista em agrosilvicultura e ecoturismo, ex-diretor da International Union for Conservation of Nature IUCN. A operadora, excelência em boas práticas, mantém a Fundación Horizontes, criada como resultado de sua responsabilidade e compromisso da Horizontes Nature Tours Costa Rica, cujo objetivo é levantar fundos para projetos que ajudam a melhorar as condições de vida do povo e do ambiente da Costa Rica.
Objetivo Geral do Projeto
O projeto contempla a organização de viagens técnicas para a observação das melhores práticas turísticas, reconhecidas internacionalmente, nas áreas ambientais e sócio-culturais, sob o ponto de vista estratégico e operacional, visando o aprimoramento dos serviços, a qualidade e a competitividade dos produtos turísticos brasileiros, em especial nos segmentos ecoturismo, aventura, mergulho, pesca esportiva e cultura.
Objetivos específicos
- Conhecer experiências de 6 (seis) destinos turísticos de excelência, com reconhecimento internacional, sendo:
- 2 destinos de Ecoturismo e Cultura: Costa Rica e Peru
- 1 destinos de Turismo de Aventura: Nova Zelândia
- 1 destino de Turismo de Pesca Esportiva - Argentina
- 1 destino de Turismo de Mergulho: México
- 1 destino de Turismo Cultural: Espanha
- Sistematizar as informações e aprendizado por meio da elaboração de relatórios técnicos.
- Multiplicar os resultados e conhecimentos adquiridos na viagem, bem como a análise estratégica do aprendizado, por meio eletrônico, seminários e materiais impressos específicos.
Viagens Técnicas - Operação
Estabeleceu-se o compromisso com os participantes das viagens em contribuir com os consultores, no seu retorno, na elaboração dos relatórios e na multiplicação do conhecimento adquirido por meio de material técnico produzido a partir das experiências e práticas observadas nas viagens.
Nas seis viagens técnicas, os participantes foram distribuídos da seguinte forma:
- 12 a 13 profissionais/empresários, especialista no tema da viagem
- 02 a 3 gestores públicos (Embratur / Ministério do Turismo)
- 01 representante da operadora emissiva
- 01 consultor técnico (líder do grupo) nacional
- 01 consultor internacional, especialista, anfitrião do país-destino.
Viagens Técnicas - Atividades
Foram previstas atividades antes, durante e após as viagens:
- Antes da viagens
- Pesquisa de destinos-referência para a escolha das viagens técnicas, de acordo com a determinação técnica da Embratur e do Sebrae;
- Pesquisa e identificação de consultores especializados brasileiros e internacionais para acompanhar e liderar os grupos de viagem;
- Definição dos produtos e destinos a serem visitados;
- Elaboração de logística das viagens.
- Durante as viagens
- Visitas técnicas e atendimento à reuniões e palestras específicas;
- Coleta de informações técnicas e elaboração de relatórios de campo;
- Captura de imagens para registro da viagem e boas práticas;
- Interação com governo, empresários e comunidade dos destinos visitados.
- Após da viagens
- Consolidação dos relatórios técnicos das visitas;
- Preparação de material de divulgação (mídias diversas);
- Realização de reuniões, encontros, oficinas e/ou palestras para multiplicação dos resultados.
- Acompanhamento para averiguação de melhorias nos destinos turísticos brasileiros participantes das visitas.
Benchmarking na Prática
Benchmarking, termo originalmente usado em cartografia, é entendido como “nível de referência” ou “referencial” (como a marca do alto nível das águas em um lago ou rio que se nota nas árvores ao longo das margens, p.ex.). Benchmarking mede o desempenho, em termos de números, velocidade, distância, etc.
Trata-se de um processo dinâmico de desenvolvimento de práticas específicas para um desempenho de alta qualidade, aplicação e subseqüente avaliação.
O processo de estabelecer níveis ou indicadores de excelência resume-se em medir sistematicamente o desempenho de seu empreendimento, processo industrial ou operação, tomando como referência o desempenho de outros com reconhecida eficiência e eficácia, que se traduz em experiências exitosas.
A adoção de critérios de “Boas ou Melhores Práticas” é uma forma de melhoria contínua de desempenho, modificando e aprimorando processos organizacionais usuais e motivando equipes por meio de exemplos bem sucedidos para fomentar a busca de qualidade e competitividade.
Em essência, benchmarking é um processo de identificação, assimilação e de adaptação de “Boas ou Melhores Práticas” que estão sendo usadas em situações similares por organizações e que podem vir a melhorar o desempenho de processos.
Implementação do Benchmarketing
Para se implantar um processo de benchmarking, deve-se:
- Identificar experiências e casos que sirvam de comparativo, para determinar o referencial de nível;
- Determinar quais informações são necessárias e relevantes, planejando e executando inventários.
Sugestões para a Implementação de Benchmarking
Benchmarking deve ser implementado com a certeza do apoio dos gestores da organização, conscientes e comprometidos com o desafio do benchmarking.
- Benchmarking deve ser simultaneamente trabalhado em termos de tempo e recursos disponíveis: ambientais, culturais, financeiros e humanos. - Num processo de melhoria é importante contar com participantes que tenham experiência em benchmarking.
- Coordenadores e grupos de trabalho devem discutir como suas experiências prévias ou as de terceiros, que servirão de referencia, podem ser adaptadas ao processo em implementação.
- Nas visitas técnicas, além do grupo de trabalho, devem ser incluídas as pessoas que serão responsáveis pela implementação de mudanças.
- É importante detalhar o plano de ação, os métodos para identificar e contabilizar as melhorias, avaliações, ajustes e o monitoramento contínuo do processo.
Fontes de Informações para Benchmarking
Informações sobre boas ou melhores práticas para subsidiar processos de benchmarking podem vir de várias fontes.
As mais importantes vêm de clientes e fornecedores de serviços e produtos que geralmente enxergam melhor os problemas ou oportunidades do que alguém de dentro da organização.
Entrevistas e relatórios de clientes e fornecedores podem gerar idéias surpreendentes para resolver problemas específicos. Uma forma de atualizar e otimizar "Melhores Práticas" consiste em visitas técnicas a empreendimentos ou projetos de outras organizações. Muito se aprende com os sucessos e, sobretudo, com os fracassos. O ponto alto dos estudos de caso são as lições aprendidas e a troca de informações - um rico manancial de aprendizado e aprimoramento.
Associações profissionais e cooperativas de serviços e produção são também uma rica fonte de informações e estratégias. As relações inter-empresariais são excelentes formas de manter-se atualizado.
Boas ou Melhores Práticas
Em essência, “Boas e Melhores Práticas” são formas ideais para executar um processo ou operação.
São os meios pelos quais organizações e empresas líderes alcançam alto desempenho e também servem como metas para organizações que almejam atingir níveis de excelência. Não existe um único processo de “melhores práticas” e não há nenhum conjunto de "melhores práticas" que funcione para todos os lugares o tempo todo.
Como “Boas Práticas” entende-se os requisitos mínimos para se atingir a qualidade de desenvolvimento ou fabricação de um produto ou de processo. Como, por exemplo, o atendimento às normas para certificação em turismo sustentável.
Já “Melhores Práticas”, referencia para processos de benchmarking, são as práticas que levam a se atingir patamares de excelência, acima dos requisitos mínimos das “Boas Práticas”, muitas vezes justificando destaque ou prêmios para empresas ou organizações que as atingem.
No caso do Turismo, cada processo de desenvolvimento turístico é diferente de outro sob o ponto de vista:
- ambiental
- cultural
- geográfico
- legal
- político
- social
- tecnológico
Deve-se considerar que empresas ou organizações têm suas próprias metas, oportunidades e restrições.
Além disso, "Melhores Práticas" dependem da fase de desenvolvimento em que cada organização se encontra e essas práticas mudam à medida que a organização avança na busca da qualidade e excelência.
Critérios de Seleção dos Participantes Participantes Brasileiros
- 1 consultor especializado (tour leader);
- 3 gestores públicos, indicados pelas instituições apoiadoras;
- 1 representante da operadora, responsável pela execução geral da visita técnica.
- 12 a 13 empresários/profissionais, preferencialmente operadores e eventualmente empresários de empreendimentos turísticos em geral, de acordo com o perfil de cada visita técnica.
Participantes Internacionais
O projeto prevê a participação de 1 consultor (anfitrião) especializado local (tour conductor), que se responsabilizará pela coordenação das atividades e condução dos participantes no destino, além da participação, conforme a programação da visita, de empresários, operadores, prestadores de serviço e representantes de organizações governamentais e não-governamentais.
Processo Seletivo
- Serão analisadas todas as candidaturas devidamente recebidas até o prazo estipulado para cada viagem.
- O comitê formado para o processo seletivo será coordenado pela operadora nacional do projeto.
- Representantes do Sebrae, Embratur e outros eventuais convidados.
- Os candidatos selecionados serão aqueles que atenderem o maior número e de forma satisfatória, os critérios pré-estabelecidos.
Pré-requisitos / Responsabilidades dos Participantes
A empresa interessada em participar das visitas técnicas, por meio de seu representante, será avaliada e selecionada a partir dos seguintes pré-requisitos:
- Estar cadastrada no Ministério do Turismo;
- Ter sede e atuar nos destinos e segmentos turísticos identificados pelo projeto, de acordo com cada viagem.
- Será considerado critério de proporcionalidade de empresas por destino, de acordo com projetos x regiões x tipologias turísticas relacionadas a cada uma das visitas técnicas.
- Ter ao menos 3 anos de existência e comprovação de atuação profissional;
- Comprovar capacitação para recepção de turistas estrangeiros.
- Apresentar carta de referência e/ou de comprovação de trabalhos realizados, emitidas por entidades representativas do turismo, associações de classe, Sebrae Estadual ou Governo Municipal, Estadual ou Federal;
- Se for Operadora de Viagens e Turismo: comprovar no mínimo 50% do faturamento da empresa referente à prática de turismo receptivo. Deve ser preferencialmente especializada no segmento ou nicho de mercado tema da visita, comprovados por no mínimo 50% de seus produtos e serviços oferecidos.
- Análise de portfolio e tarifário da empresa, bem como do Curriculum Vitae do seu representante.
- O candidato a participação na visita técnica deverá assinar e enviar o Termo de Adesão ao Projeto Excelência em Turismo: Aprendendo com as Melhores Práticas Internacionais;
- Os critérios de seleção terão pesos diferenciados.
Viagens Técnicas
- Viagem Técnica Ecoturismo: Costa Rica
- Viagem Técnica Turismo de Aventura: Nova Zelândia
- Viagem Técnica Turismo Cultural e de Aventura: Peru
- Viagem Técnica Pesca Esportiva: Argentina
- Viagem Técnica Turismo de Mergulho: México
- Viagem Técnica Turismo Cultural: Espanha
Mídia
- Depoimento do Sr. Luiz Carlos Barbosa, diretor técnico do Sebrae Nacional (TV Sebrae, 2005)
- Depoimento da Sra. Jeanine Pires, presidente da Embratur (TV Sebrae, 2005)
- Depoimento da Sra. Tânia Brizola, diretora do Ministério do Turismo (Lançamento Vivências Brasil)
- Brasil busca excelência em turismo internacional (website Ministério do Turismo, junho 2010)
Forte do Morro - Inventário: Meio Biótico, Avifauna
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
Avifauna
Ordem | Família | Espécie | Nome Comum |
Galliformes | |||
Cracidae | |||
Penelope obscura | Jacuaçu | ||
Suliformes | |||
Fregatidae | |||
Fregata magnificens | Tesourão | ||
Sulidae | |||
Sula leucogaster | Atobá-pardo | ||
Phalacrocoracidae | |||
Phalacrocorax brasilianus | Biguá | ||
Pelecaniformes | |||
Ardeidae | |||
Nyctanassa violacea | Savacu-de-coroa | ||
Ardea cocoi | Garça-moura | ||
Ardea alba | Garça-branca-grande | ||
Egretta thula | Garça-branca-pequena | ||
Egretta caerulea | Garça-azul | ||
Threskiornithidae | |||
Platalea ajaja | Colhereiro | ||
Cathartiformes | |||
Cathartidae | |||
Cathartes aura | Urubu-de-cabeça-vermelha | ||
Coragyps atratus | Urubu-de-cabeça-preta | ||
Accipitriformes | |||
Accipitridae | |||
Elanoides forficatus | Gavião-tesoura | ||
Rupornis magnirostris | Gavião-carijó | ||
Gruiformes | |||
Rallidae | |||
Aramides cajaneus | Saracura-três-potes | ||
Amaurolimnas concolor | Saracura-lisa | ||
Charadriiformes | |||
Charadriidae | |||
Vanellus chilensis | Quero-quero | ||
Charadrius semipalmatus | Batuíra-de-bando | ||
Haematopodidae | |||
Haematopus palliatus | Piru-piru | ||
Scolopacidae | |||
Actitis macularius | Maçarico-pintado | ||
Laridae | |||
Larus dominicanus | Gaivotão | ||
Sternidae | |||
Sterna hirundinacea | Trinta-réis-de-bico-vermelho | ||
Thalasseus acuflavidus | Trinta-réis-de-bando | ||
Thalasseus maximus | Trinta-réis-real | ||
Columbiformes | |||
Columbidae | |||
Columbina talpacoti | Rolinha-roxa | ||
Patagioenas picazuro | Pombão | ||
Leptotila verreauxi | Juriti-pupu | ||
Cuculiformes | |||
Cuculidae | |||
Piaya cayana | Alma-de-gato | ||
Crotophaga ani | Anu-preto | ||
Guira guira | Anu-branco | ||
Strigiformes | |||
Strigidae | |||
Megascops choliba | Corujinha-do-mato | ||
Caprimulgiformes | |||
Caprimulgidae | |||
Hydropsalis albicollis | Bacurau | ||
Chordeiles acutipennis | Bacurau-de-asa-fina | ||
Apodiformes | |||
Apodidae | |||
Streptoprocne zonaris | Taperuçu-de-coleira-branca | ||
Chaetura meridionalis | Andorinhão-do-temporal | ||
Trochilidae | |||
Eupetomena macroura | Beija-flor-tesoura | ||
Anthracothorax nigricollis | Beija-flor-de-veste-preta | ||
Thalurania glaucopis | Beija-flor-de-fronte-violeta | ||
Amazilia fimbriata | Beija-flor-de-garganta-verde | ||
Coraciiformes | |||
Alcedinidae | |||
Megaceryle torquata | Martim-pescador-grande | ||
Piciformes | |||
Ramphastidae | |||
Pteroglossus bailloni | Araçari-banana | ||
Picidae | |||
Picumnus cirratus | Pica-pau-anão-barrado | ||
Colaptes melanochloros | Pica-pau-verde-barrado | ||
Celeus flavescens | Pica-pau-de-cabeça-amarela | ||
Campephilus robustus | Pica-pau-rei | ||
Falconiformes | |||
Falconidae | |||
Caracara plancus | Caracará | ||
Milvago chimachima | Carrapateiro | ||
Psittaciformes | |||
Psittacidae | |||
Forpus xanthopterygius | Tuim | ||
Brotogeris tirica | Periquito-rico | ||
Passeriformes | |||
Thamnophilidae | |||
Myrmotherula unicolor | Choquinha-cinzenta | ||
Dysithamnus stictothorax | Choquinha-de-peito-pintado | ||
Dysithamnus mentalis | Choquinha-lisa | ||
Herpsilochmus rufimarginatus | Chorozinho-de-asa-vermelha | ||
Conopophagidae | |||
Conopophaga melanops | Cuspidor-de-máscara-preta | ||
Xenopidae | |||
Xenops minutus | Bico-virado-miúdo | ||
Furnariidae | |||
Furnarius rufus | João-de-barro | ||
Phacellodomus erythrophthalmus | João-botina-da-mata | ||
Pipridae | |||
Manacus manacus | Rendeira | ||
Cotingidae | |||
Procnias nudicollis | Araponga | ||
Rhynchocyclidae | |||
Leptopogon amaurocephalus | Cabeçudo | ||
Tolmomyias sulphurescens | Bico-chato-de-orelha-preta | ||
Todirostrum poliocephalum | Teque-teque | ||
Hemitriccus orbitatus | Tiririzinho-do-mato | ||
Tyrannidae | |||
Camptostoma obsoletum | Risadinha | ||
Elaenia flavogaster | Guaracava-de-barriga-amarela | ||
Phyllomyias fasciatus | Piolhinho | ||
Myiarchus ferox | Maria-cavaleira | ||
Rhytipterna simplex | Vissiá | ||
Pitangus sulphuratus | Bem-te-vi | ||
Megarynchus pitangua | Neinei | ||
Myiozetetes similis | Bentevizinho-de-penacho-vermelho | ||
Tyrannus melancholicus | Suiriri | ||
Colonia colonus | Viuvinha | ||
Vireonidae | |||
Cyclarhis gujanensis | Pitiguari | ||
Vireo chivi | Juruviara | ||
Hirundinidae | |||
Pygochelidon cyanoleuca | Andorinha-pequena-de-casa | ||
Stelgidopteryx ruficollis | Andorinha-serradora | ||
Progne chalybea | Andorinha-doméstica-grande | ||
Troglodytidae | |||
Troglodytes musculus | Corruíra | ||
Cantorchilus longirostris | Garrinchão-de-bico-grande | ||
Turdidae | |||
Turdus leucomelas | Sabiá-barranco | ||
Turdus rufiventris | Sabiá-laranjeira | ||
Turdus amaurochalinus | Sabiá-poca | ||
Turdus albicollis | Sabiá-coleira | ||
Passerellidae | |||
Zonotrichia capensis | Tico-tico | ||
Parulidae | |||
Setophaga pitiayumi | Mariquita | ||
Basileuterus culicivorus | Pula-pula | ||
Myiothlypis rivularis | Pula-pula-ribeirinho | ||
Icteridae | |||
Cacicus haemorrhous | Guaxe | ||
Molothrus bonariensis | Vira-bosta | ||
Thraupidae | |||
Coereba flaveola | Cambacica | ||
Thlypopsis sordida | Saí-canário | ||
Tachyphonus coronatus | Tiê-preto | ||
Ramphocelus bresilius | Tiê-sangue | ||
Lanio cristatus | Tiê-galo | ||
Tangara seledon | Saíra-sete-cores | ||
Tangara cyanocephala | Saíra-militar | ||
Tangara sayaca | Sanhaçu-cinzento | ||
Tangara palmarum | Sanhaçu-do-coqueiro | ||
Tangara cayana | Saíra-amarela | ||
Tersina viridis | Saí-andorinha | ||
Dacnis cayana | Saí-azul | ||
Hemithraupis ruficapilla | Saíra-ferrugem | ||
Conirostrum bicolor | Figuinha-do-mangue | ||
Conirostrum speciosum | Figuinha-de-rabo-castanho | ||
Sicalis flaveola | Canário-da-terra-verdadeiro | ||
Sporophila frontalis | Pixoxó | ||
Sporophila caerulescens | Coleirinho | ||
Sporophila leucoptera | Chorão | ||
Tiaris fuliginosus | Cigarra-do-coqueiro | ||
Fringillidae | |||
Euphonia violacea | Gaturamo-verdadeiro | ||
Euphonia pectoralis | Ferro-velho | ||
Estrildidae | |||
Estrilda astrild | Bico-de-lacre | ||
Passeridae | |||
Passer domesticus | Pardal |
Forte do Morro - Inventário: Meio Biótico, Flora Espécies
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
Lista da Espécies Arbóreas Nativas
Família | Nome Científico | Nome Popular |
Anacardiaceae | Schinus terebinthifolius | Aroeira-pimenteira |
Araliaceae | Schefflera morototoni | Morototó |
Arecaceae | Astrocaryum aculeatissimum | Ariri-açu |
Arecaceae | Syagrus romanzoffiana | Jerivá |
Bignoniaceae | Sparattosperma leucanthum | Cinco-folhas |
Calophyllaceae | Calophyllum brasiliense | Guanandi |
Cannabaceae | Trema micranta | Pau-pólvora |
Fabaceae Faboideae | Machaerium hirtum | Jacarandá-bico-de-pato |
Fabaceae -Mimosoideae | Piptadenia gonoacantha | Pau-jacaré |
Fabaceae-Caesalpinioideae | schizolobium parahyba | Guapuruvu |
Fabaceae-Mimosoideae | Ing sessilis | Ingá |
Lauraceae | Nectandra megapotamica | Canela |
Lauraceae | Nectandra sp | Canela |
Lauraceae | Ocotea sp | Canela |
Lauraceae | Persea sp | Canela |
Melastomaceae | Miconia cinnamomifolia | Jacatirão |
Meliaceae | Cedrela fissilis | Cedro |
Moraceae | Ficus clusiifolia | Figueira |
Moraceae | Ficus sp | Figueira-branca |
Moraceae | Maclura tinctoria | Taiúva |
Myrtaceae | Eugenia brasiliensis | Grumixama |
Myrtaceae | Eugenia uniflora | Pitanga |
Myrtaceae | Myrcia multiflora | Cambuí |
Myrtaceae | Psidium guajava | Goiabeira |
Poaceae | Bambusa sp | Bambu |
Primulaceae | Rapanea parvifolia | Capororoca |
Rutaceae | Zanthoxylum caribaeum | Mamiqueira |
Sapindaceae | Sapindus saponaria | Sabão-de-soldado |
Urticaceae | Cecropia glaziovii | Embaúba |
Urticaceae | Cecropia hololeuca | Embaúba |
Lista das Espécies Arbóreas Introduzidas
Família | Nome Científico | Nome Popular |
Malpighiaceae | Lophanthera lactescens | Lofantera-da-amazonia |
Malvaceae | Theobroma cacao | Cacau |
Malvaceae | Theobroma grandiflorum | Cupuaçu |
Lista das Espécies Arbóreas Exóticas
Família | Nome Científico | Nome Popular |
Anacardiaceae | Mangifera indica | Manga |
Arecaceae | Roystonea oleracea | Palmeira imperial |
Lauraceae | Persea americana | Abacateiro |
Moraceae | Artocarpus integrifólia | Jaca |
Nyctaginaceae | Bougainvillea glabra | Primavera |
Rubiaceae | Coffea arábica | Café |
Sapotaceae | Mimusopsis coriácea | Abricó-da-praia |
Lista Das Espécies Herbáceas: Epífitas / Suculentas e Bromélias
Família | Nome Científico | Nome Popular |
Araceae | Philodendron cordatum | Imbê-da-praia |
Araceae | Philodendron hederaceum | Filodendro-cordato |
Araceae | Philodendron speciosum | Filodendro-brasil |
Araceae | Philodendron undulatum | Guaimbê-da-folha-ondulada |
Bromeliaceae | Aechmea distichantha | Bromélia |
Bromeliaceae | Neoregelia compacta | Bromélia |
Bromeliaceae | Nidularium innocentii | Bromélia |
Bromeliaceae | Nidularium purpureum | Bromélia |
Bromeliaceae | Tillandsia aeranthos | Bromélia |
Bromeliaceae | Tillandsia crocata | Bromélia |
Bromeliaceae | Tillandsia gardnerii | Bromélia |
Bromeliaceae | Tillandsia usneoides | Bromélia |
Bromeliaceae | Vriesea rodigasiana | Bromélia |
Bromeliaceae | Vriesea vagans | Bromélia |
Cactaceae | Rhipsalis bacífera | Cacto-macarrão |
Heliconiaceae | Heliconia rostrata | Caetê |
Orchidaceae | Dichaea pendula | Orquídea |
Orchidaceae | Epidendrum rigidum | Orquídea |
Piperaceae | Piper aduncum | Piper |
Forte do Morro - Inventário: Meio Biótico, Flora
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
Meio Biótico, Flora
Figura 8: Imagem de detalhe dos domínio do Ecossistemas Brasileiro. Fonte: IBGE.
A região encontra-se inserida no domínio Mata Atlântica. Tradicionalmente, o termo Mata Atlântica tem sido usado para designar todo, ou parte, de um contínuo de formações predominantemente florestais que se estendia continuamente pela região leste da América do Sul junto a sua costa atlântica.
Tais florestas cobriam originalmente cerca de 1.315.460 km² o que correspondia a aproximadamente 15% do território nacional.
A Mata Atlântica é uma das florestas mais ricas em biodiversidade de plantas no Planeta e detém o recorde de plantas lenhosas (angiospermas) por hectare (450 espécies no Sul da Bahia), cerca de 20 mil espécies vegetais, sendo 8 mil delas endêmicas, além de recordes de quantidade de espécies e endemismo em vários outros grupos de plantas. Tal diversidade e grau de endemismo variam, já que ela não se constitui em uma formação vegetal homogênea, com variações na riqueza de espécies devido a fatores como latitude, altitude, precipitação e solo, apresentando uma variedade de formações, que engloba um diversificado conjunto de ecossistemas florestais com estrutura e composições florísticas bastante diferenciadas, definidas e denominadas pela Lei da Mata Atlântica (2006): Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de Araucárias, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Semidecidual, e Floresta Estacional Decidual, Manguezais, Restinga e campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste.
Estima-se que na Mata Atlântica possam ocorrer entre 1% e 8% de todas as espécies do planeta. Embora estimativas atualizadas e criteriosamente compiladas sejam escassas para a maior parte dos grupos, a literatura aponta que ocorrem dentro do domínio em torno de 20.000 espécies de plantas vasculares, 350 de peixes de água doce, 340 anfíbios, 197 répteis, 250 mamíferos e 893 aves, das quais 8.000, 133, 90, 60, 55 e 215 espécies, respectivamente, seriam endêmicas do domínio.
Tão surpreendente quanto o seu quadro de megabiodiversidade, é o estado crítico de conservação em que se encontra um grande número das espécies da Mata Atlântica. Das 627 espécies consideradas na lista brasileira da fauna ameaçada, 380 ocorrem na Mata Atlântica. Essa situação é consequência de um estado alarmante de degradação ambiental ocasionado por sucessivos ciclos de exploração predatória dos seus recursos que se iniciaram logo após a invasão do Brasil pelos europeus e incluíram atividades de extrativismo, agropecuária, mineração e ocupação urbana.
Atualmente, a Mata Atlântica encontra-se reduzida a remanescentes isolados de diferentes tamanhos que, somados, atingem apenas entre 8,5%, cerca de 12% de sua extensão original. Não por acaso, diversas análises e rankings conservacionistas apontam a Mata Atlântica como uma das regiões mais ameaçadas de todo o planeta, colocando-a no topo da lista de prioridades global de pesquisa e conservação da biodiversidade.
De acordo com projeções históricas, estima-se que originalmente 97% da área do Estado do Rio de Janeiro eram coberta pela Mata Atlântica. (Fundação S.O.S. Mata Atlântica/INPE, 2002).
Além de ser um dos estados brasileiros com ocupação mais antiga, o Rio de Janeiro passou por diversos ciclos econômicos baseados em grandes monoculturas, como café e cana-de-açúcar, dessa forma sua vegetação original foram sendo progressivamente eliminada e descaracterizada, restando atualmente aproximadamente 20% em relação àquela existente originalmente no estado. Por abrigar as maiores extensões de florestas contínuas do Estado do Rio de Janeio, a região litorânea localizada no extremo sul do estado, a chamada “Costa Verde”, constitui um importante reduto para biodiversidade da Mata Atlântica fluminense.
Iniciando nas restingas a beira mar, seguindo por remanescentes localizados sobre a planície costeira e subindo as escarpas da Serra do Mar até os campos de altitude da Bocaina, em alguns locais da Costa Verde, como o município de Paraty, a Mata Atlântica estende-se continuamente desde o nível do mar a até cerca de 2.000 metros de altitude. Diferentes formações florestais se distribuem ao longo deste gradiente altitudinal, incluindo restinga, floresta de terras baixas, floresta submontana, floresta montana, floresta altomontana e campos de altitude. Cada uma dessas formações possui uma biodiversidade característica fazendo com que muitas espécies estejam restritas a determinadas cotas de altitude. Além das espécies tipicamente florestais a presença de diversos elementos associados a ecossistemas costeiros marinhos, como manguezais e costões rochosos, muitos deles presentes apenas sazonalmente na região, e também a ambientes abertos antropizados, como áreas de pastagem, contribuem para aumentar ainda mais a riqueza de espécies da “Costa Verde”, tornando-a uma das regiões mais importantes para conservação da biodiversidade da Mata Atlântica, não apenas em um contexto estadual, mas para o domínio como um todo.
Segundo o Atlas do SOS Mata Atlânticas a vegetação predominante na região de Paraty é a Floresta Ombrófila Densa, conforme figura abaixo.
Figura 9: Mapa de detalhe da fisionomia da vegetal na região de Paraty - RJ. Fonte: SOS Mata Atlântica.
Flora
A flora representa o conjunto de vegetais que compõe a cobertura vegetal de uma determinada área e está relacionada com as funções de regulação ambiental, ecológica, na conservação da água, do solo e da biodiversidade. Esta é um recurso de enorme valor, já que cada planta tem sua importância no conjunto de organismos vivos (biodiversidade) nos diferentes ecossistemas. Há séculos que a região de estudo sofreu e sofre com as devastações em sua cobertura vegetal nativa (para agricultura, estradas e expansão urbana). Tais explorações propiciam a redução do fluxo de animais nativos, pólen e sementes, sendo as principais consequências da fragmentação de origem biótica a perda da biodiversidade, da diversidade genética, redução da densidade ou abundância e alteração da estrutura da vegetação, podendo ocasionar a extinção de espécies.
Para a caracterização de uma vegetação, considera-se, entre outros aspectos, sua sucessão ecológica, que é a denominação conferida ao fenômeno que ocorre nos ecossistemas após a destruição parcial da comunidade original. Neste processo de sucessão, ocorre uma progressiva mudança na composição florística da floresta, partindo de espécies pioneiras, passando por espécies secundárias iniciais ou tardias e chegando às denominadas espécies climáx. Por exemplo, a derrubada de florestas ou terrenos agricultáveis já abandonados, dá lugar a sucessões ecológicas de diferentes espécies vegetais, formando ecossistemas diferentes dos originais e frequentemente em desequilíbrio.
O objetivo deste estudo é caracterizar a vegetação do Morro do Forte, com a premissa de fornecer subsídios para projetos de atividades turísticas, de educação ambiental e conservacionistas.
5.1.1 Materiais e Métodos
Para Caracterização Inicial da Paisagem utilizou-se de imagens de satélite (Google Earth) e do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica), através das quais, por apresentarem baixa resolução, possibilitaram delinear apenas a cobertura vegetal.
Figura 10: Imagem de detalhe da Área de Estudo. Fonte: Google Earth.
A ausência de estudos e informações quanto à florística da região de Paraty e principalmente do Morro do Forte, tornou necessário o estudo de campo, para o qual se optou por realizar um levantamento simplificado da vegetação tentando abranger ao máximo da área. Utilizou-se a metodologia de amostragem pontual para verificar tipos vegetacionais e identificar grupos florísticos dominantes, adaptando o conceito de transecção irregular, percorrendo as trilhas e acessos existentes na área amostral e anotando principalmente as espécies arbóreas existentes. As visitas foram realizadas nos dias 17 a 22 de agosto de 2014 no período de 6 horas por dia.
5.1.2 Resultados e Discussão
Analisando as imagens de satélite do Munícipio de Paraty observamos que o mesmo tem a maior parte de seu território coberto por vegetação “natural”, segundo Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica 2010-2011 (SOS Mata Atlântica), ilustrado na figura abaixo.
Figura 11: Mapa de detalhe do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica. Fonte: SOS Mata Atlântica.
A área de estudo localiza-se no extremo sul do Estado do Rio de Janeiro na região denominada Costa Verde, a qual abriga uma das maiores extensões de florestas contínuas da região litorânea e constitui importante reduto para biodiversidade da Mata Atlântica, destacando as unidades de conservação, Parque Nacional da Serra da Bocaina e Área de Preservação Ambiental Cairuçu - APA do Cairuçu.
Figura 12: Mapa de detalhe da localização do Munícipio de Paraty, sede do Parque Nacional da Serra da Bocaina e APA Cairuçu. Fonte: ICMBio Mapa de unidades de conservação.
A conservação da biodiversidade representa um dos maiores desafios deste final de século, em função do elevado nível de perturbações antrópicas dos ecossistemas naturais. Conquanto haja grandes extensões de florestas contínuas neste município, o mesmo também possui fragmentos florestais isolados. Tais fragmentos são importantes para diversos grupos faunísticos, os quais os utilizam para habitat, ampliação de seu território, recursos alimentares, abrigo ou descanso durante processo migratório (trampolim), entre a serra do mar, florestas baixas, manguezais e a costa marinha. A circulação de animais nos fragmentos contribui para o equilíbrio ambiental e ecológico da fauna e flora, propiciando o fluxo gênico.
Analisando a paisagem da área urbana do município de Paraty destacamos um importante fragmento florestal de 12 hectares situado sobre o Morro do Forte, e na sua jusante outro fragmento de aproximadamente 13 hectares contínuos e em contato com o manguezal, na margem direita da foz do Rio Perequê-Açu. Ambos os fragmentos estão demarcados no Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica 2010-2011 (SOS Mata Atlantica), descrevendo a cobertura vegetal como mata e manguezal.
Figura 13: Mapa de detalhe do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica. Fonte: SOS Mata Atlântica.
Analisando a flora in loco podemos constatar a ocorrência de espécies de diferentes ecossistemas, como de florestas ombrófila densa, florestas estacional semidecidual, costão, restinga e manguezal, ambos se interagem buscando o reequilíbrio ambiental.
O fato da área ser antropizada, pode-se classificá-la como floresta secundária, a qual se encontra em processo de regeneração natural. As características da vegetação florestal presente na área de estudo pode ser definida de modo geral como Floresta Ombrófila de Terras Baixas, em estágio médio de regeneração natural com clareiras em estágio inicial. Neste estudo mapeamos a ocupação atual do morro e classificamos a vegetação que ocorre no local.
Figura 14: Mapa de detalhe de uso e ocupação do solo da área de estudo.
As espécies arbóreas nativas e exóticas que se destacam estão descritas nas tabelas abaixo.
Tabela 1: Lista das espécies arbóreas nativas de maior destaque na área.
LISTA DAS ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR
Anacardiaceae Schinus terebinthifolius aroeira-pimenteira Araliaceae Schefflera morototoni Morototó Arecaceae Astrocaryum aculeatissimum ariri-açu Arecaceae Syagrus romanzoffiana Jerivá Bignoniaceae Sparattosperma leucanthum cinco-folhas Calophyllaceae Calophyllum brasiliense Guanandi Cannabaceae Trema micranta pau-pólvora Fabaceae Faboideae Machaerium hirtum jacarandá-bico-de-pato Fabaceae -Mimosoideae Piptadenia gonoacantha pau-jacaré Fabaceae-Caesalpinioideae schizolobium parahyba Guapuruvu Fabaceae-Mimosoideae Ing sessilis Ingá Lauraceae Nectandra megapotamica Canela Lauraceae Nectandra sp Canela Lauraceae Ocotea sp Canela Lauraceae Persea sp Canela Melastomaceae Miconia cinnamomifolia Jacatirão Meliaceae Cedrela fissilis Cedro Moraceae Ficus clusiifolia Figueira Moraceae Ficus sp figueira-branca Moraceae Maclura tinctoria Taiúva Myrtaceae Eugenia brasiliensis Grumixama Myrtaceae Eugenia uniflora Pitanga Myrtaceae Myrcia multiflora Cambuí Myrtaceae Psidium guajava goiabeira Poaceae Bambusa sp Bambu Primulaceae Rapanea parvifolia Capororoca Rutaceae Zanthoxylum caribaeum Mamiqueira Sapindaceae Sapindus saponaria sabão-de-soldado Urticaceae Cecropia glaziovii Embaúba Urticaceae Cecropia hololeuca Embaúba Tabela 2: Lista das espécies arbórea nativa introduzida, de maior destaque na área. LISTA DAS ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS INTRODUZIDAS FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR Malpighiaceae Lophanthera lactescens lofantera-da-amazonia Malvaceae Theobroma cacao Cacau Malvaceae Theobroma grandiflorum Cupuaçu Tabela 3: Lista das espécies exóticas de maior destaque na área. LISTA DAS ESPÉCIES ARBÓREAS EXÓTICAS FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR Anacardiaceae Mangifera indica Manga Arecaceae Roystonea oleracea palmeira imperial Lauraceae Persea americana Abacateiro Moraceae Artocarpus integrifólia Jaca Nyctaginaceae Bougainvillea glabra Primavera Rubiaceae Coffea arábica Café Sapotaceae Mimusopsis coriácea abricó-da-praia Figura 15: Imagens (1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7) de detalhe dos ambientes utilizados para o levantamento de flora. Outras espécies de plantas como: herbáceas, epífitas, suculentas e bromélias, nativas e exóticas são encontradas na área, como pode ser visualizado na tabela abaixo. Tabela 4: Lista das espécies herbáceas, epífitas, suculentas e bromélias maior destaque na área. LISTA DAS ESPÉCIES HERBÁCEAS / EPÍFITAS / SUCULENTAS E BROMÉLIAS FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR Araceae Philodendron cordatum Imbê-da-praia Araceae Philodendron hederaceum Filodendro-cordato Araceae Philodendron speciosum Filodendro-brasil Araceae Philodendron undulatum Guaimbê-da-folha-ondulada Bromeliaceae Aechmea distichantha Bromélia Bromeliaceae Neoregelia compacta Bromélia Bromeliaceae Nidularium innocentii Bromélia Bromeliaceae Nidularium purpureum Bromélia Bromeliaceae Tillandsia aeranthos Bromélia Bromeliaceae Tillandsia crocata Bromélia Bromeliaceae Tillandsia gardnerii Bromélia Bromeliaceae Tillandsia usneoides Bromélia Bromeliaceae Vriesea rodigasiana Bromélia Bromeliaceae Vriesea vagans Bromélia Cactaceae Rhipsalis bacífera Cacto-macarrão Heliconiaceae Heliconia rostrata Caetê Orchidaceae Dichaea pendula Orquídea Orchidaceae Epidendrum rigidum Orquídea Piperaceae Piper aduncum Piper No local foi possível mapear as trilhas do morro do forte (Figura 16). Figura 16: Mapa de detalhe das trilhas da área de estudo. Nas trilhas identificamos grupos florísticos dominantes, como de restinga e manguezal. Figura 17: Mapa de detalhe dos grupos florísticos dominantes. Figura 18: Imagens (8, 9, 10 e 11) de detalhe da Vegetação característica de Restinga. Figura 19: Imagens (12, 13, 14 e 15) de detalhe da vegetação característica de manguezal. Outro grupo florístico que se destaca no local é das bromélias, as quais são facilmente visualizadas, apresentando diferentes espécies. Este grupo chama atenção dos turistas por sua beleza e quantidade, além da significância ecológica para este ecossistema, pois destas plantas dependem os ciclos de vida de uma série de animais como pequenos anfíbios e insetos. A incidência deste grupo está correlacionada com a umidade destacando três pontos de maior abundância, delimitados no croqui abaixo. Figura 20: Mapa de detalhe da área de maior abundância de bromélias. Figura 21: Vriesea vagans. Figura 22: Aechmea distichantha . Figura 23: Epidendrum rigidum. Figura 24: Tillandsia usneoides. Figura 25: Neoregelia compacta. Figura 26: Philodendron speciosum, Philodendron cordatum. Figura 27: Vriesea rodigasiana, Vriesea sp, Tillandsia gardnerii, Tillandsia aeranthos. Figura 28: Neoregelia compacta, Vriesea rodigasiana e Vriesea vagans. Figura 29: Neoregelia compacta, Vriesea rodigasiana e Vriesea vagans. Figura 30: Vriesea rodigasiana Ressalta-se que a degradação da vegetação natural outrora ocasionada durante o processo de ocupação do Morro, e posteriormente o abandono da área, proporcionou a regeneração natural do local e a sucessão ecológica, formando uma comunidade vegetal diferente da natural. Esta comunidade se encontra em desequilíbrio devido à perturbação humana e com o dossel tomado por lianas (cipós). No interior do fragmento é comum encontrar clareiras e emaranhados de lianas, inclusive em árvores com a copa danificada. Apesar de haver poucos estudos sobre as relações das comunidades de lianas, é sabido que as mesmas aumentam as taxas de mortalidade de árvores pelo efeito combinado de peso sobre a copa e sombreamento excessivo, além de aumentar o tamanho das clareiras abertas pela derrubada simultânea de outras árvores interconectadas. Figura 31: Imagens (16, 17, 18 e 19) de detalhes da incidências de lianas. Em florestas alteradas e em fragmentos florestais degradados, geralmente a abundância de cipós aumenta, podendo atingir níveis onde os mecanismos de auto-regulação, ou homeostase do ecossistema, seja comprometido, não sendo suficiente para evitar processos irreversíveis de degradação estrutural e funcional. Nestes casos, mesmo que a presença de lianas não seja a causa primária da degradação, podem estar contribuindo para este processo, e, portanto o seu controle tem sido recomendado como ferramenta de manejo conservacionista.
Forte do Morro - Inventário: Meio Físico
- Detalhes
- Categoria Pai: SEÇÃO GERAL
A área em estudo está localizada hidrologicamente na Bacia Hidrográfica da Baía da Ilha Grande, composta pelos rios que drenam para a Baía da Ilha Grande (Figura 6).
Figura 6: Mapa de detalhe da Bacia Hidrográfica da Área de Estudo. Fonte: IBGE.
Próximo à área encontra-se o Rio Perequê-Açu, com nascente no Parque Nacional da Serra da Bocaina.
No ano de 1728 o rio Perequê-Açu, que tinha sua foz natural ao norte do Morro do Forte, foi transladado para a planície ao sul. O novo álveo foi aberto fraldeando o Morro do Forte. O motivo seria a falta de água potável para os moradores da cidade. Devido a esse desvio algumas consequências ocorreram à vila; a barra do Perequê-Açu passou a correr a sul, aproximando-se cada vez mais da barra do Matheus Nunes, e com a corrente do mar, natural a este, passaram a sitiar a frente da cidade, tornando o porto mais baixo e lamacento e, na preamar, as respectivas águas invadem as ruas (Figura 7).
Figura 7: Mapa de detalhe das águas superficiais próximas à Área de Estudo.
O Rio Perequê-Açu apresenta indícios de contaminação (Lepac, 2008) e enchentes são registradas tanto neste quanto no Rio Matheus Nunes.
O clima da região é do tipo CWa, de acordo com a classificação de Köppen. A precipitação anual média é de 2.384 mm e temperatura média anual de 27 ºC, com importantes variações.